Rita Diogo | Balanços e projetos
Há pouco mais de um ano, estava a organizar os meus pensamentos para poder abraçar este desafio de escrever crónicas para o “Baião Canal Jornal”. Este desafio foi, em boa hora, lançado pelo meu grande amigo Carlos Magalhães que presumia que eu teria algumas coisas interessantes para partilhar. E assim começamos esta caminhada tão boa... Vinte crónicas depois aqui estamos, juntos, neste projeto que dá a conhecer o que nos vai na alma, as nossas opiniões sobre o mundo que nos rodeia, sobre a nossa visão do estado das coisas. Tem sido um prazer enorme seguir, lado a lado, com este punhado de gente madura que me tem ensinado tanto. Este foi um dos meus projetos para 2021 e agora faço dele um balanço extremamente positivo.
Um ano passou, e em período de fim de ano, tendemos a olhar para trás e a fazer balanços. Este foi mais um ano atípico e que não desejamos que se torne típico, porque não queremos que o vivido este ano se torne comum, recorrente. Estes dois anos de pandemia alteraram a nossa forma de nos relacionarmos com os outros, com amigos, colegas e família. Mudou a forma como trabalhamos, vivemos, interagimos, estudamos. Mudou a forma de estarmos em sociedade e todo o nosso quotidiano. Dois anos em que testamos a nossa saúde mental, em que provamos que, de facto, as crises geram crescimento e desenvolvimento, em que nos adaptamos de forma rápida e audaz a várias mudanças, em que fomos perseverantes e resistentes ao cansaço. Por isso, quando fizermos o balanço do ano de 2021, que sejamos capazes de valorizar e reforçar também a nossa resiliência para lidar com a adversidade. Cada um fará o seu balanço individual, dos seus êxitos e dos seus fracassos, do que correu bem e menos bem, das suas perdas e das suas conquistas e da forma como se reinventou. Fazer balanços é fundamental, organiza o pensamento, permite avaliar as nossas ações e retificar o que será necessário no futuro e é uma boa estratégia para reconhecer os pontos de crescimento, aquelas atitudes ou situações que servem para aumentar a autoestima e a segurança nas próprias capacidades. Parar para fazer este balanço pessoal permite uma reflexão que proporciona clareza mental e permite medir o desempenho pessoal em virtudes importantes como perseverança e disciplina, por exemplo.
Também escolhemos o fim do ano para traçar objetivos para os próximos tempos. Na verdade, se não sabemos para onde vamos nunca saberemos se lá chegamos. Estabelecer metas e projetos ajuda-nos a orientar as nossas ações. Temos várias tradições organizadoras dos nossos projetos de vida para o novo ano: por exemplo, comemos 12 passas pedindo desejos. Estes desejos pode ser, tão simplesmente, os nossos objetivos, o que queremos alcançar e concretizar durante o próximo ano. Muitos de nós tendemos a focar-nos em objetivos para o trabalho e para o crescimento profissional, outros valorizamos os objetivos pessoais e familiares, outros suspiram por aspetos globais e dirigidos a uma sociedade e a um mundo melhor.
Que 2022 represente para nós dias de felicidade, de projetos, de concretização. Que não se pense que a vida muda porque muda o ano, a vida só muda quando nos propomos a tal, quando mudamos e controlamos o que pensamos e também o que fazemos. Os mesmos comportamentos apenas trarão exatamente as mesmas consequências. Fazer balanços, estabelecer objetivos pode mesmo ajudar a fazer a mudança. Ouse mudar aquilo que precisa ser mudado e assim, continue a fazer a diferença na sua vida e na vida de outros.
FELIZ ANO NOVO PARA UMA VIDA MAIS FELIZ