NOTA DE IMPRENSA | Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa prepara projeto piloto na área da saúde mental para Baião
Área da Infância e Adolescência
Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa prepara
projeto piloto na área da saúde mental para Baião
O concelho de Baião vai integrar um projeto-piloto na área da saúde mental
especialmente vocacionado para a área da infância e da adolescência, no âmbito
de um projecto de parceria entre o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e a
Câmara Municipal de Baião.
Esta medida deverá designar-se Equipa Comunitária de Saúde Mental –
Infância e Adolescência (medida prevista no Plano Nacional de Saúde Mental).
A implementação começou a ser trabalhada durante uma reunião, realizada
a 8 de março, entre o presidente do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, Carlos
Alberto Silva, o presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira e o vice-
presidente da autarquia, que tem o pelouro dos Assuntos Sociais, José Pinho
Silva.
A abordagem proposta pelo Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa passa
pela criação de uma equipa multidisciplinar, formada por colaboradores daquela
instituição: desde psiquiatra com especialidade na área de infância e adolescência;
enfermeiros; psicólogos e terapeutas.
Estes profissionais deverão deslocar-se regulamente ao concelho de Baião
para realizar consultas, sessões terapêuticas, reuniões de acompanhamento e
outras, que promovam o acompanhamento de crianças e de jovens nos mais
diversos contextos.
“Cada vez mais a estratégia passa por trabalho na comunidade.
Pretendemos realizar um trabalho de grande proximidade com as realidades locais
e garantir um acompanhamento regular, que permita obter melhores índices de
saúde mental junto das populações mais jovens. Pretendemos promover a
reabilitação e reintegração de pessoas e desenvolver estratégias de promoção da
saúde mental e prevenção da doença. Estamos a falar de faixas etárias muito
novas e onde uma abordagem precoce pode ter um impacto muito relevante”,
contextualiza Carlos Alberto Silva. Para este responsável, é especialmente
importante começar este trabalho pelos concelhos mais distantes da sede do
Centro Hospitalar, porque nestes casos é mais difícil o acesso a consultas destas
especialidades.
O presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, considerou que
uma abordagem dessa natureza pode ser “muito importante para a comunidade
local, especialmente no período de pandemia que vivemos, mas também no
período que se irá viver quando a pandemia terminar, porque esse também não
será isento de dificuldades”.
“Estamos muito interessados e iremos colaborar em tudo o que estiver ao
nosso alcance”, referiu Paulo Pereira.
Já José Pinho Silva, manifestou grande interesse na participação neste
projecto, defendendo que a equipa de saúde mental deverá realizar um trabalho de
diálogo e articulação com as estruturas existentes no terreno, nomeadamente com
a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, equipas de Psicológicos dos
Agrupamentos de Escolas e com as Unidades de Saúde Locais.
Entre as áreas em que se pretende ter uma atuação prioritária estão:
- bebés e crianças em idade pré-escolar que não estejam a frequentar a creche ou
jardins de infância e que estejam aos cuidados de pais com patologia mental
identificada;
- crianças ou adolescentes que estejam em situação de recusa escolar;
- grávidas ou mães adolescentes.