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BAIÃO CANAL - Jornal

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“3x3 BasketArt” venceu o concurso do Orçamento Participativo Jovem (OPJ) de Baião

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“3x3 BasketArt” venceu o concurso

Câmara Municipal de Baião vai implementar os 6 projetos

finalistas da primeira edição do Orçamento Participativo Jovem

 O projeto “3x3 BasketArt” foi o vencedor da primeira edição do Orçamento Participativo Jovem (OPJ) de Baião. O anúncio foi feito a 29 de maio, numa sessão realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Nesta ocasião os autarcas baionenses revelaram que a Câmara Municipal de Baião pretende executar os 6 projetos finalistas do OPJ-Baião porque todos podem constituir mais-valias para o concelho.

“Estes projetos que foram a concurso são excelentes ideias e, acima de tudo, permitem que estes jovens participem na construção de uma sociedade melhor. Espero que a ideia vencedora possa ainda arrancar este ano e a boa notícia é que em função das ideias que foram apresentadas nos comprometemos a implementá-las porque abrangem áreas muito distintas e, cada uma delas, com certeza, irá contribuir para termos um Município melhor”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira.

A vereadora Anabela Cardoso acrescentou: “ter tido 14 projetos a concurso nesta primeira edição deixou-nos bastante satisfeitos. Fica desde já o desafio para a próxima edição para que haja ainda mais participantes. Felicito todos os jovens que se envolveram e apresentaram as suas ideias, porque poderão contribuir para uma maior dinamização do nosso concelho”.

BASQUETEBOL INFORMAL

O projeto mais votado foi o “3x3 BasketArt” que irá consistir na criação de um campo decorado segundo padrões de arte urbana e preparado para a prática do basquetebol informal no formato 3 contra 3. O projeto foi apresentado ao OPJ-Baião por Marta Ribeiro, Carolina Mendes, Mariana Vasconcelos e Maria Monteiro.

As vencedoras, através da sua porta-voz, Marta Ribeiro agradeceram “a todas as pessoas que votaram no nosso projeto” e manifestaram-se “muito contentes que a nossa ideia se vá tornar realidade. Agradecemos também à Federação Portuguesa de Basquetebol pelo apoio que nos proporcionou e felicitamos também outros projetos que participaram”.

MAIS PROJETOS

Os restantes projetos finalistas foram “Baião sem Pontas” (projeto na área ambiental); “Cantinho do Bichano” (projeto na área da proteção animal); Recicla Baião (projeto na área ambiental), “Rugas da História” (valorização da terceira idade através da fotografia);e “4Volei – Campeonato Municipal de Voleibol” (projeto na área do desporto).

A primeira edição do Orçamento Participativo Jovem foi promovida pela Câmara Municipal de Baião, destinou-se a todos os jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 30 anos de idade e permitiu que estes apresentassem ideias e projetos para o concelho.

Os projetos foram apresentados em grupo, ou individualmente, começaram por ser 14, no entanto como alguns não cumpriram as condições de elegibilidade foram 6 os finalistas.

VISITA AO MOSTEIRO DE SANTO ANDRÉ DE ANCEDE

Marcaram ainda presença nesta sessão membros do Conselho Municipal de Juventude e a coordenadora do setor da Juventude na Câmara Municipal, Filomena Cardoso.

Os concorrentes foram ainda visitar o Mosteiro de Ancede, para ficarem a conhecer em pormenor o projeto de renovação deste monumento. O presidente da Câmara Municipal lançou o desafio aos jovens para que proponham projetos ou eventos que possam ali ter lugar no futuro e estimulou os jovens a descobrirem este e outros espaços culturais do concelho.

 

GNR | Evite BURLAS!

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O MB WAY é uma aplicação que lhe permite fazer compras online e em lojas físicas. Através desta aplicação, é possível gerar cartões virtuais MB NET, enviar, pedir dinheiro e levantar dinheiro através do seu smartphone.

Esta forma de transação de dinheiro é usada por milhares de portugueses, mas é também “usada” nos esquemas dos burlões. Nos períodos de quarentena, as burlas MB WAY dispararam, e, só nos primeiros quatro meses deste ano, a GNR e PSP, em conjunto, receberam 4111 queixas por estas burlas.
Não se deixe enganar! Proteja o seu dinheiro.
Fonte: GNR
 

Recomendações relativamente ao MB WAY

  • Não aceite fazer pagamentos através da aplicação;
  • Sempre que possível, realize os seus negócios de forma presencial;
  • Receba os pagamentos presencialmente ou através de transferência bancária;
  • Nunca receba instruções de desconhecidos, sobre pagamentos por MB WAY;
  • Antes de utilizar a aplicação, solicite sempre informação ao banco sobre o seu funcionamento

POLÍTICA III Congresso do Partido CHEGA

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Em comunicado à imprensa, o líder do CHEGA de Baião , Raúl Melo, residente em Mesquinhata, refere, estar a "trabalhar arduamente para obter nas próximas eleições autárquicas grande representação..." acrescentou "já ter candidato a presidente da câmara e assembleia municipal", como " a grande maioria das assembleias de freguesia".

 Raúl Melo assume como ter como forte objetivo "eleger vereadores, deputados municipais e alguns presidentes de junta,,,", e "retirar do seu município o socialismo que tem deixado o concelho na cauda do país".

ÚLTIMAS | Penafiel – Detido em flagrante por tráfico de estupefacientes

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O Comando Territorial do Porto, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Penafiel, ontem, dia 26 de maio, deteve em flagrante um homem de 55 anos por tráfico de estupefacientes, no concelho de Penafiel.

No âmbito de uma investigação por tráfico de estupefacientes, os militares da Guarda encetaram diversas diligências policiais que permitiram presenciar a venda de produto estupefaciente a consumidores, tendo o suspeito sido detido em flagrante. No seguimento da ação policial, foi realizada uma busca domiciliária, da qual se destaca a apreensão do seguinte material:
• 37 doses de haxixe;
• 25 cigarros manufaturados com haxixe;
• Quatro doses de canábis;
• 660 euros em dinheiro.
O suspeito foi detido, tendo sido presente a primeiro interrogatório hoje, dia 27 de maio, no Tribunal Judicial de Penafiel, onde lhe foram aplicadas as medidas de coação de apresentações semanais no posto policial da sua área de residência e de proibição de contactar com indivíduos conotados com o tráfico de estupefacientes.
Fonte: GNR

ÚLTIMAS | BAIÃO | Jovem de dezasseis anos sofre acidente de bicicleta...

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Jovem Baionense de dezasseis anos de idade, aluno da escola EB 2,3/S de Baião, sofre aparatoso acidente de bicicleta. 

O acidente ocorreu na proximidade da escola, por volta das 9:30. Estiveram  presentes  a GNR e os Bombeiros Voluntários de Baião.O jovem foi transportado para o centro hospitalar do Vale de Sousa, onde se encontra em observações.

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CULTURA |"Seis Conselhos para um Rio" Teatro do Montemuro

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O Teatro do Montemuro em parceria com a Rota do Românico vão estrear o espetáculo "Seis Conselhos para um Rio".  Neste espetáculo participa uma pessoa local de cada um dos seguintes Municípios: Cinfães, Castelo de Paiva, Amarante, Resende, Baião e Marco de Canaveses.

O espetáculo acontecerá nos seguintes dias e espaços:
- 04, sexta-feira, 21h, Auditório Municipal, Cinfães;
- 05, sábado, 21h, Centro Cultural Maria Amélia Laranjeira, Amarante;
- 06, domingo, 16h, Emergente Centro Cultural, Marco de Canaveses;
- 11, sexta-feira, 21h, Auditório Municipal, Resende;
- 12, sábado, 21h, Casa de Chavães, Baião;
- 13, domingo, 16h, Auditório Municipal, Castelo de Paiva
 
"Seis Conselhos para um Rio" conta-nos a história de um viajante que percorre o Rio Douro e vai desvendando as suas histórias e lendas. 
EQUIPA
Teatro do Montemuro em parceira com a Rota do Românico

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TEXTO

Ricardo Alves

ENCENAÇÃO
Paulo Duarte

INTERPRETAÇÃO
Adolfo Campos
António Magalhães
Daniel Figueiredo
Eduardo Correia
Francisco Magalhães
Jorge Pereira
Pereira da Silva

ARRANJO MUSICAL
Daniel Figueiredo

ESPAÇO CÉNICO E ADEREÇOS
Teatro do Montemuro

CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO CÉNICO E ADEREÇOS
Carlos Cal
Maria da Conceição Almeida

FIGURINOS
Maria da Conceição Almeida

DESENHO DE LUZ
Paulo Duarte

DIREÇÃO DE CENA
Abel Duarte

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO E COMUNICAÇÃO
Paula Teixeira

ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO E COMUNICAÇÃO/FOTOGRAFIA E VÍDEO
Marta de Baptista
 
CARTAZ
Rota do Românico

AGRADECIMENTOS
Ángel Fragua, Junta de freguesia de Vila Boa de Quires e Maureles, Paróquia de São Martinho de Mouros, Santa Casa da Misericórdia de Resende, União das Freguesias de Amarante - São Gonçalo, Madalena, Cepelos e Gatão
 
Classificação Etário M/6 anos


SINOPSE
“E mais a mais, cada um faz o que quer com as histórias que aprende.”

A primeira coisa que se tem que fazer para contar uma história é ouvir. Depois decidir se se a reconta ou não. Se se decidir recontar pode-se pensar o que se vai mudar e o que se vai passar para o próximo ouvinte. Ou então deixar o mecanismo da memória selectiva escolher os factos que nos tocaram e merecem ser recontados e quais os que devemos actualizar ou personalizar.

E é à soma de todas essas histórias e das suas adaptações que se chama memória colectiva. A tradição oral vai mantendo a sua importância inalterada porque se vai alterando com o tempo.

“Quem conta um conto acrescenta um ponto. Se você levar a história escrita fixa-a para  sempre. Até parece que a história morre.  As histórias querem-se livres, a mudar todos os dias. A crescerem e a adaptarem-se aos dias  que passam.”

E as histórias nascem num lugar. Podem renascer noutro, mas já são novas histórias, apesar de serem iguais a outras. O Douro tem o seu próprio imaginário. Deverão haver centenas de penedos de cornudos espalhados pelo mundo, mas o penedo da Serra da Aboboreira é especial porque soubemos trazer a sua lenda até aos dias de hoje. E se alguma coisa esta história prova é que há coisas que não mudam. Quem tem tempo livre inventa histórias. Transforma em narrativas as suas angústias. Serei cornudo ou não serei? Vou perguntar à pedra.

“Eu vou-lhe explicar como a coisa funciona. Você vai lá e atira uma pedra para cima do penedo, se ela ficar lá em cima equilibrada é porque a sua mulher sempre lhe foi fiel. Se a pedra cair ao chão, prontos, tem um par de cornos, mas prontos são os cornos pequeninos que  sua mulher só o traiu uma vez. Deve ter sido por curiosidade.  E nesse caso você só tem uma solução, pega na pedra e atira outra vez. Se ficar em cima é porque foi mesmo por curiosidade, se voltar a cair foi porque a primeira traição correu bem e ela quis mais. E é assim enquanto a pedra cair você vai contando as vezes que ela o traiu. Só pára quando a pedra ficar lá em cima ou então quando se cansar. Percebeu? Mas também lhe digo uma coisa: No penedo de Travanca há mais pedrinhas no chão, que as que ele carrega nas costas.”
 
Neste link podem encontrar o teaser do espetáculo no youtube - https://youtu.be/xS94qWVuq48
 

ÚLTIMAS | Detido por posse de arma proibida em processo de violência doméstica

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Felgueiras – Detido por posse de arma proibida em processo de violência doméstica
O Comando Territorial do Porto, através do Posto Territorial de Felgueiras, hoje, dia 26 de maio, deteve um homem de 36 anos por posse de arma proibida, no concelho de Felgueiras.
Na sequência de uma investigação por violência doméstica, os militares da Guarda apuraram que o suspeito ameaçava de morte a vítima, sua ex-esposa de 37 anos, com recurso a uma arma de fogo. No decorrer das diligências policiais foi dado cumprimento a um mandado de busca domiciliária, onde foi possível apreender uma arma de fogo transformada, um carregador e 50 munições.
O suspeito foi detido e será presente a primeiro interrogatório no Tribunal Judicial de Penafiel, para aplicação das medidas de coação.
Fonte GNR

ÚLTIMAS | Amanhã há greve na CP.

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Por motivo de greve convocada por organização sindical, no dia 27 de maio, poderão existir atrasos e supressões com especial incidência nos comboios urbanos.

A greve abrange o período entre as 00h00 e as 24h00 de dia 27 de maio, "mas o impacto na circulação poderá estender-se para além desse período, nomeadamente ao final do dia 26 de maio e às primeiras horas da manhã de dia 28 de maio", refere a CP.

Aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, InterRegional e Regional, será permitido o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos.

 

Últimas | Autoagendamento da vacina Covid acima de 50 anos é "questão de dias"

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O secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, assumiu hoje que o alargamento do autoagendamento da vacinação contra a covid-19 para pessoas a partir dos 50 anos é uma "questão de dias" e vai ocorrer "muito em breve".

"Não tenho ainda uma data específica. Acho possível [que seja ainda esta semana], mas, se não for, é uma questão de dias. Parece-me bastante evidente, até porque a vacinação está a decorrer a um ritmo bastante acelerado. Não há nenhuma razão para que esse ritmo desacelere a partir de agora, embora exista alguma prevalência de segundas doses que diminui a capacidade de primeiras doses", disse.

Neste momento, o sistema de autoagendamento para a vacinação contempla apenas pessoas acima dos 55 anos, depois de ter sido inicialmente concebido para utentes com mais de 65 anos e posteriormente alargado à população acima de 60 anos.

Fonte: CM/LUSA

Covid-19: Índice de transmissibilidade (Rt) e taxa de incidência continuam a subir

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Lisboa, 24 mai 2021 (Lusa) - O índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-Cov-2 em Portugal subiu hoje para 1,06, enquanto a incidência de casos de infeção por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias aumentou para 55,6.

Os números anteriores destes indicadores, divulgados na sexta-feira, indicavam um Rt de 1,03 e uma incidência de 52,6 casos por 100.000 habitantes.

No boletim epidemiológico conjunto da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgado hoje, os números relativos apenas a Portugal continental revelam que o Rt continua a subir, passando de 1,03 para 1,06, assim como a incidência de casos de infeção por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, que aumentou de 52,6 para 55,6 a nível nacional.

Os dados do Rt e da incidência são atualizados à segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira.

Estes indicadores – o índice de transmissibilidade do vírus e a taxa de incidência de novos casos de covid-19 – são os dois critérios definidos pelo Governo para avaliar o processo de desconfinamento iniciado a 15 de março.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.465.398 mortos no mundo, resultantes de mais de 166,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.018 pessoas dos 845.465 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

 

CC // HB

Lusa/fim

 

"diálogo familiar" entre desenho e poesia | Arnaldo e Noly Trindade

Crítica da Risoleta Pinto Pedro ao livro "diálogo familiar" de Arnaldo e Noly Trindade

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UM LIVRO FEITO COM O CORAÇÃO NAS MÃOS

Sobre o livro: DIÁLOGO (FAMILIAR) ENTRE DESENHO E POESIA

 

Um pai, uma filha, um avô… ou um pai, um filho e uma neta… ou uma neta, um pai e um avô?

Não importa. Quando se abre o livro, somos surpreendidos pelo desaparecimento de Gutenberg, quero eu dizer, os velhos tipos que nos vêm contando histórias e dando notícias desde o aparecimento da tipografia, são aqui substituídos pela caligrafia, essa primeira escrita do tempo da inocência, de quando nos debruçávamos sobre o caderno de duas linhas com uma caneta a pingar tinta, a língua de fora num esforço concentrado de coordenação, reproduzindo os gestos dos copistas medievais. Quando a escola, antes de se transformar numa fábrica, ainda era um convento, para o melhor e para o pior.

A capa, com seu título e autoria escritos manualmente, já o indiciava, mas poderia ser estilo, efeito gráfico, originalidade editorial. Não é. Já lá vamos. Voltemos antes aos nomes apresentados como dos autores: Noly e Arnaldo Trindade. Este apelido diz-nos muito. Para além de ser encantador como pessoa, todos o conhecem como prestigiado editor das artes do som. É dizer pouco, mas diz mais do que se aqui nos limitássemos a desfilar a obra, o que deixamos ao critério de quem, não conhecendo, tiver curiosidade por mais. No livro, Arnaldo é o pai, e Noly a filha. Como na vida. Mas há outro Trindade, o avô Januário Augusto Trindade, a quem é dedicada a obra.

No interior, tudo, desde a ficha técnica até ao que arrisco nomear como posfácio, é caligrafado. E sem termos a pretensão de penetrar na motivação de quem fez esta opção, vale a pena debruçarmo-nos sobre o étimo da palavra “caligrafia” que vai ao grego (“kalligraphia”) buscar a raiz “kallos”, que traz o conceito de beleza da raiz indo-europeia “kal”, onde significa belo; “graphein”, tem a ver com o que é escrito ou gravado, palavra que passou a aplicar-se também ao registo de som. O que aqui se torna muito significativo. Com esta explicação, talvez me possa aventurar a acreditar que a belíssima pintura da capa já indicie o caminho escolhido e que a caligrafia prossiga estes passos. A opção pela estética é, aliás, a marca do trabalho fonográfico de Arnaldo Trindade, sempre marcado por enorme rigor num tributo à beleza, rigor sem o qual esta soçobra.

Numa espécie de ante-prefácio sem esse nome, Noly apresenta-nos a génese do livro. Entremos então nele com este primeiro texto. Ficamos a saber que presidiu ao nascimento deste livro um exercício de que um cabalista, ou Platão no seu “Fedro”, ou uma criança, não desdenhariam. Aqui mostra como olhou algumas palavas como se pela primeira vez, e como lhes reagrupou as letras. A propósito disto, anexo a esta crónica o endereço de um texto que escrevi em tempos sobre o nosso tão extraordinário quanto ignorado filósofo da linguagem, António Telmo e os processos de manipulação das palavras:

https://www.antonio-telmo-vida-e-obra.pt/news/voz-passiva-63/

O que Noly descreve no seu texto como explicação ou apresentação do que se segue no livro, é a operação a que começou por se entregar, decompondo palavras e criando polissemias. Mas existindo um sentimento prévio a esta decomposição que era o peso das palavras, foi pelo desenho que procurou expressá-lo. O que conseguiu. Temos então palavras, as mesmas decompostas, desenhadas e, cumprindo o prometido no título da capa “diálogo (familiar) entre desenho e poesia”, os poemas, onde entra o pai, artista dos sons e poeta, o que não deixa de ser algo muito parecido.

O prefácio, esse sim, assim nomeado, do editor Rui Vaz Pinto, e se me é permitido, um talvez posfácio de Jorge Cordeiro, são como lampiões que tal como o candeeiro presente em todos os desenhos, iluminam o que deve ser iluminado.

Na contracapa um ponto não final, mas de exclamação, sem a forma gráfica que lhe conhecemos, e sim com palavras:

“um apelo d'humanidade”. Assim termina este manuscrito impresso envolto numa capa como numa iluminura. Iluminado. Por tudo isso aqui especialmente recomendado.

risoletacpintopedro@gmail.com

JSD | Rita Silva

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As políticas públicas estimulam os jovens a terem um papel ativo na sociedade e fazem com que os mesmos tenham vontade de participar ativamente em atividades de aprendizagem, socialização e acabam por ter um envolvimento direto em algumas decisões tomar no contexto em que estão inseridos.
Todos sabemos que os jovens serão os adultos de futuro e ao não serem envolvidos nem proporcionados a tal jamais os conseguiremos prender à nossa terra, Baião. Concelho que tanto gostamos e que muitos dos nossos antepassados lutaram e investiram em toda uma evolução que estagnou no tempo, é agora que os jovens têm de estar e serem envolvidos, serem notificados, serem participativos e terem voz.
Mas claro que a sua intervenção depende das capacidades atribuídas e das possibilidades de
reconhecimento tanto social como governamental que lhes possam ser entregues. As
necessidades e vontades dos jovens têm de ser tidas em conta e deveriam ser valorizadas de
alguma forma. É neste aspetos que uma boa organização escolar, criação de associações para incentivo e envolvimento dos jovens e incentivar ao voluntariado, são ótimos exemplos de hipóteses de políticas que deveriam ser prioridade para que se possa implementar nas
camadas mais jovens o espírito participativo na sociedade. A boa organização escolar, na
minha opinião, será sem dúvida o aspeto mais importante, pois é na escola que adquirimos a
maior parte do nosso conhecimento, a nível escolar como vulgar.

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Estas políticas também deveriam garantir os apoios necessários e as possíveis oportunidades para a juventude puder viver de forma mais independente, pois após o ensino superior ou qualquer outro tipo de ensino transita-se para o mercado de trabalho e estas políticas acabam por ser essenciais nesta fase das nossas vidas.
Para nós jovens é sempre complicado tomar decisões a qualquer nível, então demoramos a perceber qual é o nosso lugar na sociedade, e ao ter este tipo de apoios e oportunidades o quadro acaba por mudar de figura, pois acabamos por ter meios para alcançarmos os objetivos pretendidos.
Então sim, se Baião tem de evoluir e tem a ambição de marcar a sua posição no mapa que
comecemos pela camada jovem, pelas pessoas que serão o futuro da nossa terra e para que
não tenham de trabalhar ou mesmo até morar longe dos seus, implantemos políticas em prol
da juventude, por e para Baião.
Rita Silva

Últimas |Entrega de armas nos Postos da GNR

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Entrega de armas nos Postos da GNR

Se tem armas de fogo não manifestadas ou registadas, regularize a situação em qualquer Posto da GNR.
Nos termos da Lei 5/2021, de 19 de fevereiro, decorre, até dia 23 de junho, o período de entrega voluntária de armas detidas fora das condições legais, sem consequência para os seus detentores.

PSD | Paulo Portela apresentou a sua equipa com o lema “Com Determinação por Baião”

Pode assistir aqui ao vídeo da apresentação.

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psd 1.jpgPaulo Portela, Ancede e Ribadouro, Célia Azevedo; Campelo e Ovil; Joana Azeredo, Santa Cruz do Douro e São Tomé de Covelas; Márcio Vil, Santa Marinha do Zêzere; André Sousa, Grilo; Olívia Mendes, Campelo e Ovil; Graça Miranda, Gestaçô; Ivo da Costa, Santa Cruz do Douro e São Tomé de Covelas; Diana Rocha, Santa Marinha do Zêzere; João Carvalho, Gove; Elisabete Barbosa, Ancede e Ribadouro; Francisca Valente, Campelo e Ovil; António Correia, Teixeira e Teixeiró; Augusto Santos, Valadares; Andreia Monteiro, Ancede e Ribadouro; Bernardino Ribeiro, Santa Leocádia e Mesquinhata; Inês Carneiro, Grilo; Óscar Lúcio, Loivos da Ribeira e Tresouras; Sílvia Pinheiro, Viariz; Diogo Correia, Santa Cruz do Douro e São Tomé de Covelas e Isabel Soares, de Frende.

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EMPREGABILIDADE | CANDIDATURAS ABERTAS PARA ESTÁGIOS NOS CTT

 

Por José Pereira (zedebaiao.com)

Os CTT anunciaram a abertura de candidaturas para os estágios de verão de 2021 que decorrem em julho e agosto. As candidaturas podem ser realizadas até 24 de maio, através do site da empresa.:

Os CTT desafiam os estagiários a construir o futuro já a partir dos estudos do ensino superior, dando a possibilidade de contactarem com uma das áreas de negócio da empresa. Os estagiários serão acompanhados por um tutor. 

Condições de acesso

Ter concluído pelo menos o 2.º ano da licenciatura ou, de preferência, estar a frequentar um mestrado, numa das seguintes áreas:

  • Informática | Engenharia
  • Matemática | Analytics
  • Gestão | Economia
  • Comunicação | Digital
  • Recursos Humanos

O estágio decorre durante julho e agosto.

As candidaturas encontram-se abertas. Preenche o formulário.

 Expresso | Banco CTT gastou mais €40 milhões do que o inicialmente avançado  com empresa de crédito automóvel

Sobre a empresa

Os CTT empregavam mais de 12.000 pessoas, das quais mais de 11.000 em Portugal, contando com com 2.384 Pontos CTT e cerca de 5.000 agentes Payshop. Em 2020, os correios obtiveram rendimentos operacionais de 745,2 milhões de euros, apresentando um resultado líquido de 16,7 milhões de euros. No ano de 2020 os CTT transportaram 516,9 milhões de objetos de correio endereçado, 25,9 milhões de encomendas expresso em Portugal e 24,9 milhões em Espanha.

Rita Diogo | Ainda sobre saúde mental

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Não há prevenção em saúde mental, não há promoção da saúde mental, os que precisam de acompanhamento ao nível da sua doença mental chegam em reduzido número aos cuidados de saúde. Sim, são pessoas extremamente vulneráveis, que não recorrem a consultas, que não vão ao seu centro de saúde, que não têm diagnóstico, que não conseguem cumprir um plano terapêutico e que necessitam de uma abordagem diferente, menos biomédica e mais comunitária.

As recomendações da ONU para a saúde mental, incidem sobre o combate à violência e discriminação, menos institucionalização e coerção e menos medicalização. O uso da coerção, a subjugação a intervenções farmacológicas não discutidas com os doentes, os excessivos internamentos e institucionalizações que reforçam os estigmas, as reações sociais adversas à doença mental podem manter as pessoas afastadas de locais onde podem ser tratadas. A informação dada às pessoas relativamente à sua doença mental é fundamental, é responsabilizadora, confere autonomia supervisionada, se necessário for, mas sem paternalismos. A excessiva medicalização para tratar reações adversas normais às pressões quotidianas que resultam em frustração, é uma tendência global. Casos há em que a farmacologia é imperiosa e importante, mas não substitui a psicoterapia, os laços afetivos com elementos significativos ou outras intervenções menos invasivas. Criar vínculos sociais identitários, relações saudáveis que possam evitar a excessiva medicalização, o dar oportunidade de escolha ao doente mental que tem uma condição que lho permite fazer, pode ser um caminho.

O acesso à saúde mental no nosso país é por si só, uma tormenta: poucos se lhe dirigem (as pessoas mais vulneráveis não recorrem aos cuidados de saúde, ignoram os sintomas como estratégia de evitar o estigma), poucos têm onde se dirigir (os recursos continuam concentrados em Lisboa, Porto; o interior continua sem recursos e pobre em qualificação, as novas unidades criadas fora dos grandes centros permanecem unidades fantasma, sem médicos). O estado atual da nossa saúde mental é, de facto, caótico: muita gente por tratar, muita gente afastada dos cuidados de saúde por vulnerabilidades sociais e pessoais, outra tanta tratada de forma desadequada ou condenada à institucionalização.

A principal causa de incapacidade e uma das principais causas de morbilidade, nas sociedades atuais, são as perturbações psiquiátricas e os problemas de saúde mental. Em Portugal, embora a prevalência da problemática acompanhe a tendência europeia, estudos apontam para que a situação dos grupos mais vulneráveis (mulheres, pobres e idosos) se encontra agravada. O número de pessoas em contacto com os serviços públicos mostra que apenas uma pequena parte das que têm problemas de saúde mental têm acesso a serviços públicos especializados. O internamento continua a consumir a maioria dos recursos (83%), quando toda a evidência científica mostra que as intervenções na comunidade, mais próximas das pessoas, são as mais efetivas. O recurso preferencial aos serviços de urgência e as dificuldades reportadas na marcação de consultas, sugerem a existência de problemas de acessibilidade aos cuidados especializados.
Neste contexto, urge delinear uma intervenção específica e direcionada para a área da saúde mental centrada nos eixos da avaliação, diagnóstico, tratamento e reinserção. Sem esquecer a reabilitação, redução de danos e reinserção social de pessoas em situação de isolamento/exclusão social, ao nível da saúde mental e com fatores de risco associados, nomeadamente, deficitária vinculação social; ausência de retaguarda familiar; desintegração das estruturas/redes sociais sobretudo em relação à saúde; percurso profissional inexistente ou precário; incapacidade de satisfazer as necessidades básicas por meio próprio, entre muitas outras situações. O acesso equitativo a cuidados de saúde de qualidade a todas as pessoas com problemas de saúde mental em situação social vulnerável, promovendo e protegendo os seus direitos é premente.
Permanecem fortes condicionantes que perpetuam o estado da saúde mental em Portugal, tais como forte estigma e desconhecimento face à doença mental, escassez de recursos humanos e estruturais, baixa prioridade em termos de opção política, orçamento desproporcionadamente baixo para a carga das doenças implicadas, organização desajustada dos serviços de psiquiatria, com concentração em grandes instituições centralizadas e pouco articuladas com os cuidados de saúde primários e comunitários. Colocar a pessoa no centro de toda a intervenção, respeitar os seus direitos, vontade e dignidade; trabalhar em equipa e em articulação interinstitucional, poderá ser um caminho a seguir.

Rita Diogo,
Psicóloga especialista em Psicologia Clínica e da Saúde

OBLIQUIDADES (9) | JAIME MILHEIRO

Jaime Milheiro

 

 

Neste planeta forjado nas zonas mais recônditas do universo e inadvertidamente trasladado para o subsolo do meu quintal, funcionam ainda alguns tenebrosos espantos.
Bons exemplos serão as enormes eloquências dos passarões televisivos sobre os males que hão-de vir e sobre as catastróficas pragas que estarão para surgir, desvendadas por profetisas e profetas que disso fazem iluminadas profissões.
Plenos de sapiência astrológica e de transcendência cosmológica, burlões e burlonas em jeito de bíblicas figuras estrondeiam cabotinas alarvidades, enxameando-nos de imperativas conclusões.
Sem contraditório afirmam, sem vergonha nos auguram, abrigados no dono do dinheiro e nas públicas audiências. Anunciam doenças desconhecidas, preconizam soluções encanecidas, configuram maleitas destemidas. Denunciam amores e desamores, desvendam pessoas num baralho de cartas ensebado, de forma nem sempre muito inteligente diga-se de passagem, com inúmeros seguidores...

                              (Até o covid se deve sentir estupidificado,
                               com tão bruxuleantes proclamações…)

em malabarismos que ao fim de cinco minutos a si próprios se amarrotam e despachadamente se contradizem.

Levitando sobre vulgaríssimas ocorrências que transformam em epifanias... catapultando efémeras trapalhices em desinformações despudoradas…
afastando quaisquer distinções entre primarismos e construtivismos...
denegando o que naturalmente acontece e que a ninguém aquece nem arrefece...
alimentando esconsas virtudes em pesporrências trauteadas...

                                  (É espantosa a subserviência dos humanos
                                   ao temor dos afogamentos celestiais...)

decretam tontices sem nome, em arrogantes respaldos.

O que levará tanta gente a comprar as mediocridades impingidas?
O oposto…
o conhecimento, a alegria de existir, a autenticidade na troca, a ausência de ilusionismo, que corresponderá ao saudável relacionamento civilizacional e representa o melhor que somos na arte de viver e na complexidade de conviver…

                                       (Todos os antropóides
                                       cultivam a verdade na existência,
                                       todos os doentes ansiosamente a rebuscam…)

dificilmente encontra espaço em tais programações e será sempre de curta duração.

Comparativamente, lembraria que as mais tóxicas bactérias por todos corpos cirandam, mas apenas nalguns se fixam. Fazem parte de nós. Ninguém as ensina, ninguém nos ensina. Só o próprio poderá aprender a pensar-se e a governar-se, tentando ser pessoa e não caricatura de pessoa.
As bruxas da televisão sabem como se movem e porque se movem….

                                              (Afrontando a inteligência e a lucidez,
                                               no mais ignorante primitivismo...)

em plena consciência dos prejuizos que causam, nunca separando a verdade da mentira, a pessoa do pedregulho, a exploração do divertimento.

Jaime Milheiro (psiquiatra e psicanalista)

Jaime Froufe Andrade | Histórias avulso | Não se pode ter tudo

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Histórias avulso

(A pandemia pôs-nos à espera do futuro. Parados pelo vírus, talvez seja tempo para percebermos o que deixámos para trás. É essa a proposta de Histórias avulso)

Não se pode ter tudo

In illo tempore, a Primavera trazia-me sempre uma penhora. Foi assim durante uns anos. Quando o ofício da execução me caia nas mãos, a minha primeira reacção era fazer, mentalmente, um balanço aos meus bens. Começava sempre pelo inestimável: a mulher e os filhos. Como a família não é sujeito passivo de arresto, sentia-me aliviado. 

 

Depois, virava-me para o recheio do lar. Os electrodomésticos, todos em fim de linha, escapariam de certeza à justiça do fisco; os livros, pela estranha razão de serem livros, também estariam a salvo. E o inventário mental à minha riqueza prosseguia: o periquito e a tartaruga seriam um estorvo para a autoridade tributária. Havia ainda a guitarra, essa vítima indefesa dos meus maus blues. Mas, de braço empenado, também nada interessaria ao fisco, ainda por cima longe de se saber ter sido nela que o amigo Carlos Tê compôs o Chico Fininho.

 

No ofício primaveril vinham exaradas ameaças terríveis: execução, penhora, arresto…, mas eu, um infractor, era tratado por V. Excelência. Tal tratamento enchia-me os olhos.

 

Tratava então de pagar a dívida, acrescida da eloquente maquia dos juros de mora. A contragosto acabei por ir às Finanças saber o que estava afinal a acontecer. Saber o motivo que levava esses serviços a enviarem-me um ofício de execução em vez de um atempado aviso de pagamento. 

 

Vamos lá então ver o que se passa...diz o funcionário que me pareceu estar do meu lado. Ah, cá está… Pois é, no cadastro falta o seu número de contribuinte. Está a ver? E eu que visse.

 

Ao vivo, ganhei a questão, mas perdi a mordomia de ser tratado por V. Excelência. Não se pode ter tudo.

Jaime Froude Andrade

 

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