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BAIÃO CANAL - Jornal

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Nota de Imprensa | PSD | CAMPANHA DA ALIANÇA DEMOCRÁTICA CORRE TODO O CONCELHO DE BAIÃO

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O Partido Social Democrata (PSD) de Baião, no âmbito da campanha para as próximas eleições legislativas, tem dado prioridade a uma campanha de proximidade com a população. Neste momento, a campanha da Aliança Democrática já visitou as 14 freguesias do concelho, estabelecendo um contacto direto e próximo com a população, esclarecendo os baionenses e ouvindo os mesmo. Esta iniciativa, destaca o PSD como a única candidatura que fez este contacto com a população em todas as freguesias, até ao momento.

Ana Raquel Azevedo, líder do PSD Baião e candidata a deputada, expressou a sua satisfação com a campanha, mas também criticou a postura dos outros partidos: “Não damos o voto dos baionenses como garantido, ao contrário de outros partidos. Cada dia é uma oportunidade para ouvirmos e para estarmos as pessoas. O PSD Baião está verdadeiramente preocupado com o futuro do país e consequentemente, com o futuro do concelho. Era imperativo para nós esclarecermos ao máximo a nossa população e tentarmos contactar com o máximo de pessoas possíveis em cada freguesia. Estamos muito contentes com a nossa volta às freguesias. As pessoas estão muito recetivas e com vontade de mudança.”

A campanha do PSD tem sido marcada pelo apoio dos militantes, desde os mais jovens aos mais velhos, assim como da população em geral. “Sentimos o apoio da população, desde os mais jovens aos mais velhos. A Aliança Democrática é a mudança segura que o nosso país precisa. Os baionenses sabem que o Partido socialista continua sem resolver os nossos problemas: o SAP continua sem médico há mais de um ano, a Conservatória está neste momento sem o número de funcionários suficientes, as obras no posto da GNR não avançam e continuam com necessidades ao nível da frota, a descida ou a isenção das portagens nunca saíram do papel, a eletrificação da linha do Douro tem sido consecutivamente adiada, a ligação Baião-Ponte da Ermida e a ligação Quintã-Mesquinhata vão a passo de caracol, tendo o próprio Presidente de Câmara demonstrado já publicamente a sua preocupação que as obras pudessem ficar pelo caminho. Como é que os baionenses podem confiar no Partido Socialista?”, afirmou Ana Raquel.

Ainda no âmbito da campanha, o cabeça de lista, Miguel Guimarães, juntamente com os autarcas locais, visitou o Serviço de Atendimento Permanente devido à falta de médicos e a Guarda Nacional Republicana (GNR). “Desde a primeira hora que o PSD Baião convidou o doutor Miguel Guimarães a visitar a estrutura do SAP de Baião e o Posto da GNR.  O PSD não quer deixar morrer o tema da saúde em Baião, só nos calaremos quando estiver resolvido. Para além disso, os problemas com a frota automóvel da GNR em Baião e as instalações, também demonstram que o Partido Socialista deixou muito por fazer”, declarou José Pereira, também candidato a deputado indicado por Baião.

O PSD Baião continua a sua campanha, sempre com o foco no futuro do país e próximo das pessoas porque um a um, voto a voto, todos contam para a mudança segura de que o país precisa.

Natércia Teixeira | Esta é a história da Samoa, de seu nome.

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Consta que faz hoje três anos que conheceu o mundo…à primeira vista um lugar sombrio, pouco acolhedor e de gente nada confiável, que lhe usurpou o afeto, lhe tirou o sustento e só não lhe roubou a vida, porque a sorte não o ditou.

A Samoa foi encontrada num contentor do lixo para os lados de Tavira, única sobrevivente de uma ninhada lá depositada.

Foi-me contado que um Senhor da recolha do lixo encontrou-a, compadeceu-se dela e entregou-a no canil municipal, salvando-lhe assim a vida.

Por lá terá vivido algum tempo, até lhe terem arranjado uma família de acolhimento.

Nasceu forte, herança genética de dobermann e teimosa por personalidade própria.

Essas características e provavelmente a falta de vocação e devoção das pessoas da FAT , chocaram com o temperamento enérgico e reativo de uma dobie no inicio da vida, o que a atirou para o confinamento e solidão de um cadeado com pouco mais de um metro.

Diz-se que passou a gozar de reputação de agressiva e diz-se também que se entendeu que a sua educação e disciplina passaria por uns mimos com um pau de marmeleiro.

Tivesse-se a situação prolongado no tempo e teríamos provavelmente que enfrentar a raiva de um cão ferido, de corpo e alma.

A sorte esteve do lado dela, pela segunda vez na sua curta existência e a situação chegou ao conhecimento das pessoas certas.

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Foi resgatada pela Associação Dobermanns em Risco.

Nunca me passou pela cabeça adotar um dobermann, nessa altura estava a ponderar a adoção de um pastor alemão, macho e adulto.

Confirmou-se que a Vida é o que acontece, enquanto estamos ocupados a fazer outros planos.

Não se concretizou a adoção do pastor alemão…o universo sabiamente também deve ter extraviado o formulário para adoção de um dogue alemão.

 Responderam-me à candidatura que nunca supus obter resposta.

Lembro-me de no final do contacto, ficar a olhar para as fotos que me enviaram:

Tão linda!

Mas…uma cadela com pouco mais de seis meses? dobermann!

A minha gata, a Caju, olhava-me como se pressentisse o desastre, a mais velha, a Amêndoa, mantinha a tranquilidade que lhe é característica e que o tempo aprimorou, eu, do alto da minha ignorância que ás vezes é uma bênção, ajuizava que com um histórico de quatro adoções, nada me surpreenderia.

Ultrapassadas as formalidades, uns dias depois e trezentos quilómetros percorridos conheci pessoalmente aquela que se tornou o desafio canino da minha vida.

Encontrei-a entretida a chagar a paciência do cãopanheiro com quem partilhava o espaço, que pareceu visivelmente aliviado por lha tirarem da frente.

Cumprimentou-me tão alegremente e sem cerimónia que quase tombei.

Era maior do que supunha, mais forte do que aparentava e muito mais enérgica do que se consegue imaginar.

Fizemos os trezentos quilómetros até casa sem problemas, volta e meia vinha pousar a cabeça perto de mim, julgo que a tentar perceber o seu destino.

Chegada a casa, tudo era motivo de curiosidade…medo julgo que só teve de subir as escadas, o pavimento em cerâmica fazia-a escorregar e fez-lhe no primeiro dia um pouco de confusão. No segundo, descobriu uma técnica de correr e deslizar pelo pavimento em cima dos tapetes que assim se transformaram numa espécie de tapetes voadores.

Os primeiros dias foram de adaptação e conhecimento mútuo.

As semanas seguintes foram para consolidar a confiança.

Os meses após foram desafiantes, extenuantes e muitas vezes exasperantes.

Tinha em mãos uma jovem cadela dominante, intuitiva e condicionada por um início de vida atribulado que, o que lhe retirou em confiança, lhe acrescentou em tenacidade.

Durante o primeiro ano comigo a Samoa, para o padrão da idade, portava-se como um anjo em casa na minha ausência e como um demónio mal chegava eu.

Exigia atenção a 100% e mordia-me as mãos como forma de a conseguir.

Não sabia controlar a energia nem dosear a força.

Simplesmente não parava quieta um segundo e entendia que sendo eu o alvo do seu afeto, treinar full contact comigo era a forma certa de o demonstrar.

Perdi a conta às nodoas negras. Desisti de assistir a um filme do princípio ao fim, de ler ou escrever.

Fazer uma chamada telefónica de mais de dois minutos com ela a circular livremente pela casa, era uma guerra de nervos.

Morarmos num apartamento, não simplificava as coisas.

Os passeios diários servem para a socializar e para treino de marcha, mas são claramente insuficientes para a estimular e equilibrar energeticamente.

Temos a sorte de ter um amigo, fã de animais, com um espaço seguro e boa vontade suficiente para nos deixar usufruir dele, onde passamos a ir tantas vezes quantas me é possível.

Assim nasceu uma dobie adepta de duatlo.

Mais de dois anos decorridos de uma adoção que considero bem-sucedida, mas não fácil, a Samoa está hoje muito mais tranquila e equilibrada, única e peculiar em alguns aspetos, igual a todos os outros nos traços que lhe são característicos.

Desengane-se quem supõe que vai habitar o mesmo espaço físico de um dobermann e não ter constantemente um par de olhos a fita-lo e um nariz colado ao corpo;

Ir ao wc sem fechar a porta com o trinco e manter-se lá sozinho, deixa também de ser possível;

Estar-se sentado ou deitado e não ter uma cabeça de “chumbo” pousada em qualquer parte da anatomia, será outra coisa que não irá acontecer.

Também não irá acontecer perder o ar mal-encarado e o coração de ouro.

Espíritos fortes não podem ser quebrados, mas podem ser magoados.

O meu bem-haja à Dobie Hope e às pessoas de boa vontade que dela fazem parte, pelo espírito de missão, abnegação e defesa de cães de uma raça tantas vezes injustiçada.

Ajudam os de ninguém, os rejeitados e negligenciados.

Tratam-lhes das feridas do corpo e iniciam o processo de cura das suas almas. Reabilitam-nos para que tenham a oportunidade de serem integrados numa família que os estime, valorize e ame.

Dão hipótese a pessoas como eu, que não têm quintal, mas têm Amor.

O meu agradecimento pessoal a todos os envolvidos no resgate e recuperação da Samoa, em especial à Teresa e ao Rui, pela confiança.

À minha menina:

Dizem que depois dos três anos, ganhas juízo…teimosa como és, vais contrariar isso também.

Seja como for, gostava de te aturar até aos 30…teus, claro!  maluca, saudável e feliz.

Parabéns Temoni, meu pedaço de loucura, devoção e amor.

 

Natércia R. Teixeira

2024/03/05