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BAIÃO CANAL - Jornal

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Dia Mundial da Liberdade de Imprensa | 3 de maio

por José Pereira (zedebaiao.com)

A LIBERDADE DE IMPRENSA BASE DA DEMOCRACIA Desde 1990 foram assassinados cerca de 3000 jornalistas. 

No ano de 2020 foram assassinados 50 jornalistas, alguns em “condições praticamente bárbaras”.

Em 2021 já foram assassinados 8 jornalistas e 4 colaboradores.

Estão presos 321 jornalistas e 13 colaboradores. (ver: Repórteres Sem Fronteiras: Barómetro da Liberdade de Imprensa,2021)

Jornalismo Imparcial e Sem Medo foi o tema do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa 2020.

O tema do ano 2021 é a "informação como um bem público"

O tema do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa deste ano, "Informação como bem público", serve como um apelo para afirmar a importância de valorizar a informação como um bem público e explorar o que pode ser feito na produção, distribuição e receção de conteúdos para fortalecer o jornalismo, e para promover a transparência e a capacitação, sem deixar ninguém para trás.

A temática é de relevância urgente para todos os países do mundo. Reconhece as mudanças no sistema de comunicação que estão ter impacto sobre a nossa saúde, sobre direitos humanos e sobre as democracias e desenvolvimento sustentável.

Para sublinhar a importância das informações no ambiente dos média online, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa de 2021 destacará três tópicos principais:

  • Etapas para garantir a viabilidade económica dos meios de comunicação noticiosos;

  • Mecanismos para garantir a transparência das empresas de Internet;

  • Capacidades aprimoradas de "alfabetização midiática e informacional" ( Media & Information Literacy for everyone & by everyon) que permitem às pessoas reconhecer e valorizar, bem como defender e exigir, o jornalismo como uma parte vital da informação como um bem público.

 

Mais de 2.650 jornalistas foram assassinados nos últimos 30 anos.

Os dados constam do Livro Branco sobre Jornalismo Global publicado pela Federação Internacional de Jornalistas. O documento está disponível na internet em três línguas (a versão espanhola está disponível aqui).

Mais de metade dos  jornalistas foram assassinados nos “10 lugares mais perigosos de países que sofreram violência de guerra, crime e corrupção, bem como uma catastrófica quebra da lei e da ordem. O Iraque, com 339 mortos, está no tipo da lista, seguido do México (175), Filipinas (159), Paquistão (138), Índia (116), Federação Russa (110), Argélia (106), Síria (96), Somália (93) e Afeganistão (93).

De acordo com Livro Branco sobre Jornalismo Global, os anos mais mortíferos para os jornalistas foram 2006 e 2007, com 155 e 135 mortos, respetivamente, consequência da guerra no Iraque. Por outro lado, os números mais baixos registaram-se em 1998 e 2000 (37 mortes)

Em 2006, era reconhecido, no LIVRO BRANCO SOBRE UMA POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO EUROPEIA, que apesar da UE se ter transformado e assumido um amplo leque de tarefas que afectam das mais diversas formas a vida dos cidadãos, a comunicação da
Europa com os seus cidadãos não vinha a acompanhar esse ritmo transformador. Era pela primeira vez reconhecido que a União Europeia estava a manter-se distante dos seus cidadãos.

 

 A Federação Internacional de Jornalistas afirmou que quando publicou o primeiro relatório de jornalistas mortos em 1990 "não esperava que ainda estivesse em vigor 30 anos depois".

 

"A liberdade de imprensa é essencial para a paz, justiça, desenvolvimento sustentável e para os direitos humanos.

Nenhuma democracia está completa sem o acesso a informações transparentes e de confiança.  Esta é a base que permite construir instituições justas e imparciais, ao responsabilizar os líderes e ao afirmar a verdade a quem está no poder.

Isto é especialmente importante durante a época das eleições" (Secretário-Geral da ONU)


O Sercretário-Geral da ONU, António Guterres, tem vindo a demonstrar preocupação com o aumento do número de ataques e com a cultura da impunidade. Centenas de jornalistas são ameaçados e continuam presos.

"Ciberexércitos pagos por governos autoritários atacam a democracia", diz jornalista premiada pela Unesco

 
Maria Ressa, jornalista filipina e fundadora do site Rappler, recebeu no domingo (2) o prêmio Liberdade de Imprensa de 2021 da Unesco. 

Maria Ressa, jornalista filipina e fundadora do site Rappler, recebeu no domingo o prémio Liberdade de Imprensa de 2021 da Unesco. 

Por causa de sua atuação, Maria Ressa foi presa no país asiático após ser acusada de “crimes” cometidos no exercício da profissão e sofreu ameaças e intimidações pela internet e fora dela. Ressa trabalhou na CNN Ásia e na rede ABS-CBN News como chefe da Editoria de Notícias. Em 2018, ela foi eleita uma das Pessoas do Ano pela revista Time, dos Estados Unidos.

 

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa | 3 de maio:

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa foi proclamado pela Assembleia Geral da ONU, em 1993, após uma recomendação aprovada na 26ª sessão da Conferência Geral da UNESCO, em 1991. Por sua vez, foi uma resposta a um apelo de jornalistas africanos que, em 1991, produziram o marco da Declaração de Windhoek sobre pluralismo e independência dos media.

A efeméride foi criada pela UNESCO com o objetivo de avaliar e defender a liberdade dos jornalistas e de homenagear aqueles que perderam a vida em trabalho.

 

"Nenhuma democracia é completa sem o acesso a informação transparente e confiável. É a pedra angular da construção de instituições justas e imparciais, responsabilizando os líderes a falar a verdade com quem detém o poder. É uma realidade especialmente importante em épocas eleitorais" (Secretário-Geral da ONU, António Guterres).

 

2 photos: left is a female photo journalist amidst riot police, right a male journalist in a recording studio wearing a face mask.

FOTO: esquerda - UNESCO/©Thomas Hawk; direita - UN Photo/Evan Schneider.

Conferência Mundial sobre Liberdade de Imprensa

Tema 2021: "Informação como um bem público"

Novas datas: 18 - 20 de outubro
A Conferência Mundial sobre Liberdade de Imprensa 2020 foi adiada devido às incertezas com relação às condições de viagens.  

Devido ao surto de COVID-19, o Ministério das Relações Exteriores dos Países Baixos, em estreito diálogo com a UNESCO, decidiu adiar a Conferência Mundial da Liberdade de Imprensa 2020. A principal preocupação dos organizadores é garantir a saúde de todos os envolvidos e garantir um alto nível de participação das partes interessadas em todo o mundo.

A UNESCO e os Países Baixos planeavam realizar a Conferência Mundial da Liberdade de Imprensa (WPFC) de 22 a 24 de abril no Fórum Mundial em Haia. A conferência agora está agendada para os dias 18 a 20 de outubro no mesmo local. Será uma celebração conjunta do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3 de maio) e do Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas (2 de novembro).

 

Outras atividades da UNESCO relacionadas ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa:

Prémio UNESCO / Guillermo Cano
Promover a Liberdade de Expressão 
Observatório da UNESCO sobre Jornalistas Assassinados 
Competição de design "Jornalismo Imparcial e Sem Medo"
Fundação Helsingin Sanomat renova seu apoio ao Prêmio Mundial sobre Liberdade de Imprensa da  UNESCO / Guillermo Cano
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa 2019: conferência acadêmica sobre a segurança de jornalistas 

 

Assuntos relacionados:

Comemorações passadas 

Resolução adotada pela Conferência Geral da UNESCO em 1991

Declaração de Adis Abeba

Organizadores e parceiros 

PREsstival Day 

Material de apoio do Dia Mundial da Liberdade de ImprensaDr. Vicente defende imprensa livre e condena ataques a meios de comunicação  - Jornal Folha do Litoral

Liberdade de Expressão: o que é, importância, limites e constituição - Toda  Matéria

por José Pereira (zedebaiao.com), em 3.05.21

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