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BAIÃO CANAL - Jornal

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Nacional | Cultura | Sociedade | José Saramago

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José de Sousa Saramago, nasceu em 16 de Novembro de 1922, na Azinhaga do Ribatejo, Santarém. Em 1998 recebeu o Prémio Nobel da Literatura, como reconhecimento de uma obra literária traduzida em mais de trinta línguas.

Foi funcionário publico, escritor, ensaísta, jornalista; chegou a sub-director do jornal Diário de Noticias e com a Literatura contribuiu na busca de sentido para o mundo e para as coisas.

Em 1947 publica o primeiro livro: “Terra de Pecado”, e com o romance “Levantado do Chão”, Prémio Cidade Lisboa em 1980, afirmou-se como um autor de pensamento de esquerda, que fala de trabalhadores para trabalhadores. É “Memorial do Convento” que o confirma como um dos grandes autores de língua portuguesa.

Mas o seu estilo e os temas que aborda são incómodos:  “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” provoca em 1992 um “terramoto”, que culmina numa discussão em Assembleia da República para o excluir da lista de nomeados ao Prémio Literário Europeu.

Os mais de quarenta titulos que escreveu inspiraram peças de teatro e filmes como “Ensaio Sobre a Cegueira” do brasileiro Fernando Meireles.

Viveu os últimos anos de vida ao lado da sua mulher Pilar del Rio na ilha de Lanzarote no arquipélago das Canárias.

Com a sua obra literária inventou a realidade, numa mistura de ficção e factos, contando estórias dentro da História.

Obras publicadas

Romances

Crónicas

Peças teatrais

Contos

Poesia

Diário e Memórias

Infantil

Viagens

Prémios

Entre as premiações destacam-se o Prémio Camões (1995) [15]– distinção máxima oferecida aos escritores de língua portuguesa, e o Nobel de Literatura (1998),[16] o primeiro concedido a um escritor de língua portuguesa.

Política

José Saramago aderiu ao Partido Comunista Português em 1969,[17] pertencendo à Organização dos Intelectuais de Lisboa do PCP, e tornando-se após a Revolução dos Cravos membro da então criada Célula dos Escritores do Sector Intelectual de Lisboa. Nas Eleições autárquicas portuguesas de 1989 é candidato pelo Partido Comunista na lista da coligação Por Lisboa, sendo eleito Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa. Em todas as Eleições europeias desde 1987, quando Portugal integrou a União Europeia, até 2009, última eleição antes do seu falecimento, José Saramago foi candidato a deputado no Parlamento Europeu pela Coligação Democrática Unitária, ocupando, porém, posições que tornavam virtualmente impossível a sua eleição.[18]

“"Marx nunca teve tanta razão como hoje."[19]” José Saramago, Público, 15/06/2008

Em 1998, quando aterra em Lisboa regressado da cerimónia de atribuição do Prémio Nobel da Literatura, José Saramago desloca-se diretamente ao Centro de Trabalho Vitória do PCP na Avenida da Liberdade onde é recebido por uma homenagem e simbolicamente segue com a comitiva deste partido para a ação de protesto no Terreiro do Paço contra as medidas laborais anunciadas pelo Governo.[20] Participante regular das jornadas de trabalho de construção da Festa do Avante! todos os verões, viria anos mais tarde neste evento a ser protagonista das homenagens oficiais nos aniversários dos dez e dos vinte anos da atribuição do prémio Nobel à sua obra.