![Seis-conselhos-para-um-rio-1920x1080.jpg Seis-conselhos-para-um-rio-1920x1080.jpg]()
O Teatro do Montemuro em parceria com a Rota do Românico vão estrear o espetáculo "Seis Conselhos para um Rio". Neste espetáculo participa uma pessoa local de cada um dos seguintes Municípios: Cinfães, Castelo de Paiva, Amarante, Resende, Baião e Marco de Canaveses.
O espetáculo acontecerá nos seguintes dias e espaços:
- 04, sexta-feira, 21h, Auditório Municipal, Cinfães;
- 05, sábado, 21h, Centro Cultural Maria Amélia Laranjeira, Amarante;
- 06, domingo, 16h, Emergente Centro Cultural, Marco de Canaveses;
- 11, sexta-feira, 21h, Auditório Municipal, Resende;
- 12, sábado, 21h, Casa de Chavães, Baião;
- 13, domingo, 16h, Auditório Municipal, Castelo de Paiva
"Seis Conselhos para um Rio" conta-nos a história de um viajante que percorre o Rio Douro e vai desvendando as suas histórias e lendas.
EQUIPA
Teatro do Montemuro em parceira com a Rota do Românico
![teatro do montemuro teatro do montemuro]()
TEXTO
Ricardo Alves
ENCENAÇÃO
Paulo Duarte
INTERPRETAÇÃO
Adolfo Campos
António Magalhães
Daniel Figueiredo
Eduardo Correia
Francisco Magalhães
Jorge Pereira
Pereira da Silva
ARRANJO MUSICAL
Daniel Figueiredo
ESPAÇO CÉNICO E ADEREÇOS
Teatro do Montemuro
CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO CÉNICO E ADEREÇOS
Carlos Cal
Maria da Conceição Almeida
FIGURINOS
Maria da Conceição Almeida
DESENHO DE LUZ
Paulo Duarte
DIREÇÃO DE CENA
Abel Duarte
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO E COMUNICAÇÃO
Paula Teixeira
ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO E COMUNICAÇÃO/FOTOGRAFIA E VÍDEO
Marta de Baptista
CARTAZ
Rota do Românico
AGRADECIMENTOS
Ángel Fragua, Junta de freguesia de Vila Boa de Quires e Maureles, Paróquia de São Martinho de Mouros, Santa Casa da Misericórdia de Resende, União das Freguesias de Amarante - São Gonçalo, Madalena, Cepelos e Gatão
Classificação Etário M/6 anos
SINOPSE
“E mais a mais, cada um faz o que quer com as histórias que aprende.”
A primeira coisa que se tem que fazer para contar uma história é ouvir. Depois decidir se se a reconta ou não. Se se decidir recontar pode-se pensar o que se vai mudar e o que se vai passar para o próximo ouvinte. Ou então deixar o mecanismo da memória selectiva escolher os factos que nos tocaram e merecem ser recontados e quais os que devemos actualizar ou personalizar.
E é à soma de todas essas histórias e das suas adaptações que se chama memória colectiva. A tradição oral vai mantendo a sua importância inalterada porque se vai alterando com o tempo.
“Quem conta um conto acrescenta um ponto. Se você levar a história escrita fixa-a para sempre. Até parece que a história morre. As histórias querem-se livres, a mudar todos os dias. A crescerem e a adaptarem-se aos dias que passam.”
E as histórias nascem num lugar. Podem renascer noutro, mas já são novas histórias, apesar de serem iguais a outras. O Douro tem o seu próprio imaginário. Deverão haver centenas de penedos de cornudos espalhados pelo mundo, mas o penedo da Serra da Aboboreira é especial porque soubemos trazer a sua lenda até aos dias de hoje. E se alguma coisa esta história prova é que há coisas que não mudam. Quem tem tempo livre inventa histórias. Transforma em narrativas as suas angústias. Serei cornudo ou não serei? Vou perguntar à pedra.
“Eu vou-lhe explicar como a coisa funciona. Você vai lá e atira uma pedra para cima do penedo, se ela ficar lá em cima equilibrada é porque a sua mulher sempre lhe foi fiel. Se a pedra cair ao chão, prontos, tem um par de cornos, mas prontos são os cornos pequeninos que sua mulher só o traiu uma vez. Deve ter sido por curiosidade. E nesse caso você só tem uma solução, pega na pedra e atira outra vez. Se ficar em cima é porque foi mesmo por curiosidade, se voltar a cair foi porque a primeira traição correu bem e ela quis mais. E é assim enquanto a pedra cair você vai contando as vezes que ela o traiu. Só pára quando a pedra ficar lá em cima ou então quando se cansar. Percebeu? Mas também lhe digo uma coisa: No penedo de Travanca há mais pedrinhas no chão, que as que ele carrega nas costas.”