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BAIÃO CANAL - Jornal

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O primeiro comunicado dos militares que fizeram o 25 de Abril | vídeo

comunicado 25 de Abril

 

"Aqui posto de comando do movimento das Forças Armadas…". O primeiro comunicado dos militares que fizeram o 25 de Abril foi lido pouco depois das 4 da manhã no Rádio Clube Português, pelo jornalista Joaquim Furtado que se encontrava de serviço nessa noite e viu os estúdios invadidos por oito militares.

Leia aqui o comunicado emitido na madrugada de 24 de Abril de 1974 na íntegra:

“Aqui Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas. As Forças Armadas Portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas nas quais se devem conservar com a máxima calma.

Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal para o que apelamos para o bom senso dos comandos das forças militarizadas no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os portugueses, o que há que evitar a todo o custo.

Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica esperando a sua acorrência aos hospitais, a fim de prestar a sua eventual colaboração que se deseja, sinceramente, desnecessária.”

Temas: História25 de Abril

Ficha Técnica

Título: Comunicado do Movimento das Forças Armadas

Tipo: Comunicado

Autoria: MFA/ Joaquim Furtado

Produção: Rádio Clube Português

Ano: 1974

 

 

À meia noite e vinte minutos e dezoito segundos do dia 25 de Abril de 1974, Grândola foi transmitida pelo programa independente Limite através da Rádio Renascença

 

grandola

 

Grândola, Vila Morena - José Afonso

Grândola, Vila Morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, Vila Morena

Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, Vila Morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, Vila Morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade

Grândola, a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

Grândola, vila morena» é uma canção composta e cantada por José Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. José Afonso escreveu a primeira versão do poema “Grândola Vila Morena” após ter sido convidado a participar nos festejos do 52º Aniversário da coletividade Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense (SMFOG) em 17 maio de 1964 e ter ficado impressionado com o ambiente fraterno e solidário desta Sociedade alentejana. À meia noite e vinte minutos e dezoito segundos do dia 25 de Abril de 1974, a canção foi transmitida pelo programa independente Limite através da Rádio Renascença como sinal para confirmar o início da revolução. Também por esse motivo, transformou-se em símbolo da revolução, assim como do início da democracia em Portugal.