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BAIÃO CANAL - Jornal

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Futebol | 1º Trofeu da época 2023/2024 para o Benfica

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O Benfica venceu o FC do Porto por 2-0!

Onze do BENFICA: Vlachodimos; Bah, António Silva, Otamendi e Ristic; João Neves, Kökçü, Aursnes, Di María, João Mário e Rafa.

Suplentes: Samuel Soares, João Victor, Morato, Jurásek, Florentino, Chiquinho, Schjelderup, Tengstedt e Musa.

Onze do FC PORTO: Diogo Costa; Pepê, Pepe, Marcano e Zaidu; Grujic, Eustáquio, Otávio e Galeno; Namaso e Taremi.

Suplentes: Cláudio Ramos, Fábio Cardoso, Nico González, André Franco, Romário Baró, Gonçalo Borges, Fran Navarro e Toni Martínez.

CARTÕES AMARELOS
BENFICA: Ristic (15'), João Mário (16'), Kökcü (27'), Bah (43'), João Neves (49'), Chiquinho (84')
FC PORTO: Namaso (28'), Pepe (33'), Pepê (46'), Eustáquio (51'), Zaidu (60')

CARTÕES VERMELHOS
BENFICA nada a assinalar
FC PORTO Pepe (91'), Sérgio Conceição (95')

SUBSTITUIÇÕES
BENFICA M. Ristić sai, Jurásek entra (46'); João Mário sai, Musa entra (46'); Kökcü sai, Florentino entra (70'); sai João Neves, entra Chiquinho (75')
FC PORTO Eustáquio sai, Baró entra (65'); Namaso sai, Toni Martínez entra (65'); sai Grujic, entra João Mário (68'), sai Zaidu, entra Gonçalo Borges (81'); sai Taremi, entra Fran Navarro (81')

GOLOS
 Di María (61'), Musa (68')

 

Num jogo com duas partes distintas, na primeira o Benfica com um11 inicial que muito poucos previam, com o meio campo super preenchido, pouco incomodou o Porto que podia ter aberto marcador logo aos 10 segundos, a equipa Portuense dominou até aos 20´mas falhou na hora da decisão, o Benfica foi sacudindo a pressão mas sem nunca criar perigo na frente de ataque.

Ao intervalo o Benfica fez duas alterações, entraram Musa e Jurásek para os lugares de João Mário e Ristic, e passou a estar por cima do jogo, tendo aberto o activo por Di Maria (61´)e confirmado o resultado por Musa (68´).

Um jogo que lamentavelmente teve  duas expulsões, Pepe, e Sérgio Conceição que protagonizou um momento pouco usual nos relvados ao recusar acatar a expulsão e recusar sair do banco... o que fez o jogo estar interrompido cerca de 5´

Natércia Teixeira | In Grãos de Pimenta Rosa

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Caixa de Pandora

...O percurso até ao teu mundo é sinuoso como tu próprio.

Não é de fácil acesso.

Alcança-lo requer tempo, esforço e determinação.

Um lugar mágico…impercetível e impenetrável a almas desatentas e pouco expeditas.

Descemos a montanha e no vale escondia-se a tua morada de xisto...parecia um lugar encantado, suspenso no tempo.

Os últimos raios de sol misturavam-se nas águas cristalinas do rio, que corria debaixo da ponte centenária, conferindo-lhe um tom dourado escuro.

Estranhei… mas a melodia daquelas águas translucidas a deslizar entre os seixos polidos de diferentes matizes, era o único som audível naquele paraíso, onde mesmo os pássaros pareciam emudecidos a observar-nos, numa quietude intrigada.

A sensação que tinha era essa…estar a ser observada…centenas de olhos postos em nós… a receber-nos e a avaliar-nos…e a perceção de tudo ter parado à nossa chegada.

Escolheste um caminho pedonal, na margem do rio, que passava por debaixo da ponte e a atravessava como um túnel, um acesso direto ao alpendre da tua casa, tão estreito e baixo que te sentia colado a mim e com a mão sobre a minha cabeça, para me protegeres.

Demos aqueles passos em silencio, a absorver o momento e a relembrar os vividos noutras vidas.

Olhava-te e ao teu mundo, num reconhecimento…um retorno a casa, tão desejado e esperado que quando acontece nos dá aquela sensação de aconchego, de paz, tranquilidade e segurança que apenas o que nos é familiar, proporciona.

Sentamo-nos na cadeira de baloiço em silencio, aspirando o ar puro e vendo o sol deitar-se entre as montanhas…um entardecer que coloria a vegetação que nos envolvia de cambiantes únicas.

Uma leve brisa, como um sopro de vida, despertou a natureza entorpecida…as folhas dançaram nas árvores…um sapo coaxou qual tenor a dar o mote ao coro de pássaros que dos ninhos chilrearamruidosamente em despedida ao dia que partia…ao longe um latido...um uivo...um chamamento, um apelo da natureza…as boas vindas à noite que chegava.

A tua mão veio em direção à minha…senti o calor que dela emanava...seguraste-a com força...senti mel percorrer-me as veias.

Ficamos assim, naquele enlevo, não sei quanto tempo… absortosem pensamentos…envoltos por sensações e na penumbra que, entretanto, descera ao vale.

Nascia sobre as nossas cabeças um teto de estrelas e uma lua cheia que iluminava tudo à nossa volta...disseste-me que era hora de jantarmos e apontaste para um cesto de piquenique depositado na mesa de pedra do alpendre.

Ri-me,adivinha-te os recursos…de mãos dadas caminhamos rumo à margem do rio...  sem antever que lá descobriria a minha caixa de Pandora.

Natércia Teixeira | In Grãos de Pimenta Rosa

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