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BAIÃO CANAL - Jornal

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Sociedade| GNR | "Apoio 65 - Idosos em segurança"

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O Comando Territorial do Porto, através da Secção de Policiamento Comunitário e Prevenção Criminal (SPC) de Felgueiras, no dia 28 de outubro, desenvolveu diversas ações de sensibilização no âmbito do programa "Apoio 65 - Idosos em Segurança", integrado na operação "Censos Sénior - 2022", no concelho de Lousada.
A ação desenvolvida contou com a parceria do Município de Lousada, dirigida a pessoas idosas, para a promoção de adoção de medidas de autoproteção.
Cuidar e GUARDAr, hoje e sempre!

Nacional | Política | Ao fim de 18 anos Jerónimo de Sousa deixa liderança do PCP

j.s

Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, no prosseguimento de uma avaliação própria, reflectindo sobre a sua situação de saúde e as exigências correspondentes às responsabilidades que assume, colocou a questão da sua substituição nas funções que desempenha, mantendo-se como membro do Comité Central do PCP. Destaca-se, neste momento, a grande dedicação e empenho com que assumiu estas elevadas responsabilidades, por um longo período, exemplo de compromisso com o ideal e projecto do PCP, ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País, da paz, da amizade e solidariedade entre os povos, bem como a disposição de prosseguir a sua acção militante.

No seguimento da questão colocada, que se compreende face à situação concreta, e concluída a devida auscultação, o Comité Central do PCP terá uma reunião no próximo sábado, 12 de Novembro, após o primeiro dia dos trabalhos da Conferência Nacional «Tomar a iniciativa, reforçar o Partido, responder às novas exigências», em que será feita a proposta da eleição de Paulo Raimundo para Secretário-Geral do PCP.

Paulo Raimundo é de uma geração mais jovem, com um percurso de vida marcado por uma experiência diversificada, com capacidade, inserção no colectivo, preparado para uma responsabilidade que associa a dimensão pública à ligação, contacto e identificação com os trabalhadores e as massas populares e com o Partido, as suas organizações e militantes.

O PCP, no quadro do seu funcionamento colectivo, com as responsabilidades individuais que lhe são inerentes, dotado das conclusões da Conferência Nacional, prosseguirá e intensificará a sua acção, afirmando a sua identidade   e o seu compromisso com os trabalhadores, o povo e o País.

Rita Diogo | Positividade tóxica

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A pressão social para sermos felizes está associada, quem diria, a uma queda do bem
estar individual. Quantas vezes já ouviu dizer que precisa de pensar positivo,
independente das circunstâncias? E que não se pode deixar abalar ou abater pelas
dificuldades?
A positividade tóxica é um fenómeno caracterizado pela exaltação do positivo e
tentativas exacerbadas para reprimir o negativo. A positividade tóxica assenta na ideia
de que podemos ter mais saúde e qualidade de vida se eliminarmos os sentimentos e
pensamentos negativos. Há mesmo quem acredite que o pensamento positivo é o
suficiente para prevenir infortúnios. Contudo, vivemos no mundo real, no qual situações
desagradáveis acontecem e onde não é possível ser feliz a tempo inteiro. Sabemos que o
ser humano é dotado de emoções complexas, positivas e negativas. Quando os
sentimentos tidos como negativos são reprimidos, durante muito tempo, eventualmente,
ressurgem com muito mais intensidade. Quem costuma reprimir muito a própria raiva e
“engolir muitos sapos” sabe muito bem disto.
Mais importante que reprimir os sentimentos negativos, sejam eles o medo, a raiva ou a
tristeza, será aprender a expressá-los de forma adequada. Todos sentimos uma variedade
de emoções e sentimentos, e é importante que assim seja porque nos ajuda a
compreender o que nos rodeia e a perceber a forma como reagimos a determinados
eventos. Negar constantemente tudo o que é negativo e que sentimos em situações
difíceis, é exaustivo e não nos permite construir resiliência, tolerância à frustração e
outras competências importantes. Por outro lado, também sabemos que as emoções que
reprimimos são muitas vezes somatizadas, expressas através do corpo, não raramente na forma
de doença. Quando negamos uma emoção, ela encontrará alguma forma alternativa de se
expressar e de nos lembrar que ela existe.
Também constatamos que a positividade tóxica está na moda. As redes sociais são uma
forma de mascarar os eventos negativos que existem nas nossas vidas e quase nos
obrigam a comparar nossas vidas com as vidas perfeitas que vemos online. Há uma
tendência crescente para nos mostrarmos perfeitos e felizes nas redes sociais, algo que
para além de não ser real é desgastante. Se houvesse mais honestidade sobre as nossas
vulnerabilidades, sentiríamos maior liberdade para experimentar todos os tipos de
emoções. De facto, é como se a felicidade fosse um produto, algo que se compra, o que
não é, de todo assim. Existe até alguma culpabilidade quando não nos sentirmos felizes
e alegres, que assenta neste mercado da positividade tóxica. Desde a pandemia que se
assiste a um proliferar de livros de autoajuda, de aplicações para smartphones e de
atividades “pseudoterapêuticas” que prometem vender felicidade e fazer-nos resolver as
nossas agruras através de pensamentos positivos. Este mercado em expansão dificulta
tantas vezes a procura de ajuda especializada ou o recurso tardio à psicoterapia para
quem dela precisa.

Rita Diogo

Psicóloga Especialista em Psicologia Clinica e da Saude