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BAIÃO CANAL - Jornal

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DUAS DE LETRA | Lourdes dos Anjos | RECORDANDO OUTROS TEMPOS...

Lourdes dos Anjos
No tempo , no MEU tempo de SER PROFESSORA não havia festinhas de finalistas nem cartolas coloridas nem bengalas para catraios que terminavam a escola primária e iam iniciar outra etapa da vida .
Havia uma reunião com os pais e uma despedida simples porque era tempo de vacas magras e os pais sonhavam ter uma casa onde vivessem com dignidade e os filhos pudessem crescer com esperança de um futuro melhor.Não sonhavam com "dinplomas" para os seus meninos mas queriam muito que fossem gente séria e que aprendessem uma "arte"e que tivessem "qualquer coisinha de seu"
Não sabiam as marcas dos carros de luxo nem os nomes dos hóteis da terra da Mãe Joana para irem de férias.
Tentando construir um país diferente e LIVRE todos olhávamos para o mesmo ponto lá longe no horizonte e sonhávamos o SOL PARA QUASE TODOS.
Durante 4 anos iamos guardando os trabalhos mais interessantes de cada um dos catraios e depois, fazíamos o nosso Livro de Curso que oferecíamos aos pais e aos professores da escola ERA UMA FESTA SIMPLES MAS CHEIA DE ALEGRIA e com muitas lágrimas na despedida.
Guardamos os bilhetes da 1ª viagem no Metro do Porto no dia 29 de junho de 2007, o bilhete da viagem do teleférico da Penha em 13 de junho de 2002, um bilhete do MONUMENTAL CIRCO DO COLISEU DO PORTO com data de 16 de dezembro de 1998 e até um pedaço de papel que reciclamos na escola em 17 de maio de 2003.
Falamos dum rapaz que se tornou figura típica da Mó, o Mário Charlot e guardamos um poema de um SENHOR que, HERÓICAMENTE, lutou contra a dupla ditadura (DAS MINAS E DO PAÍS )que se viveu em S.PEDRO DA COVA : senhor DAVID RODRIGUES.
Hoje, entre tanta tecnologia e tantos papás doutores e mais tantos meninos sobredotados, não consigo encontrar textos escritos por alunos do 3º ano tão bem escritos e tão cheios de lições de vida como muitos dos que saíram das mãos dos meus catraios pobres, sem manias de sábios ou sabões e alguns com pais analfabetos .
Na verdade, se todos remassemos para o mesmo cais, talvez a sociedade fosse bem melhor e todos soubessemos a COR DA
VERDADEIRA LIBERDADE.
Deixo-vos com um texto do meu rapaz SÉRGIO ANTÓNIO VIEIRA DIAS, DE S.PEDRO DA COVA ALUNO DA ESCOLA Nº 1 DA MÓ, CARVALHAL EM 17/O1/2001...passaram-se 20 anos.
SE...
Se eu mandasse acabava JÁ a guerra em Timor
Se me deixarem quero ir para a tropa
Se eu quiser deixar de ser burro e estudar mais até posso ser arquitecto
Se eu não tivesse amigos era infeliz
Se eu falasse menos não ouvia recados da minha professora
Se ela fosse mouca...eu podia falar mais um bocadito ...
OBRIGADA MINHA GENTE DO CARVALHAL E SE SOUBEREM POR ONDE ANDA ESTE SÉRGIO QUE MORAVA PERTO DO TALHO DA RUA QUE VAI PARA BELOÍ...DIGAM-LHE QUE LHE MANDO UM ABRAÇO CHEIO DE SAUDADES E ... QUE ESTOU VELHA MAS CONTINUO A OUVIR BEM COMÓ CARAÇAS....

POLÍTICA | Portugal deixa de ser "país totalmente democrático"

PORTUGAL

Queda é justificada em grande parte pelas medidas contra a pandemia adotadas pelo Governo português, mas também pela redução de debates parlamentares e pela "falta de transparência" na nomeação do presidente do Tribunal de Contas.

Portugal está agora na categoria de "democracia com falhas" no Índice de Democracia elaborado anualmente pela revista The Economist, tendo deixado de ser considerado um "país totalmente democrático". Em causa estão as medidas restritivas impostas pela pandemia.

O relatório de 2020, divulgado pela The Economist Intelligence Unit, sob o título "Na saúde e na doença?" apresenta Portugal e França no mesmo nível, pois ambos os países tinham na edição anterior avançado para a categoria de "país totalmente democrático" e agora desceram de patamar, tendo sido os únicos na Europa Ocidental a registarem este avanço e recuo.
As restrições adotadas pelos Governos de ambos os países para fazer face à pandemia de covid-19, nomeadamente o confinamento explicam a queda de categoria de Portugal e França.

Além das medidas condicionantes de direitos, liberdade e garantias, no caso português também contribuiu para a descida para ‘democracia com falhas’, o facto de se terem reduzido os debates no Parlamento e ainda "a falta de transparência no processo de nomeação do presidente do Tribunal de Contas", segundo o relatório da Economist.
"Estes desenvolvimentos, em paralelo com impacto da restrição de movimentos, levaram a uma descida na pontuação global dos anteriores 8.03 para 7.90", lê-se ainda.
Portugal, com a pontuação global de 7.90 (em 10), situa-se agora na 26.ª posição na classificação geral e 15.ª na classificação regional.
Entre os sete classificados como "democracia com falhas" contam-se ainda Itália, Malta, Chipre, Grécia ou Bélgica.

Fonte: Sol