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BAIÃO CANAL - Jornal

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MÚSICA | O Romantismo II | Manuel Cardoso (Paradela)

Paradela

Para falar sobre este tema, compreenderão que terei que tomar alguém como referência, alguém que seja a sua figura central, é aqui que entra para mim o maior vulto sem retirar a importância devida a outros contemporâneos distintos de  Ludwig van Beethoven.

Embora o meu distinto professor de história da música “Padre Joaquim Marques da Silva” considerasse que Beethoven era um caso isolado e que se enquadraria num movimento embora romântico, mas para além do romântico.

Conforme referi no meu artigo anterior sobre o romantismo, este movimento tinha como efeito de permitir a cada individuo tomar consciência da sua liberdade e da sua existência própria como individuo, ou seja o EU seria o centro do mundo.

Observa-se precisamente isto na Sinfonia Eroica ( 3ª) , que Hjoseph Haydn ao escutá-la dise A partir deste dia, tudo está mudado”. Ou n a Sonata ao Luar em que o autor manifesta o  desprezo pela linearidade, a angústia insistente, o abandono das então tradicionais estruturas formais. Desabrocham  na música de Beethoven o  que pode ser considerado um autêntico revolucionário, o porta-voz por excelência da Revolução Francesa e dos seu principios. Beethoven, portanto, ainda não é o compositor romântico por excelência, mas o inovador, o meio caminho andado, o abre-alas. Muito diferente daqueles que o sucederam, entre os quais Schumann e Chopin, para os quais,  a música é pura expressão individual.

Assim nesta época o imcomparável poder sugestivo da música, a sua capacidade de actuar sobre o espírito, (sem intermediários) e  de transmitir uma gama infinita de impressões e pensamentos (é a arte da sugestão), fizeram dela a arte ideal do romantismo.

 

Manuel Cardoso

 “Paradela”