A coisa conta-se em poucas penadas.

Hoje de manhã apareceram no Cemitério de Santa Cruz do Douro uma dúzia de gatos-pingados, um sr. deputado da Nação que não é cangalheiro mas será certamente o responsável das Pompas Fúnebres, e o jovem morgadinho de Tormes - que surge aqui como uma espécie de anti-Jacinto, pois em vez de arrumar ossadas dos antepassados aceitou desarrumá-las.

No entanto estas coisas de se mexer com mortos sossegados traz por vezes aborrecimentos e atrapalhações: de acordo com os profissionais da funerária encarregue deste "serviço de Estado", a cripta estava inundada e o caixão com os restos mortais de Eça estará em muito mau estado...

Fonte geralmente bem informada perspectivou-me os novos movimentos a que este Estado patusco se propõe para que o deputado das Pompas Fúnebres e a FEQ não saiam mal-vistos pelo promotor político do evento - que toda a gente sabe perfeitamente quem é: a ideia que correu murmurada por entre as gentes que a foto ilustra é a de que o melhor é levar o velho caixão para Lisboa (ou para onde quer que seja!), substituí-lo por um novinho em folha, para depois voltar tudo a Santa Cruz do Douro. E então sim! será possível proceder a uma cerimónia muito mais cerimoniosa dado o brilho do novo caixão - que, obviamente, chegará à medonha Santa Engrácia igualmente brilhante para abrilhantar as festas cerimoniosas que este Estado cada vez mais patusco irá certamente preparar com pompa, e onde o deputado da Nação encarregue das Pompas Fúnebres irá certamente estar presente.

Ele e o ministro que lhe encomendou o sinistro frete.

Haverá algo mais ridículo que isto?

(será que, constitucionalmente falando, esta palhaçada decidida sem consulta aos descendentes mais velhos de Eça é legal?, às tanta não... a ver vamos)