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BAIÃO CANAL - Jornal

BAIÃO CANAL - Jornal

Rita Diogo | Balanços e projetos

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Há pouco mais de um ano, estava a organizar os meus pensamentos para poder abraçar este desafio de escrever crónicas para o “Baião Canal Jornal”. Este desafio foi, em boa hora, lançado pelo meu grande amigo Carlos Magalhães que presumia que eu teria algumas coisas interessantes para partilhar. E assim começamos esta caminhada tão boa... Vinte crónicas depois aqui estamos, juntos, neste projeto que dá a conhecer o que nos vai na alma, as nossas opiniões sobre o mundo que nos rodeia, sobre a nossa visão do estado das coisas. Tem sido um prazer enorme seguir, lado a lado, com este punhado de gente madura que me tem ensinado tanto. Este foi um dos meus projetos para 2021 e agora faço dele um balanço extremamente positivo.

Um ano passou, e em período de fim de ano, tendemos a olhar para trás e a fazer balanços. Este foi mais um ano atípico e que não desejamos que se torne típico, porque não queremos que o vivido este ano se torne comum, recorrente. Estes dois anos de pandemia alteraram a nossa forma de nos relacionarmos com os outros, com amigos, colegas e família. Mudou a forma como trabalhamos, vivemos, interagimos, estudamos. Mudou a forma de estarmos em sociedade e todo o nosso quotidiano. Dois anos em que testamos a nossa saúde mental, em que provamos que, de facto, as crises geram crescimento e desenvolvimento, em que nos adaptamos de forma rápida e audaz a várias mudanças, em que fomos perseverantes e resistentes ao cansaço. Por isso, quando fizermos o balanço do ano de 2021, que sejamos capazes de valorizar e reforçar também a nossa resiliência para lidar com a adversidade. Cada um fará o seu balanço individual, dos seus êxitos e dos seus fracassos, do que correu bem e menos bem, das suas perdas e das suas conquistas e da forma como se reinventou. Fazer balanços é fundamental, organiza o pensamento, permite avaliar as nossas ações e retificar o que será necessário no futuro e é uma boa estratégia para reconhecer os pontos de crescimento, aquelas atitudes ou situações que servem para aumentar a autoestima e a segurança nas próprias capacidades. Parar para fazer este balanço pessoal permite uma reflexão que proporciona clareza mental e permite medir o desempenho pessoal em virtudes importantes como perseverança e disciplina, por exemplo.

Também escolhemos o fim do ano para traçar objetivos para os próximos tempos. Na verdade, se não sabemos para onde vamos nunca saberemos se lá chegamos. Estabelecer metas e projetos ajuda-nos a orientar as nossas ações. Temos várias tradições organizadoras dos nossos projetos de vida para o novo ano: por exemplo, comemos 12 passas pedindo desejos. Estes desejos pode ser, tão simplesmente, os nossos objetivos, o que queremos alcançar e concretizar durante o próximo ano. Muitos de nós tendemos a focar-nos em objetivos para o trabalho e para o crescimento profissional, outros valorizamos os objetivos pessoais e familiares, outros suspiram por aspetos globais e dirigidos a uma sociedade e a um mundo melhor.

Que 2022 represente para nós dias de felicidade, de projetos, de concretização. Que não se pense que a vida muda porque muda o ano, a vida só muda quando nos propomos a tal, quando mudamos e controlamos o que pensamos e também o que fazemos. Os mesmos comportamentos apenas trarão exatamente as mesmas consequências. Fazer balanços, estabelecer objetivos pode mesmo ajudar a fazer a mudança. Ouse mudar aquilo que precisa ser mudado e assim, continue a fazer a diferença na sua vida e na vida de outros.

FELIZ ANO NOVO PARA UMA VIDA MAIS FELIZ

MARIA ODETE SOUTO | Natal em prisão domiciliária

Odete Souto

Escrevia eu, na minha anterior crónica, a propósito da minha família e da casa da minha Mãe “nunca passei um único Natal fora desta cozinha e da minha família de raiz. Não sabia como fazê-lo e não me faria sentido. E não vai ainda ser este ano que isso vai acontecer. Está lá a semente e o sentido de Natal: Família. Só partiu a minha Mãe, mas, mais uma vez, ficou a sua obra e a sua memória. Para ela, como para nós, Família é um valor maior. É aquela que nos tocou, mais a que fomos construindo. É afeto. É amor. Mais uma vez, seremos muitos naquela cozinha que tanto nos diz e que nos une. O maldito vírus que teima em isolar-nos não levará a melhor. Todos testados, não vá o diabo tecê-las, lá estaremos a celebrar o Natal.”

Pois é, caros e caras leitor@s, enganei-me. A vida é uma grande incógnita e pregou-me mais uma grande partida. O maldito vírus levou mesmo a melhor e isolou-me. E esta, hein? Logo este ano…

Mas, há muito, muito tempo, a vida já me tinha dado grandes lições. Já me tinha ensinado que aquilo que não nos mata torna-nos mais fortes, se é que gostamos de nós e de viver. E eu gosto!Amo demais a vida para entregar as pontas de qualquer forma. Vai daí, soube como fazê-lo.

Passo a explicar. No dia 20, como todas as segundas-feiras, ao fim do dia, lá fui eu à farmácia emprestar os buracos do nariz para serem escarafunchados por mão especalizada e analisado, devidamente, o respetivo “ranho”, para, esperava eu, receber uma declaração de que tinha testado negativo, para poder visitar a minha sogra, na Unidade de Cuidados Continuados. Terminada a operação, feita com mestria, e depois da espera do resultado do reagente é vaticinado o resultado: positivo.

Ora eu, habituada que estou ao “positivo” na escola, coisa banal e sem grande esforço, não gostei nada daquela notícia. Podia ter ficado a lamentar-me? Podia. E se havia ano em que esta “pancada mais” era dispensável era este. Mas, logo me veio à memória o velho ditado, “quem o cu a um cão tem que beijar não tem que lhe esperar”. Portanto, vamos a isso.  Ainda me perguntaram se precisava de alguma coisa e se prontificaram a colaborar com o que fosse necessário. Gente boa!

Não sei se de “ó morcom”, ómicrom, delta, ou o que quer que fosse,foi-me dada “ordem de prisão domiciliária”, como medida cautelar.

Chegada a casa fiz os contactos devidos. Primeiro, com aquele que se “acostava comigo todos as noites” e que passou a ser o meu vizinho mais próximo: quartos, wc, tudo separado. É que na mesma operação, realizada horas antes, ele tinha testado negativo e havia uma hipótese, ainda que remota, de que não estivesse infetado. Depois, informação a quem poderia ter sido contacto de risco e à Saúde 24.

A linha da Saúde 24 estava congestionada, mas lá atenderam ao fim de cerca de meia hora. E sim, minha gente, esta coisa funciona. Na manhã do dia seguinte fui contactada por uma enfermeira da Unidade de Saúde Familiar a que pertenço, por uma médica da minha área de residência oficial e pela minha medica de família. E todos os dias seguintes, sem exceção, fui contactada pela minha enfermeira de família.Gente boa e eficaz. Felizmente, não tive grandes sintomas e não precisei de nada de especial.

Tinha eu escrito que não iria passar o Natal longe da minha família e nem saberia como fazê-lo. Pois é. A vida apronta-nos e só temos duas hipóteses; ou deixamos cair os braços e ficamos a lamentarmo-nos; ou então, olhámo-la bem de frente e dizemos: É comigo? Vamos lá!

E assim foi. Confinada entre quatro paredes, com o meu cara-metade como vizinho mais próximo, no quarto em frente e comendo à vez, durante os primeiros dias, não fosse o vírus tecê-las.

Mas já tinha tecido. A separação foi tardia e o vírus tinha feitas das suas. Um novo teste e, afinal, o “bicho mau” também o tinha atacado. E com força. Alteramos a relação de vizinhança e voltamos a ser o que somos, com livre circulação dentro de casa.

Assim se passaram 10 dias de prisão domiciliária. E dizem que foi Natal, que se festejou o Solstício de Inverno… Eu dei um Viva à Vida, à Amizade, à Família e à Liberdade, pós 10 dias de prisão.

Das coisas boas, que é aquilo que devemos aproveitar da vida. Grata ao SNS, que funcionou, nas pessoas que me atenderam de forma carinhosa, pronta e profissional. Grata à minha Família, que ficaram sem a minha presença física e sem o cabrito e o anho assado por mim, mas que sempre se fazem presentes. Grata aos meus Amigos e às minhas Amigas, à família de afetos que fui construindo ao longo da vida e que são de uma importância extrema. E como diria a minha Mãe, o que é importante é ter força para encarar as agruras da vida. Confesso que ainda consegui dar algumas gargalhadas com aquelas Amigas que me foram ajudando a passar o tempo.

Grata, profundamente grata, a todos e todas que foram sabendo da condição de isolamento e se prontificaram a ajudar em tudo o que fosse preciso. E ajudaram. Alguns e algumas nem têm noção do quanto ajudaram. AMIGOS/AS.

Ah, como eu gosto deste conceito tribal e desta forma de estar na vida! Fica tudo muito menos penoso e muito mais fácil.

Ah! Não vou agradecer ao vírus a mansidão com que me afetou, mas ainda um dia registo a patente do tratamento. É ditado antigo. “avinha-te, abifa-te e abafa-te”. Com coisa de qualidade, acrescento eu.

Cuidem-se e tratem-se bem. Com as coisas boas da vida.E aproveitem-na!

Que 2022 arrume com o ó morcon, perdão, ómicrom, e com todos os outros vírus que por aí andam e que nos matam ou vão matando todos os dias. E roubam-nos vida e liberdade.

Um brinde à vida!

 

Maria Odete Souto

ÚLTIMA HORA | Choque em cadeia na A4 fez pelo menos 16 feridos, 3 dos quais graves

Informamos que ocorreu um choque em cadeia, na A4, por volta das 19h, tendo envolvido mais de 30 pessoas e ferido 16, três das quais em estado grave.

O trânsito foi cortado antes da saída para Penafiel, no sentido Amarante-Porto.

Foto ilustrativa: Exercício da Proteção Civil

Aprovado o maior orçamento de sempre pelo segundo ano consecutivo

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O orçamento do Município de Baião para o ano de 2022, representa um acréscimo de cerca de 8% relativamente a 2021, atingindo agora o valor de 22 milhões e 658 mil euros – o maior orçamento de sempre.

Este documento foi aprovado no passado dia 17 de dezembro em sessão da Assembleia Municipal com 27 votos a favor (eleitos pelo Partido Socialista e todos os presidentes de Junta) e 6 votos contra (deputados municipais eleitos pela coligação Com Determinação por Baião – PSD/CDS-PP).

O instrumento financeiro já tinha sido aprovado em sede de reunião de Câmara, com 5 votos favoráveis (eleitos pelo Partido Socialista) e 2 votos contra (eleitos pela coligação Com Determinação por Baião – PSD/CDS-PP).

DOIS FATORES RELEVANTES PARA UM ORÇAMENTO ELEVADO

O valor do orçamento tem em conta vários aspetos. Merecem destaque o elevado valor de fundos comunitários captados, fruto de um trabalho intenso e dedicado realizado pelos serviços da Câmara Municipal de Baião, e que irá traduzir-se num investimento elevado.

Contribuem para o montante do orçamento, também, os valores associados à transferência de competências do Estado central para as Autarquias.

RESPEITO PELO PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL

As receitas correntes que o orçamento prevê são de 15 milhões e 512 mil euros e as receitas de capital representam 7 milhões e 146 mil euros.

Prevê-se que as despesas correntes ascendam a 14 milhões e 169 mil euros e as despesas de capital totalizem 8 milhões e 489 mil euros.

Fica assim, mais uma vez, garantido o respeito pelo Princípio do Equilíbrio Orçamental, que significa que as receitas correntes devem ser superiores às despesas correntes, o que neste caso representa um valor positivo de 1 milhão e 342 mil euros.

Para despesas com o pessoal (salários e outras prestações) estão previstos 6 milhões e 600 mil euros, o que representa 29,4% do total das despesas da autarquia.

Este montante inclui o valor dos salários do pessoal não docente dos Agrupamentos de Escolas de Eiriz-Ancede, de Sudeste de Baião e de Vale de Ovil. Tal como as despesas com o pessoal afeto à saúde, também resultante de transferência de competências. Na globalidade, estes grupos da educação e da saúde, representam encargos superiores a 1 milhão e 930 mil euros.

POSIÇÃO DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BAIÃO, PAULO PEREIRA, SOBRE O ORÇAMENTO PARA 2022

“Neste novo mandato autárquico pretendemos continuar a apostar na qualificação das pessoas e do território, na vertente económica e no apoio social, aumentando a qualidade de vida dos baionenses.

Vamos concluir diversas obras importantes, que transitam do mandato anterior, e avançar com muitas novas ações e projetos de desenvolvimento...

 

Muitos destes investimentos têm o apoio de fundos comunitários em virtude de um trabalho muito intenso e dedicado de captação de recursos, feito por equipas da Câmara Municipal. Este fator explica, juntamente com a transferência de competências do Estado Central, que orçamento de 2022 tenha um valor tão significativo.

Este é um orçamento rigoroso e de “contas certas” como tem sido nossa prática. Mas é também ambicioso e prossegue o caminho de cooperação com as entidades do nosso concelho: todas as Juntas de Freguesia, instituições sociais, culturais, desportivas, recreativas, humanitárias, educativas e empresariais”.

 

Coligação Com Determinação por Baião PSD-CDS votou contra orçamento municipal

A Coligação PSD/CDS-PP Com Determinação por Baião votou contra o Orçamento Municipal para 2022 que o executivo camarário levou à votação na última reunião de câmara e na última Assembleia Municipal, tendo sido enviada à imprensa a seguinte nota:

“PLANO E ORÇAMENTO PARA 2022 DO ATUAL EXECUTIVO MUNICIPAL DE BAIÃO É UM ORÇAMENTO DE CONTINUIDADE E TEVE OS VOTOS CONTRAS DA OPOSIÇÃO”

 Assembleia Municipal de Baião aprova o maior orçamento de sempre sem votos  contra - Câmara Municipal de Baião

Para Paulo Portela e Célia Azevedo, vereadores eleitos pela coligação, “não é possível votar a favor de um projeto municipal para o qual não fomos considerados e, por isso mesmo, não nos revemos neste orçamento”.  Para Ana Raquel Azevedo, líder da bancada da oposição na Assembleia Municipal “este executivo municipal continua a fazer de conta que não conhece o estatuto de direito da oposição, demonstrando uma total falta de respeito pela mesma e incorrendo numa tremenda falta de sentido democrático.”

“É uma continuidade ao que já vinha a ser feito e, na nossa opinião, mal, e por isso fomos alternativa nas últimas eleições autárquicas. Acresce, ainda, que o orçamento que é um documento muito técnico e de grande responsabilidade chegou às nossas mãos para análise cuidadosa com muito pouco tempo de antecedência para podermos votar em consciência do conhecimento detalhado do mesmo”, referiu Paulo Portela.

Também na Assembleia Municipal, a bancada da coligação “Com Determinação por Baião” votou contra este orçamento, “Como em muitos outros municípios é apanágio e dignificador da democracia, que o executivo municipal e os serviços responsáveis pela realização do orçamento, apresentam antecipadamente o esqueleto do seu orçamento à oposição para que a mesmo posso tentar incluir as suas propostas, verificando o seu cabimento orçamental e ter uma opinião mais bem formada e acima de tudo atempada” referiu Ana Azevedo.

Na mesma reunião camarária o executivo municipal do Partido Socialista de Baião chumbou a proposta da Coligação Com Determinação por Baião PSD-CDS para a disponibilização áudio e vídeo das reuniões camarárias. Esta tinha sido uma das primeiras solicitações dos nossos vereadores na procura de criar todas as condições para que os munícipes sejam informados com transparência. Ao contrário da Assembleia Municipal, onde a transmissão em direto das sessões foi aprovada por unanimidade através de um novo regimento e com previsão de inicio para fevereiro. Esta atitude do Presidente da Assembleia foi parabenizada pela bancada do PSD/CDS, em contraste com a atitude do Presidente da Câmara Municipal de Baião.

Jardim de São Bartolomeu foi inaugurado envolto em polémica

Veja os vídeos em baixo e oiça os argumentos de cada uma das partes.

 

Jardim de São Bartolomeu foi inaugurado envolto em polémica sobre o abate de mais de uma dezena de árvores.

 

Francisca Guedes, entre outros baionenses, têm vindo a manifestar o desagrado e descontentamento relativo ao abate das árvores existentes no carismático Jardim de São Bartolomeu e à opção que foi tomada pela Câmara Municipal relativamente a este espaço que muito dizia a todos os baionenses e que já foi um dos postais de Baião. 

Baião_Abate de árvores no Jardim de São Bartolomeu

Francisca Guedes refere que em momento algum a Câmara Municipal de Baião demonstrou e comprovou que as árvores que foram abatidas estariam em risco ou a causar problemas de segurança para as pessoas, sendo reforçado por um outro manifestante que questionou onde terá andado o presidente da Câmara Municipal, durante 16 anos, para só agora ter detetado a situação de risco e de segurança das árvores? Quando ainda recentemente e sucessivamente ali eram realizados grandes eventos com muitas pessoas e inclusive programas televisivos. Ora, se as árvores estivessem analisadas e em risco de colocar a vida das pessoas em risco, a Câmara Municipal teria vedado o Jardim de São Bartolomeu há mais tempo e não realizaria ali os diversos eventos que para este jardim a própria Câmara agendava e ali realizava.

O presidente da Câmara Municipal, Paulo Pereira, fez referência à polémica de terem decidido inaugurar este espaço num dia da semana, em horário laboral, não para fugir às responsabilidades, mas devido à atual situação de pandemia que o Município e o País atravessa. 

Relativamente ao abate das árvores e à conceção do jardim, referiu que o Executivo tem de optar e tomar decisões, argumentando que o abate e a opção tomada se deveu a questões de segurança. 

 

NOTA DE IMPRENSA SOBRE AS INTERVENÇÕES EFETUADAS

O jardim foi requalificado através da colocação de novos pavimentos e do restauro e limpeza de muros e gradeamentos.

Foi instalada uma zona de lazer composta por equipamentos lúdicos para as crianças e as famílias, inseridos em pavimentos de segurança e em zonas com relva.

Foi também construída uma pérgula, que será uma zona de sombra coberta por trepadeiras floridas como Glicínias e Buganvílias.

O caramanchão foi conservado e será ornamentado com flores coloridas e aromáticas, adaptando-se a cada estação do ano.

Foram plantadas duas dezenas de árvores novas para substituir as que foram removidas daquele espaço, uma vez que estas se encontravam em mau estado de conservação e representavam um risco para a segurança.

 

 

DUAS DE LETRA | Lourdes dos Anjos

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SAIA  MEIA DOSE DE DUAS DE LETRA...PRÁ MESA DO CANTO!
VAMOS LÁ DESABAFAR...

A PJ anda á procura de mais um tesouro perdido.
Busca em todas as frentes e encontra buracos e crateras aqui , ali e
acolá.Tem certezas, tem nomes,e até tem mandatos de prisão.Enfim tem
tudo para poder deixar as coisas limpinhas, limpinhas, limpinhas.
A TV está lá. As news são fresquinhas.Os telejornais abrem com mais
esta fechadura vergonhosa de gente que dorme tranquilamente no reino
do faz de conta .
O barulho é terrível, há chocalhos em todos os presépios, e é festa
...uma festa bestial até o menino Jesus acordou a chorar cheio de medo
das sirenes da polícia
Entretanto um S.José telefonou para uns advogados sediados (sediados
quer dizer "com sede", com falta de ingestão de líquidos...) na
assembleia da républica e com muitos escritórios espalhados pela
capital do império e a pedido de uma Maria Santíssima que quer que o
Menino durma descansado,, mete umas cunhas, pede uns favorzinhos,
ainda ameaça uns palermas que se julgam acima da lei e... tudo sossega
e faz-se silêncio.E o Menino já dorme nas palhinhas deitado...
Os homens das leis aparecem com muitas pastas, com muitos telefones,
com muitos ajudantes e marcam muitas reuniões com amigos da política,
da seita religiosa dos reis Magos e também da alta sociedade solidária
de milhões afanados aos pastorinhos e pronto...Haja fraternidade
sobretudo porque estamos em dezembro ...e á moda do Porto, apetece-me
ensinar aos titios de Cascais esta prece marabilhosa que se faz aqui
na minha aldeia em tempos de aflição:"estrelinha que vos guie,
car(v)alhinho que vos oda" (ai que as letras não estão a sair do
teclado....)
1-VÃO EM PAZ E QUE O SENHOR VOS ACOMPANHE.
2-O SANGUE DE CRISTO, o tal a que chamam plasma AMANHÃ JÁ É NOVAMENTE
VINHO DO PORTO e...é prá manhã bem podia ser pra hoje , porque amanhã
não sei quem é que vai cá estar...
3-A EDP , AS SEGURADORAS CHINOCAS, AMARICANAS
E ANGUELANAS MAIS OS CLUBIOS DE FETABOL E OS NOSSOS RARÍSSIMOS
POLÍTICOS TODOS TEM A PRENDA NO SAPATINHO ... E PODEM GAMAR MUITOS ,
MUITOS MILHÕES AO ESTADO...A NÓS! AMIGOS, não se esqueçam que numa
casa portuguesa fica bem pão e vinho sobre a mesa e se à porta ,
humildemente bate ALGUÉM...senta-se á mesa ca gente
4-É NATAL MEUS IRMÃOS...DEUS VOS ABENÇOE.
5-Nunca se esqueçam de ajudar os POBREZINHOS porque é com a sopinha
que lhe damos que os RICOS SE FAZEM MUITO RICOS E COMEM MUITAS GAMBAS
E PASSEIAM -SE EM PRAIAS DO CU DE JUDAS AVEC OS SEUS SANTOS
AMIGALHAÇOS
6-A PAZ DO SENHOR ESTEJA CONVOSCO...
Digam AMÉM e partilhem no vosso mural e amanhã estaremos todos muito
mais FODIZES.

Natércia Teixeira | "...Era véspera da noite de consoada e regressava a casa...."

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Fazia um frio terrível.

Era véspera da noite de consoada e regressava a casa.

Aquele seria um Natal diferente.

A música que tocava, uma melodia intemporal, transportava-me para outros natais…vagueava por entre desejos realizados e sonhos inacabados, por vínculos incorruptiveis e laços que se diluíram, pela consistência do que é integro e pela volatilidadedo fútil.

Nesta quadra só não sucumbem os corações intactos, os outros sobrevivem-lhe com distrações.

Eu vinha de me distrair.

Olhei os poucos sacos enfeitados com laços espampanantes, pousados no banco traseiro do carro e lembrei-me do primeiro Natal de que tenho memória…também esse um Natal de frio terrível.

Esqueci-me com o que me presentearam, mas recordo a minha preocupação com o gato que foi impedido de estar comigo na sala de jantar.

O aroma intenso a queijo que o calor do carro potenciava, faria as delícias do dito gato.

Magiquei o que fazer com um queijo da serra daquele tamanho…precisava de me habituar a contar os lugares vazios.

Abrandei a velocidade…estava perto de casa e com a temperatura que fazia era provável o gelo na estrada, dessa forma também conseguia apreciar melhor a iluminação de Natal…humilde, em comparação com a exuberância da que vira na grande cidade, mas ainda assim com a arte de cobrir de magia a vila que tremeluzia de salpicos dispersos de luz.

Magia que nutria a inocência das crianças e com o engenho de apaziguar, pelo tempo do vislumbre, as agruras dos mais velhos.

Ao virar da esquina os faróis do carro incidiram num vulto enrolado no passeio. Parei o carro e fiquei a observar…já avistara aquele cão a vaguear pelas redondezas e tentara uma aproximação, sem nenhum sucesso.

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Parecia querer passar despercebido…mantinha-se distante das pessoas e tentava ocultar-se atrás de sebes e árvores a observar de longe os movimentos humanos…era desconfiado e esquivo e não aceitava aproximações mesmo com ofertas de alimento.

Pressentiu a minha contemplação e levantou a cabeça na direção do carro…consegui admirar de longe uma cabeça magnificamente desenhada e um par de olhos bicolores  que também me observavam.

Lentamente desenrolou-se e ficou em pé, supus que para se colocar em fuga, mas em vez disso deu meia volta e colocou-se atrás de um dos pilares de suporte do coberto onde procurara abrigo.

Admirava-me a estratégia com que agia.

Para além do queijo, que não era uma hipótese, não tinha nada comigo para seduzir o animal pelo estomago ou para tentar persuadi-lo a deixar-me aproximar.

Faltava-me também uma resposta sobre o que me impelia a tentar aquela aproximação.

Dei por mim fora do carro a tiritar e a atravessar a rua na direção do cão.

O que se seguiu talvez se deva a uma qualquer magia que grassa pelo universo nesta época do ano e que assombra também os céticos e desencantados.

Parei a cerca de dois metros do bicho que surpreendentemente continuava imóvel.

Baixei-me ao nível dele e num sussurro perguntei-lhe:

“Queres vir?”

Olhou-me pela primeira vez fugazmente nos olhos, parecendo entender perfeitamente a minha intenção.

Voltei a repetir:

“Queres vir?”

Um quase impercetível movimento na minha direção deu-me indicação que pretendia algum tipo de interação…muito lentamente estendi a mão na sua direção e senti-lhe a respiração morna.

Calmamente aproximou o nariz e cheirou-me a mão com aparente interesse, pelo tempo de ficar satisfeito com a inspeção…voltou a cruzar de fugida o olhar com o meu e sentou-se à minha frente.

Fiquei em pé de frente para ele e fui recuando até ao carro enquanto o incentivava:

“Se queres vir anda daí…anda…”

Até chegar à porta do carro não manifestou nenhum sinal ou intenção de me acompanhar…observa-me e seguia os meus gestos…apenas as orelhas mexiam quase imperceptivalmente a cada palavra minha.

Entrei para o carro e pu-lo a trabalhar.

Abri a janela e estendi a mão na sua direção para me despedir…surpreendentemente vi-o mover-se e caminhar em passos lentos, mas confiantes, na minha direção.

Surpreendida, mantive-me imóvel a observa-lo aproximar-se e à névoa formada pela sua própria respiração, que em redemoinhos lhe emoldurava a cabeça como uma aura…chegou tão próximo da minha mão que era capaz de sentir o calor que dele emanava.

Apenas lhe disse:

“Anda…”

Coloquei o carro em marcha e fui avançando muito lentamente com a mão de fora da janela…ele seguia-a.

Com ele a caminhar ao lado do carro e eu de braço estendido e enregelado, percorremos a curta distância até minha casa.

Recordo que entrou calmamente em casa e que aceitou o que lhe dei para comer sem grande sofreguidão.

Depois, escolheu a passadeira do corredor para se instalar e por lá ficou a noite e grande parte da manhã do dia seguinte…fui espreita-lo inúmeras vezes e só o movimento subtil das orelhas me dava conta que sentia a minha presença.

Demorei para cima de uma semana até conseguir colocar-lhe um peitoral…o pescoço ferido, marcado por uma coleira e a desconfiança, inviabilizavam este simples gesto.

Passou mais de um ano até que me permitisse dar-lhe um abraço… com o tempo e a confiança começou a tomar a liberdade de subir para a minha cama e fazia por lá umas sestas, até ser hora de me deitar…à minha chegada, descia da cama e preferia dormir no tapete ao meu lado.

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A primeira vez que fui presenteada com um “lambeijo” foi nos últimos anos que partilhamos, andaria pelos oito de idade.

O Baree mudou aquele Natal e os sete que se seguiram.

É o cão que mora nas memorias que o meu coração guarda.

Baree, o cão que um dia terá sido o presente de alguém, foi a minha dádiva…aquele que veio para me ensinar o valor do empenho da conquista pela Confiança.

Desejo a todos um Natal de muitas dádivas.

Natércia Teixeira

NACIONAL | Sete detidos por tráfico de estupefacientes

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Porto, Vila do Conde, Maia e Santa Maria da Feira – Sete detidos por tráfico de estupefacientes
O Comando Territorial do Porto, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Porto, ontem dia 15 de dezembro, deteve sete homens, com idades compreendidas entre os 29 e os 45 anos, por tráfico de estupefacientes, nos concelhos do Porto, Vila do Conde, Maia e Santa Maria da Feira.
No âmbito de uma investigação por tráfico de estupefacientes, que teve a duração de cerca de um ano e meio, os militares da Guarda realizaram diversas diligências policiais que culminaram na detenção de seis suspeitos em flagrante, e de outro no cumprimento de um mandado de detenção fora de flagrante. No seguimento da ação policial foram realizadas nove buscas domiciliárias, tendo sido possível apreender o seguinte material:
• 1 205 doses de haxixe;
• 235 doses de cocaína;
• 41 doses de MDMA;
• 6 doses de heroína;
• Sete telemóveis;
• Quatro viaturas;
• Quatro armas brancas.
• Três balanças de precisão;
• 6 235 euros em dinheiro;
Os detidos serão presentes no dia de hoje, 16 de dezembro, a primeiro interrogatório judicial, no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Póvoa de Varzim.
A ação contou com o reforço do Destacamento de Intervenção (DI) do Porto e com o apoio da Unidade Especial de Polícia (UEP) da Polícia de Segurança Pública.
 
 
Fonte: GNR
 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS | Penafiel – Pulseira eletrónica por violência doméstica

 

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O Comando Territorial do Porto, através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) de Penafiel, no dia 14 de dezembro, deteve em flagrante um homem de 40 anos por violência doméstica, no concelho de Penafiel.
No âmbito de uma situação de violência doméstica, os militares da Guarda apuraram que o suspeito viveu durante um ano e meio com a vítima, sua companheira de 30 anos. Nesse período, a mulher foi alvo de violência física grave e ameaças de morte. Num dos últimos episódios de violência, a vítima teve de ser conduzida a uma unidade hospitalar para observação médica, por apresentar vários hematomas e costelas partidas. Após a alta do hospital, a mulher refugiou-se em casa de familiares, facto que levou o agressor a ameaça-la novamente, obrigando-a a regressar a casa, onde a manteve sob efeitos de medicação, para que não fugisse da residência.
O suspeito, com antecedentes criminais por ilícitos da mesma natureza, foi detido e presente, ontem, dia 15 de dezembro, a primeiro interrogatório no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Penafiel, onde ficou sujeito às medidas de coação de proibição de se aproximar, permanecer ou frequentar a habitação da vítima, proibição de contactar, por qualquer forma ou meio ou por interposta pessoa, com a vítima, os pais desta e as testemunhas identificadas, controlado por pulseira eletrónica, fixando-se um raio de inclusão no mínimo de 500 metros.
Fonte: GNR

NOTA DE IMPRENSA | Jardim de São Bartolomeu é inaugurado amanhã, dia 17 de dezembro

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Os trabalhos requalificação do Jardim de São Bartolomeu, situado na vila de Baião, estão em fase de conclusão.

Quem por estes dias passar na envolvente aquele jardim já poderá visualizar alguns aspetos da nova face deste espaço central da sede de concelho.

A inauguração irá ocorrer no próximo dia 17 de dezembro pelas 16h30.

 

INTERVENÇÕES EFETUADAS

O jardim foi requalificado através da colocação de novos pavimentos e do restauro e limpeza de muros e gradeamentos.

Foi instalada uma zona de lazer composta por equipamentos lúdicos para as crianças e as famílias, inseridos em pavimentos de segurança e em zonas com relva.

Foi também construída uma pérgula, que será uma zona de sombra coberta por trepadeiras floridas como Glicínias e Buganvílias.

O caramanchão foi conservado e será ornamentado com flores coloridas e aromáticas, adaptando-se a cada estação do ano.

Foram plantadas duas dezenas de árvores novas para substituir as que foram removidas daquele espaço, uma vez que estas se encontravam em mau estado de conservação e representavam um risco para a segurança.

 

 

MARIA ODETE SOUTO | Natal é Família

Odete Souto

De todas as festas anuais, o Natal sempre foi, a que mais apreciei. Não tanto pelo “espírito natalício” que hoje se vive, cheio de luzinhas e de música, de compras e de prendas, mas porque era vivido em Família.

Sempre fomos muitos em casa da minha Mãe, o dinheiro escasseava e tinha que ser muito bem contado e gerido, para que chegasse para o essencial. Mas, no Natal sempre se cumpriu a tradição. E esta coisa da tradição tem muito que se lhe diga.

À pequena aldeia de Guimarei chegou o transporte público, a camioneta, já eu tinha 10 anos. Até então, vinha-se a pé apanhar o autocarro, à freguesia vizinha de S. Tiago da Carreira. Não se faziam grandes iluminações, embora houvesse luz elétrica, porque ao que consta até o Menino Jesus, em Belém, dispensou tais luminárias. Fazia-se o presépio na igreja e na escola primária.

Na casa da minha Mãe, cumpria-se a tradição: juntava-se a família, mais um ou outro que estava mais sozinho, cozia-se as batatas com o bacalhau e as couves, faziam-se as sopas secas e a aletria e estava a Ceia de Natal pronta.

As festividades começavam na véspera de Natal, com a ida ao campo colher as couves, muitas couves porque era muita gente e tinha que sobrar para a roupa velha. Depois, era o preparar o pão para as sopas secas. Feitas estas e a aletria, saltavam as enormes panelas para o lume para terminar a ceia.

E estarão os leitores a pensar: e as rabanadas, e o bolo e rei e…?Pois é, as tradições vão-se fazendo. O dinheiro não chegava para tudo e, por isso, é normal, nas terras, procurarem-se sabores e saberes culinários em função da carteira. E estes dois doces natalícios a que aludi eram muito baratos e diga-se, são, ainda hoje, muito apreciados pelos Soutos.  As sopas secas levam apenas pão (velho), açúcar amarelo, água e sal e vão ao forno (de lenha, naquela altura); a aletria era, e é, feita com água, casca de limão e açúcar.

 E comia-se. Que bem que sabiam! E era uma algazarra, em torno daquela mesa enorme, naquela que sempre foi e é a sala de visitas da casa da minha Mãe – a cozinha, com muita gente que ria e falava alto. Comido o bacalhau, passava-se às sobremesas. Saíam o alguidar das sopas secas e as travessas da aletria para a mesa, e continuava-se a comezaina.

A máquina de lavar loiça funcionava a várias mãos e, por isso, com grandes bacias de água e sabão, lá se procedia à lavagem da loiça, enquanto outras mãos tratavam de “esmagar” as sobras, num grande tacho, fazendo a “roupa velha”, que era o almoço do dia de Natal.

Havia um enorme canhoto de lenha que ardia na lareira e que se aguentava toda a noite, para aquecer o ambiente que nunca chegava a esfriar, não tanto pelo calor que daí emanava, mas pelo calor humano. Arrumava-se a mesa, deixando apenas as sobremesas e o vinho, pois a noite era longa. E conversava-se, ria-se e jogava-se cartas.

A casa da minha mãe era uma casa aberta e era frequente irem chegando mais pessoas, vizinhos e amigos que sabiam que ali havia gente a rir, a conversar e a jogar, e que iam aprendo, ao longo da noite.

O tempo foi passando, as condições de vida melhorando e acrescentou-se à “tradição” outras iguarias: pão de ló, queijo, bolo-rei, rabanadas, bilharacos, perú, cabrito, bebidas espirituosas e outras. Tudo com fartura. E passou-se a fazer a árvore de Natal. Mas manteve-se a essência: estarmos juntos, de porta aberta para os que queiram vir. Na mesma cozinha onde se colocou a segunda mesa e onde cabem, 20, 30 e mais pessoas. Todos os que vierem por bem. Há sempre uma chaminé onde se colocam os copos se não houver lugar na mesa e um prato para pegar na mão ou usar o balcão como mesa. Haja alegria e boa-vontade.

Nunca passei um único Natal fora desta cozinha e da minha família de raiz. Não sabia como fazê-lo e não me faria sentido. E não vai ainda ser este ano que isso vai acontecer.

Está lá a semente e o sentido de Natal: Família. Só partiu a minha Mãe, mas, mais uma vez, ficou a sua obra e a sua memória. Para ela, como para nós, Família é um valor maior. É aquela que nos tocou, mais a que fomos construindo. É afeto. É amor. Mais uma vez, seremos muitos naquela cozinha que tanto nos diz e que nos une. O maldito vírus que teima em isolar-nos não levará a melhor. Todos testados, não vá o diabo tecê-las, lá estaremos a celebrar o Natal. Sem troca de prendas que não sejamos nós, a nossa presença e aquilo que nos une.

Todo o resto, meus amigos e minhas amigas, é comércio, e as coisas mais importantes da vida não são compráveis nem vendáveis. Não têm preço.

Um Feliz Natal para todos e todas, qualquer que seja o sentido que lhe atribuem.

Odete Souto

 

NOTA DE IMPRENSA | Ana Raquel Azevedo, foi reeleita Presidente da Comissão Política pelo PSD em Baião.

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Ana Raquel Azevedo, 29 anos, nutricionista, a frequentar o mestrado de gestão de serviços na FEP, fundadora da empresa Mycloma,antiga presidente da JSD e líder de bancada do PSD na Assembleia Municipal, foi reeleita no dia 4 de dezembro, Presidente da Comissão Política, com 92,5% dos votos, reforçando a sua anterior votação e legitimando a sua liderança à frente do partido democrata por mais 2 anos em Baião. Nessa mesma eleição, foi também eleito Patrícia Pinto Silva como presidente da Mesa do Plenário.

As eleições contaram com uma adesão massiva, mesmo tendo decorrido após as eleições internas do PSD, o que demonstra os frutos de um trabalho exímio, de união e vitalidade no partido, fortalecido durante o último mandato de Ana Raquel.

A jovem democrata agradece a comparência e entrega de todos os militantes afirmando que “tal como diz o meu slogan, o PSD é o único partido reformista com FORÇA PARA MUDAR BAIÃO. A minha candidatura está assente em 4 eixos:Reforçar a Social Democracia em Baião, Reorganizar o PSD Baião, Força para mudar as freguesias e o concelho e Mãos à obra (Atividades). Só todos juntos, em prol de um PSD Baião mais forte, conseguiremos realizar estes nossos compromissos.”

A equipa reeleita pretende ainda, fortalecer o partido, atraindo jovens para a política, novos quadros, reforçar o número de militantes e atrair os Baionenses para a discussão pública e continuar esta caminhada com muita FORÇA PARA MUDAR BAIÃO.

 

Florbela Espanca (8 de dezembro de 1894 — 8 de dezembro de 1930).

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Dia de recordar Florbela Espanca (8 de dezembro de 1894 — 8 de dezembro de 1930).

Eu trago-te nas mãos o esquecimento
Das horas más que tens vivido, Amor!
E para as tuas chagas o unguento
Com que sarei a minha própria dor.
Os meus gestos são ondas de Sorrento...
Trago no nome as letras de uma flor...
Foi dos meus olhos garços que um pintor
Tirou a luz para pintar o vento...
Dou-te o que tenho: o astro que dormita,
O manto dos crepúsculos da tarde,
O sol que é d'oiro, a onda que palpita.
Dou-te comigo o mundo que Deus fez!
- Eu sou Aquela de quem tens saudade,
A Princesa do conto: “Era uma vez...”
Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"

Curiosidades | Carro voador... que atinge os 100km/h já está esgotado para 2022

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Carro voador que atinge os 100km/h já está esgotado para 2022

Se alguma vez sonhou em deslocar-se para o trabalho num ‘carro’ voador então diríamos que a atualmente a melhor opção será o Jetson One, um modelo que já está disponível para comprar. O problema? Terá de ter pouco mais de 81 mil euros disponíveis.

O Jetson One está equipado com oito motores elétricos que proporcionam uma potência de 102 cavalos, sendo capaz de atingir uma velocidade máxima de 100km/h. Infelizmente, nota o Business Insider que o Jetson One só tem uma autonomia de 20 minutos. O Jetson One é capaz de descolar e aterrar na vertical, pelo que não precisará de uma grande área para levantar voo.

A Jetson ainda tem trabalho a fazer em futuras iterações deste carro voador mas, por enquanto, parece que a empresa já vendeu todas as unidades previstas para 2022. Desta forma, as novas encomendas só poderão ser entregues em 2023.

POR MIGUEL PATINHA DIAS 
TECH INOVAÇÃO

noticiasaominuto.com

 

 

Ary dos Santos faria hoje 84 anos

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José Carlos Pereira Ary dos Santos foi um poeta e declamador português. Ficou na História da música portuguesa por ter escrito poemas de 4 canções vencedoras do Festival Eurovisão da Canção.
Nasceu a 07 Dezembro 1937 (Lisboa)
Morreu em 18 Janeiro 1984 (Lisboa)
 
Poeta português, natural de Lisboa. Saiu de casa aos 16 anos, exercendo várias actividades como meio de subsistência. Revelando-se como poeta com a obra Asas (1953), publicou, em 1963, o livro Liturgia de Sangue, a que se seguiram Azul Existe, Tempo de Lenda das Amendoeiras e Adereços, Endereços (todos de 1965). Em 1969, colaborou na campanha da Comissão Democrática Eleitoral e, mais tarde, filiou-se no Partido Comunista Português, tendo tido uma intervenção politizada, mas muito pessoal. Ficou sobretudo conhecido como autor de poemas para canções do Concurso da Canção da RTP. Os seus temas «Desfolhada» e «Tourada» saíram ambos vencedores. Em 1971, foi atribuído a «Meu Amor, Meu Amor», também da sua autoria, o grande prémio da Canção Discográfica. Declamador, gravou os discos «Ary Por Si Próprio» (1970), «Poesia Política» (1974), «Bandeira Comunista» (1977) e «Ary por Ary» (1979), entre outros. Publicou ainda os volumes Insofrimento In Sofrimento (1969), Fotos-Grafias (1971), Resumo (1973), As Portas que Abril Abriu (1975), O Sangue das Palavras (1979) e 20 Anos de Poesia (1983). Em 1994, foi editada Obra Poética, uma colectânea das suas obras. Personalidade entusiasta e irreverente, muitos dos seus textos têm um forte tom satírico e até panfletário, anticonvencional, contribuindo decisivamente para a abertura de novas possibilidades para a música popular portuguesa. Deixou cerca de 600 textos destinados a canções.

 

 

 

Distritos do norte e centro sob aviso amarelo devido à chuva, neve e agitação marítima

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Os distritos do centro e norte do continente estão sob ‘Aviso Amarelo’ devido à chuva e vento fortes e a queda de neve, acima dos 1.400 metros, segundo previsão do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), avança a agência Lusa.

Nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra e Leiria prevê-se a ocorrência de “períodos de chuva temporariamente forte, passando a aguaceiros, que podem ser de granizo e acompanhados de trovoada”. Os distritos de Aveiro, Porto, Braga e Viana do Castelo serão fustigados também por “vento forte”.

Para os distritos de Vila Real, Viseu e Guarda foi emitido um ‘Aviso Amarelo’ por causa de chuva e vento fortes e de “queda de neve, acima dos 1.400 metros, descendo gradualmente para regiões abaixo dos 1.000 metros”. Nos distritos de Bragança, a previsão do IPMA é de chuva e vento forte, enquanto se espera pluviosidade no de Castelo Branco.

Os distritos de Santarém, Lisboa, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja e Faro não apresentam situação de risco, prevendo-se também chuva, mas não considerada forte.

Durante o dia, as temperaturas no continente oscilarão entre as temperaturas mínimas de menos quatro graus celsius em Bragança, menos dois na Guarda e Viseu e zero em Braga e as máximas de 13 em Faro, 12 em Santarém, 11 em Lisboa e 10 no Porto, Braga, Évora e Beja.

Na Madeira e Porto Santo, existe também um ‘Aviso Amarelo’ devido ao vento forte nas regiões montanhosas. Em Porto Santo, a ondulação será também forte.

*Foto Reuters

Tribunal da Relação condena três inspetores a nove anos de prisão

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Tribunal da Relação condena três inspetores a nove anos de prisão

Tribunal da Relação de Lisboa condenou esta terça-feira os três inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) envolvidos na morte do cidadão ucraniano Ihor Homeniuk a uma pena de nove anos de prisão.

 

Na leitura do acórdão de primeira instância, proferida no dia 10 de maio pelo juiz-presidente Rui Coelho, os arguidos Duarte Laja e Luís Silva tinham sido condenados a nove anos de prisão, enquanto o arguido Bruno Sousa recebeu como sentença sete anos de prisão pelo crime de ofensa à integridade física grave qualificada, agravada pelo resultado (morte).

Contactado pela Lusa, o advogado da família do cidadão ucraniano morto em março de 2020 no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, José Gaspar Schwalbach considerou “positivo o facto de a Relação de Lisboa ter equiparado a responsabilidade a todos os arguidos”, aplicando aos três a mesma duração de pena (nove anos).

LUSA

Campanha "Taxa Zero ao Volante" arranca terça-feira

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(GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) vão lançar, esta terça-feira, a campanha de segurança rodoviária ‘Taxa Zero ao Volante’, com o objetivo de alertar para os riscos da condução sob a influência do álcool.

Numa nota conjunta, as autoridades explicam que a campanha, que vai decorrer até ao dia 13 de dezembro, vai contar com ações de sensibilização da ANSR, operações de fiscalização, pela GNR e pela PSP, “com especial incidência em vias e acessos com elevado fluxo rodoviário”.

 

“Um em cada três condutores mortos em acidentes de viação apresenta uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,5 g/l e três em cada quatro destes condutores apresentam uma taxa igual ou superior a 1,2 g/l”, destaca a mesma nota.

“Vários estudos científicos demonstram que conduzir sob a influência do álcool causa várias perturbações, designadamente, ao nível cognitivo, ao nível do processamento de informação , da capacidade de reagir e da descoordenação motora. Também diminui o campo visual, provocando a chamada visão em túnel. Esta perda de capacidades, bem como as alterações de comportamento que podem levar a estados de euforia e desinibição, aumentam de forma muito significativa o risco de envolvimento em acidentes rodoviários...” 

OS PEQUENOS TAMBÉM SÃO GRANDES | Aníbal Styliano

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Nos finais do mês de Novembro, aconteceu um sacrifício simbólico do futebol, património da Humanidade. Com o tempo imparável, surgiram dirigentes e ideias que transformaram o jogo numa indústria, sem valores, apenas de lucros e também de dívidas. O tempo dos sacrifícios voltou porque se perdeu a memóriaa qualquer preço, tornando-se um vício destrutivo. A noite e o frio alertavam para momento trágico. O futebol foi humilhado por quem não joga e os jogadores, particularmente os jovens da camisola azul, subiram as escadas sabendo o que iria acontecer, com a dignidade de quem dá tudo o que pode, com honra. Nunca uma competição terá prestígio se de um lado estiverem 9 jovens e do outrouma equipa completa e comsuplentes. Os 9 que entraram em campo, por dedicação ao futebol, eram jovens, que tiveram de substituir companheiros infetados por covid. Desses heróis, dois eram guarda-redes (um teve de jogar noutra posição), todos muito novos e oriundos dos sub-23. Mesmo assim, sabendo que iriam defrontar uma das equipas mais poderosas e completas, tiveram a coragem de cumprir ordens e de vencer a humilhação da não comparência. Foi noite de tragédia mas também de ousadia. As instituições que poderiam ter evitado esse injustiça que ficará para a História como momento de vergonha, de incapacidade de justiça, como egoísmo destrutivo, não souberam estar à altura dos acontecimentos. O frio dificultou ainda mais, mas os jovens heróis souberam aceitar a tarefa que lhes exigiram, mesmo sabendo o que iria acontecer. 9 contra 11 desde o inícioé, só por si, traição ao jogo. Mesmo assim, os 9 jovens entraram em campo para prestigiar uma entidade que desconheceu os valores humanos. A forte equipa adversária marcava golos, festejava-os e jogava-se unicamente no meio campo dos azuis. Faltou respeito e solidariedade. E se fosse ao contrário, como se sentiriam esses craques? Lembram-se de goleadas sofridas e com 11 jogadores em campo?

Após o intervalo, os jovens ficaram mais tempo no balneário. Dos 9 vieram 7. E dos 7 houve um que não aguentou mais e o jogo acabou sem honra para os vencedores, para os dirigentes e com resultado volumoso ao qual faltou a ousadia de impor diálogo e respeito. Os que jogam (e venceram?!) também devem pensar nas atitudes a tomar em situações de humilhação a companheiros de profissão. Correu o mundo essa lamentável aventura de quem maltratou o futebol e os jovens jogadores. A incapacidade de diálogo, os argumentos incompreensíveis dos diretores dos clubes, das tutelas e da entidade da saúde, revelaram a sua dimensão moral. Os 9 jovens do B SAD foram heróis, sabiam o que ia acontecer e não vacilaram, defendendo um emblema que não os soube preservar. Golear dessa maneira, quando o jogo nem deveria ter começado, tem implicações num campeonato que se quer valorizado e admirado, nunca espaço de injustiça. Os responsáveis (e são vários) não tiveram a dimensão de impedir um atropelo, numa falta de entendimento do que é o futebol, que deixou dúvidas se não seria preferível abandonarem funções: o futebol com que lidam não é o mesmo dos 9 jovens que entraram a saber o destino, nunca fugindo porque o jogo assim o exige. Não se trata da ancestral história do pequeno David que venceu o enorme Golias, mas de dignidade, de frontalidade, de entendimento de quem o deve viver intensamente e nunca colocar interesses egoístas acima do jogo. Dos três resultados possíveis num jogo, os 9 jovens acrescentaram outro: Dignidade!

Atingimos um ponto em que pode não haver retorno e as eventuais lutas pelo poder, pelos negócios estranhos, pelos milhões em circulação, não se comparam ao que sentiram os 9 jovens, completamente abandonados à sua sorte, mas caminhando na direção do dever.

Que esta grande lição permita corrigir erros e estratégias egoístas, que fomentam fundamentalismos, e pense no sacrifício evitável dos 9 jovens jogadores. No mínimo, quem tem de assumir responsabilidades que o faça e com a máxima urgência.

Por todo o mundo, o nosso futebol ficou ferido na sua integridade e a notícia globalizou-se com prejuízos evidentes para a imagem de Portugal.

Quem não entendeu a gravidade do que aconteceu no Jamor, que se dedique a outra atividade.

 

Aníbal Styliano (Professor e comentador)

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