Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BAIÃO CANAL - Jornal

BAIÃO CANAL - Jornal

Nacional | Economia | Preços dos combustíveis ...

bombas.jpg

Previsão de descida de oito cêntimos tanto no caso do gasóleo como no da gasolina!

A confirmar-se esta previsão, será a segunda descida consecutiva dos preços, depois de esta semana ter começado com uma redução dos valores, que foi mais expressiva no caso do gasóleo

De acordo com dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o preço médio do gasóleo simples estava nos 1,786 €/litro, ao passo que a gasolina simples 95 custava, em média, 1,779 €/litro na quinta-feira

O preço médio semanal dos combustíveis, calculado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), desceu, esta semana, 5,2% para o gasóleo e 2,4% para a gasolina, segundo um relatório divulgado pela entidade.

Vale recordar que o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) reduziu-se em 3,8 cêntimos por litro de gasóleo e em 1,4 cêntimos na gasolina em novembro, anunciou o Ministério das Finanças, devido à subida do preço dos combustíveis.

Fonte:  BEATRIZ VASCONCELOS  

ECONOMIA AO MINUTO

 

 

ROMANTISMO (1º) | Manuel Cardoso (Paradela)

264496_241472322531961_3507984_n.jpg

Olá caros leitores.

Escolhi este título para este artigo, para dar resposta um amigo que resolveu desassossegar o meu descanso.

Quem me conhece saberá que uma das minhas paixões é a música, o que ela é, o que representa, como se manifesta, como se transmite e como as outras artes foi evoluindo ao longo do tempo.

Hoje vou falar muito resumidamente do movimento romântico, que irá imprimir na Europa Sec. XIX um novo estilo, e uma nova orientação à política, à sociologia à filosofia as artes e entre elas à música.

O romantismo inicia-se num dos períodos mais agitados da história europeia, é o pós-revolução francesa.

O Sec. XIX como filho da revolução tem também como efeito permitir a cada individuo tomar consciência da sua liberdade pessoal e da sua existência própria como individuo.

O início do Romantismo na música pode, contudo, ser arbitrariamente situado nos primeiros anos do sec. XIX, pela época em que Beethoven compunha as primeiras sinfonias. Mas quando Beethoven fez ouvir em Viena a sua 5ª e 6ª sinfonias já Weber com 22 anos compusera 5 óperas e duas sinfonias, Schubert com 11 anos maravilhava os vienenses os seus dotes musicais, Berlioz tinha apenas 5 anos e os restantes românticos não haviam nascido. Vinte anos depois Beethoven, Schubert, Weber já haviam falecido, Chopin começava a fazer-se ouvir e Liszt já adquirira reputação europeia com o seu virtuosismo no piano.

O período romântico musical será aquele que se estende durante um século, mais exatamente entre 1814 a 1914, data da primeira guerra mundial, a partir do fim da qual se inicia o modernismo e com a entrada em cena de Schonberg, com a sua emancipação da dissonância.

Manuel Cardoso (Paradela)

Histórias avulso : Froufe, o almocreve | Jaime Froufe Andrade

jaime_froufe_andrade.jpg

(A pandemia pôs-nos à espera do futuro. Parados pelo vírus, talvez seja tempo para percebermos o que deixámos para trás. É essa a proposta de Histórias avulso)

 

Froufe, o almocreve.

António Froufe, meu avô materno, era almocreve em Trás-os-Montes. Passava os dias por caminhos e atalhos, subindo e descendo serras e montes, acompanhado por dois machos ajoujados de flanelas, serrubeco, mantas, fazendas, nastros e elásticos, botões, agulhas, dedais... 

De povoado em povoado, sempre atrás dos machos e na companhia do Segredo, um cão do tamanho de uma vitela, percorria a pé grandes distâncias. Quando regressava ao Seixo de Ansiães, a sua aldeia, dava ordem ao Segredo para estugar o passo e assim chegar primeiro a casa. Era esse o sinal de que a sua Margarida, a minha avó, necessitava para meter batatas na panela, couves e um rabo de bacalhau, a refeição preferida do tendeiro, pois também assim chamavam à sua profissão. Ele só se sentava à mesa  para cear depois de ter tratado do passadio dos seus companheiros de longas jornadas, os machos e o Segredo.

Uma vez, ao chegar ao Seixo de Ansiães, deu com o padre Amável à janela, a tomar o fresco. Nesse tempo, por ali não havia telefone nem rádio e o jornal só chegava uma vez por mês. As notícias do que ia acontecendo na região era o António Froufe quem as trazia. 

Diz-lhe o padre: Viva, senhor Froufe. Então que novidades nos traz? Para o almocreve essa era a pergunta ideal… não deixou fugir a oportunidade.  Olhe, Senhor padre Amável, vi em Coleja uma coisa... olhe, nunca vi nada igual… juro... 

O tendeiro, grande contador de histórias, sabia aguçar a curiosidade do ouvinte. E continuou: Vi uma couve tão grande, tão grande, tão grande, que de certeza chegava aí à sua janela... Vendo bem, a couve é da altura da sua casa, a passar...

O padre Amável não comentou. Não acredita senhor padre? inquieta-se o meu avô, receoso de ter ido longe demais. Se o senhor Froufe o diz..., respondeu evasivo o padre Amável. 

A seguir disse-lhe: Pois olhe, eu tive de ir às Celores dar uma extrema-unção e sabe o que vi lá, senhor Froufe? Uma dúzia de ferreiros, no adro da igreja, a fazerem um pote de ferro tão alto, tão alto, tão alto, que chegava bem à altura dos sinos da nossa igreja, a passar...

O meu avô almocreve percebeu em que é que estava metido. Remeteu-se ao silêncio. Então o padre Amável, implacável, rematou: Irá servir, certamente, para cozer a couve que o senhor Froufe viu em Coleja…

Jaime Froufe Andrade, Jornalista