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BAIÃO CANAL - Jornal

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Nacional | Morreu Fernando Gomes "BI-BOTA DE OURO"

fernando gomes

Partiu, hoje, aos 66 anos, Fernando Gomeso maior goleador da história do F. C. Porto.

Um cancro levou um dos maiores ídolos do Futebol português, duas vezes consagrado melhor marcador de todos os campeonatos europeus.

O funeral realiza-se no domingo, às 15 horas, na Igreja das Antas, no Porto.

Registo de jogos:

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#Rally de Portugal | Desporto Mundial | Vodafone Rally de Portugal confirmado no calendário do WRC de 2023

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O Vodafone Rally de Portugal foi confirmado no calendário do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC) de 2023, disputando-se entre os dias 11 e 14 de maio. A prova do Automóvel Club de Portugal (ACP) será a quinta etapa de um calendário composto por 13 ralis e com novidades.

 

“É um orgulho enorme termos o Vodafone Rally de Portugal novamente confirmado no calendário do WRC 2023. Acima de tudo, é o reconhecimento da qualidade da nossa organização e da paixão dos portugueses pelo desporto automóvel e pelos ralis em Portugal, que este ano se traduziu num impacto de 153 milhões de euros para a economia nacional. Mais ainda quando este calendário reforça o destaque de Portugal nos ralis disputados na Europa”, sublinha Carlos Barbosa, presidente do ACP.

 

O calendário arranca com o Rali de Monte Carlo, entre 19 e 22 de janeiro, e termina no Rali do Japão, entre 16 e 19 de novembro. O Vodafone Rally de Portugal, uma das mais emblemáticas provas do Mundial, abre a fase de terra na Europa (depois da passagem pelo México, também em pisos de terra), sucedendo ao Rali da Croácia.

 

Grandes novidades no calendário de 2023 são o regresso ao Chile, que se estreou no Mundial em 2019, e um novo evento tripartido, o Rali da Europa Central (em asfalto), no final de outubro, dividido entre Áustria, República Checa e Alemanha.

 

“Estamos determinados a recolocar o calendário do WRC no panorama anterior à pandemia, com uma boa divisão de eventos entre a Europa e os outros continentes", afirma o diretor do WRC Promoter, Simon Larkin. “Havia uma grande procura para um número limitado de eventos, mas estamos muito contentes com a abrangência e variedade de provas do próximo calendário. Será um grande desafio para os pilotos e um espetáculo fantástico para os adeptos de cada país”, destacou.

 

Calendário WRC 2023

Monte-Carlo 19 – 22 janeiro

Suécia 9 – 12 fevereiro

México 16 – 19 março

Croácia 20 – 23 abril

Portugal 11 – 14 maio

Itália 1 – 4 junho

Quénia 22 – 25 junho

Estónia 20 – 23 julho

Finlândia 3 – 6 agosto

Grécia 7 – 10 setembro

Chile 28 setembro – 1 outubro

Europa Central (Áustria, Rep. Checa e Alemanha) 26 – 29 outubro

Japão 16 – 19 novembro

 

TREINADOR ME CONFESSO | De Jorge Araújo | Presidente da Team Work Consultores

JorgeAraujo

Apoderemo-nos de algumas velhas teorias que ainda hoje nos podem ser úteis, não renunciemos a elas. Os criadores modernos que fogem da teoria, têm nessa atitude o seu primeiro calcanhar de Aquiles.

Enrique Vila Matas, Perder Teorias, Teodolito, 2010

 Não basta que os treinadores queiram ter sucesso

Precisam lutar por isso, com base em parâmetros bem objetivos, o primeiro dos quais é a realidade, o contexto em que vivem e se desenvolvem.

Que referências importantes retirar do meio ambiente, tendo em vista a definição da estratégia que os conduzirá ao êxito? Que cultura e valores se apresentam como dominantes? A cultura e os valores representam a respetiva mística social, uma verdadeira cola que junta pessoas ao redor de objetivos e interesses comuns, dando origem a um estado de espírito coletivo que muitas vezes é decisivo para a obtenção do sucesso.

Segue-se a ideia fundamental que quem joga são os jogadores e não os treinadores ou os dirigentes. A motivação e a famosa concentração de que todos falam hoje em dia, decorre quase sempre, pela positiva e pela negativa, do tipo de enquadramento em que os treinadores e os dirigentes os colocam. Como tantas vezes tenho insistido, já nos anos cinquenta McGregor, autor de obras de referência acerca do tema da Motivação, afirmava que todo o ser humano é motivável e motivado por natureza e que, quando assim não atua, a responsabilidade não é na maioria das vezes sua mas sim do modo como é liderado.

Como pessoas e seres humanos que são, os jogadores não fogem a esta regra. Dentro de uma estratégia clara onde se percebam os objetivos a atingir e as regras de vida coletiva a respeitar e estejam envolvidos e responsabilizados na respetiva concretização e ajudam a que o todo seja maior que a soma das partes. Quando assim não acontece, naturalmente desmobilizam, cada um pensa mais em si que nos interesses da equipa.

Ideias bastante simples e com as quais estamos na generalidade todos de acordo.

 São fundamentais uma estratégia e uma liderança que tragam consigo o reconhecimento da autoridade de quem dirige

Todos os dias ouvimos, lemos ou assistimos a ocorrências várias comprovativas da falta de estratégia e de liderança com que por vezes atuam clubes profissionais e treinadores, empresários e políticos.

 Como se a realidade que os rodeia não existisse e os resultados e o sucesso que perseguem não justificasse outros cuidados que não o de se mostrarem exclusivamente concentrados em si mesmo.

A nível individual e coletivo buscamos o sucesso e o reconhecimento social como um suporte motivacional de decisiva importância. Para o conseguirmos, lançamo-nos dia-a-dia na procura de eventuais panaceias que nos conduzam ao êxito que almejamos. Até que descobrimos que não existem receitas verdadeiramente capazes de nos proporcionarem o sucesso. Mas sim um caminho que devemos prosseguir paulatina e obstinadamente. Onde a estratégia que utilizamos e a liderança que exercemos desempenham uma ação decisiva.

Trata-se de primeiro encontrar na realidade as referências e os modelos que nos permitam delinear uma necessária estratégia de ação. Depois apontar um princípio estratégico mobilizador de tudo e de todos, o guia orientador da intervenção da generalidade dos membros da organização a que pertencemos. Juntar-lhe valores, cultura quanto baste. Por fim levar à prática formas de liderança capazes de respeitarem questões decisivas em tudo o que se refira ao trabalho com pessoas. Quem é dirigido precisa de adquirir confiança em quem o lidera. Por via de uma autoridade reconhecida mais que imposta assente em competência, honestidade e coerência.

Também perceber que os resultados a obter dependem acima de tudo da mobilização de tudo e de todos ao redor de objetivos e interesses comuns. Que requerem uma estratégia de ação conforme com a realidade social vigente e um grande respeito pela cultura e os valores vigentes. Numa interação turbulenta, dinâmica e o mais flexível possível, respeitadora da necessidade de colaboradores cada vez mais criativos e autónomos, capazes de gerirem o inesperado e formados segundo a tese que, se jogamos conforme treinamos, temos de treinar como se joga.

  1. O treinador tem de ser capaz de mobilizar a motivação daqueles com quem trabalha

Mesmo quando a qualidade do candidato a treinador revela uma informação e formação acima da média, ele tem de ser capaz de provocar, através da sua ação, o interesse e motivação dos que aprendem e treinam, pois não há progresso nem êxitos possíveis sem a participação motivada dos atletas.

A profissão de treinador tem de ser exercida de modo estimulante para a autonomia futura dos atletas sob a sua responsabilidade, acreditando nas capacidades daqueles que fazem parte do seu grupo de trabalho e devolvendo-lhes competências.

Obviamente, cada treinador deve atuar de acordo com as suas características e limitações, sem nunca esquecer a responsabilidade que lhe está atribuída quanto à formação social e emocional dos atletas com quem trabalha e à melhoria gradual destes, no âmbito dos conhecimentos relativos à modalidade a que se dedicam.

Consciente que os resultados provenientes da intervenção do treinador têm profundos reflexos sociais pela influência educativa, (ou deseducativa!), que exercem nos jovens e nos adultos, quer sejam praticantes ou adeptos.

  1. Logicamente, não existem treinadores ideais

Não existem treinadores do tipo «que sabe tudo» e «nada o perturba», «homem sem defeitos» e comportamentos sociais e desportivos sempre irrepreensivelmente modelares. Tais modelos não passam de produtos imaginários, criados e alimentados por enquadramentos sócio desportivos alienatórios da realidade.

O treinador ideal, nem mesmo no domínio da utopia poderá ser descrito, não existindo um perfil único de treinador, mas sim uma série infindável deles, consoante as circunstâncias e suas respetivas necessidades de intervenção. Várias foram, até á data, as investigações cujas conclusões comprovaram que o treinador é um ser humano sujeito aos problemas e dificuldades de qualquer cidadão.

Ao treinador dos dias de hoje, exige-se-lhe um desempenho, onde, mais do que atuar de modo autoritário, ele veja a sua autoridade reconhecida, conhecendo-se a si próprio e às necessidades de realização, autoestima e segurança social que, como qualquer outro cidadão, norteiam a sua atividade. Desenvolvendo a sua ação com o objetivo natural de ter sucesso, (realização), «gostando de si próprio», (autoestima), necessitando, para isso, de pertencer a um grupo profissional socialmente dignificado.

Treinador me confesso.

Jorge Araújo - Presidente da Team Work Consultores

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