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BAIÃO CANAL - Jornal

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POLÍTICA | JSD BAIÃO | Sem a Fumaraça que Tapa Deus.

JSD

A vida é, essencialmente, Vontade e Movimento: e naquele pedaço de terra, plantado de milho, vai todo um mundo de impulsos, de forças que se revelam, e que atingem a sua explosão suprema, que é a Forma. Assim grafava Eça. O Grande Eça! Omnipresente (e ciente) Eça!

A Assembleia da República concedeu honras de Panteão Nacional aonosso cógnito escritor, José Maria Eça de Queiroz- memorado pela sua fortuna crítica; pela sua orientaçãocontráriaà Hipocrisia e ao Interesse instalado nas Elites Enfadadasde relações corriqueiras, sem qualquer fundura-recordando a sua dimensão literária.

Pecou pela criação de um grupo de trabalho “com a incumbência de determinar a data a definir e orientar o programa de transladação (dos seus restos mortais), em articulação com as demais entidades públicas envolvidas, bem como um representante da Fundação Eça de Queiroz”! Poucochinho.

Dada a intensão de transladação, como se de um troféu se tratasse, não deveria a família ser ouvida? Pergunto eu. Dada a não representatividade de porção colossal de geração na Fundação.Em contrário a tudo quanto a originou. Não seria, estritamente, imprescindível, a escutarem? Quando muito, por esguardo. Por estima. Por consideração. Contanto, por apreço ou cordialidade. Mostra-se-me, evidentemente, claro. E o povo? Deveria, ou não, ser ouvido? E as Forças Políticas Locais? Deveriam, ou não, ser ouvidas? Haverá pouca exceção para tanta lei? Caber-lhes-á tanta legitimidade legal, capaz de superar valores éticos e morais, de probidade sensualista?

Tenho acompanhado, na medida do exato possível, a luta da família, particularmente por Mui Nobre e Ilustre Amigo António Eça de Queiróz, bisneto, o qual tem feito duras, e certamente sentidas (só não sente quem não é filho de boa gente) críticas, nomeadamente ao atual Presidente da Assembleia Municipal de Baião, como fazendo o papel de “moço de fretes junto à côrte”, sabendo todos que a “política nacional é um coio de favores e a Assembleia da República o seu floor bolsista”. Ou, “estará Lisboa com falta de cálcio”? Vale refletir.

Eça, exalta o Campo Português,com a sua exuberância natural e o seu povo simples, trabalhador e correto. Defende a pobreza dos humildes. Critica o ambiente social e urbano. Queria trazer uma certa, e determinada, civilização ao Interior de Portugal, onde a mentalidade política, seria- por ele então considerada à data- atrasada e absolutista. Julgaria, ao fim de vida, que o Homem só é feliz longe da civilização!

Afinal, acrescentará tal ato (de transladação, escusado será dizer) notabilidade pública maior ao renome que lhe é característico? Respeitada estará a ser a sua forma de estar, mas, e sobretudo,de ser, na Vida? Terá a mentalidade política crescido? Aludindo que, por razões estéticas, detestaria agora saber-se metido naquele par de caixas de sapatos colados uns aos outros com metade de uma melancia a fazer de cúpula, como bem afirma o seu bisneto.

“E sempre contigo fiquemos, serra tão acolhedora, serra de fartura e de paz, serra bendita entre as serras!”

Senhores de Plumas e Pajens,

Quanta esgazeada ansiedade…

 

Óscar João Lúcio

Presidente da Mesa do Plenário da JSD Baião.

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