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BAIÃO CANAL - Jornal

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Bebé morre por ter sido deixado esquecido no interior de uma viatura durante todo o dia

Segundo a referência feita pela polícia, a criança terá ficado esquecida durante todo do dia de ontem no interior de um automóvel. Quando a família se apercebeu, já ao final da tarde, ainda levaram a criança para o Hospital de Santa Maria (Lisboa), mas esta acabou por falecer.

A PSP confirmou à agência Lusa que a morte da criança de dois anos terá ocorrido na sequência de um alegado acidente, estando a Polícia Judiciária a investigar as circunstâncias da ocorrência.

Foto: Imagem ilustrativa relativa à segurança das crianças nas viaturas, retirada de graphene car seat)

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Segurança Infantil


Sabia que os acidentes são a maior causa de morte de crianças e jovens em Portugal?

Com crianças, todos os olhos são poucos.
A sua casa pode ser o sítio onde se sente mais seguro e confortável mas, para bebés e crianças, há perigos à espreita. O mesmo se passa em cada viagem de carro. Será que a cadeirinha do seu bebé está bem colocada? E na água, sabia que bastam 2,5 cm para uma criança se afogar?


SEGURANÇA NA ÁGUA

SEGURANÇA RODOVIÁRIA 

SEGURANÇA EM CASA

SEGURANÇA NA ESCOLA 

SEGURANÇA NOS ESPAÇOS DE RECREIO, DESPORTIVOS E LAZER

Para um crescimento saudável é necessário vivenciar, experimentar, criar em liberdade e de forma espontânea. 

É importante brincar ao ar livre, na natureza, andar a pé, de bicicleta, com o mínimo de restrições possível. Para isso é fundamental que os espaços e os ambientes sejam estimulantes e cheios de oportunidades, mas onde os riscos sejam saudáveis e possíveis de gerir!

Segurança não é estar fechado numa “redoma”, é garantir que todas as crianças crescem e brincam livremente, de forma segura e autónoma.

É nisso que a APSI acredita. É por isso que a APSI promove, desde 2017, o Dia Nacional da Segurança Infantil (23 de maio).

O evento pressupõe o envolvimento das crianças em diversas atividades que promovam a segurança infantil, o andar a pé ou de bicicleta, a atividade física, brincar ao ar livre, entre outros.

 

Foto: Hospital de Santa Maria, Lisboa

Paulo Esperança | O EMBUSTE EM ESCADA

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Há anos valentes, durante um dos seus passeios higiénicos, um amigo do Presidente da Junta deu-se conta que nos arrabaldes das explorações agrícolas havia seres humanos amontoados em coisas parecida com casas.

Quase à noite, na tasca local falou ao Presidente da Junta do que vira.

O Presidente da Junta disse-lhe que a situação já lhe tinha chegado aos ouvidos (não costumava ir passear para aquelas zonas) e que ia transmitir à Câmara Municipal …quando tivesse tempo.

O Presidente da Câmara Municipal recebeu a notificação do Presidente da Junta e quando teve tempo remeteu-a, com o respectivo despacho, para o vereador da Protecção Civil e da Segurança Social.

Estes…quando tiveram tempo… falaram ao telefone com alguns empresários do sector agrícola da região, leram uns jornais e reportaram as conclusões em relatório formal.

O Presidente da Câmara…quando teve tempo … perante esses relatórios e cumprindo as normas do poder hierárquico enviou-os para o Secretário de Estado da Administração Interna e da Segurança Social.

Quando tiveram tempo ambos analisaram esses relatórios remetendo-os aos Ministros da tutela devido à sensibilidade do assunto.

Os Ministros, quando tiveram tempo, pediram aos seus assessores para produzirem um parecer jurídico o que aconteceu quando os assessores… tiveram tempo.

Recebidos os pareceres, os Ministros, quando tiveram tempo, mandaram enviá-los para o SEF, GNR, ARS da região, Centro de Segurança Social, Protecção Civil e claro, à autarquia local.

Entretanto, a cultura intensiva devastadora de solos e água na região, o fechar de olhos ao tráfico de seres humano e à sua miserável exploração, as suas condições insalubres de “habitação” continuaram olimpicamente à espera de mais relatórios …quando houvesse tempo.

Mas o Covid é traiçoeiro e pregou uma finta ao tempo.

Casos e casos que, mais uma vez, atacaram uma população sofrida e desprezada.

Finalmente houve tempo! Polícia, Câmara Municipal, Junta de Freguesia, Protecção Civil, Administração Interna, GNR, DGS, Segurança Social, Governo, Assembleia da República, etc, puseram-se em campo e exclamaram “aqui- d´el-rei”!

Vai daí toca de atirar culpas de uns para os outros. No final, como dizia José Mário Branco no seu “FMI”, “a culpa é de todos, não é? Afinal a culpa é de todos e não é de ninguém, não é filho?”

Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar canta Francisco Fanhais num belíssimo poema – “Cantata da Paz” – de Sophia de Mello Breyner Andresen. Aqui ninguém viu, ninguém ouviu, ninguém leu.

É a democracia representativa a funcionar, dizem-nos.

Até pode ser, mas os resultados, neste caso, mostram que quem diz que representa, de facto, não teve tempo para representar quem anda nos labirintos obscuros da vida.

Experimentem a democracia directa. Vão ver que a cambada de facínoras que escraviza estes seres humano deixaria de se considerar impune e talvez não tivéssemos vergonha do que estamos a fazer a cidadãos que andam sistematicamente à procura de serem um pouco menos infelizes.

Porto, 6 de Maio de 2021

Paulo Esperança