Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BAIÃO CANAL - Jornal

BAIÃO CANAL - Jornal

OBLIQUIDADES (5) | JAIME MILHEIRO

21988953_ITdkD.jpeg

Tive um amigo de muitos anos, numa intimidade partilhada desde os tempos do Liceu, com quem sempre ajustei lealdades que dir-se-iam congénitas e não susceptíveis de ocorrentismos ou de alvoroços, cuja memória ainda frequentemente levanto em alegrias e sobressaltos.
Nunca duvidamos um do outro, raramente competíamos, quando discutíamos facilmente recuperavamos perspectivas conciliáveis e identidades verificáveis, mas na vida factos estranhos podem surgir...

(Até o conto do vigário
pode acontecer...)

porventura descalibrados em contingências atrapalhadas.

Um dia, com explicações esforçadas e plausíveis, veio a minha casa pedir-me duzentos contos emprestados.
Era muito dinheiro na altura, um médico no serviço hospitalar ganhava por mês uns doze ou quinze, sabia-o num momento difícil por razões familiares e outras...

(Amigos comuns haviam-me sussurrado
que ter-se-ia deixado encadear
em malabarismos que não devia…)

pelo que me prestei naturalmente a colaborar.

Como não dispunha de tanto dinheiro passei-lhe um cheque de cem.
Visivelmente satisfeito e reconhecido, apesar de pela minha parte não haver qualquer hipótese de desconfiança, ele insistiu em garantir-me todos os cumprimentos de um empréstimo pragmaticamente realizado e entregou-me um cheque pré-datado do mesmo valor, a receber seis meses depois.
Nada de novo aconteceu, sabia pouco dele pelas distâncias naturais da vida...

(Era uma pessoa respeitadíssima
na profissão universitária que exercia...)

mas nada de mau supunha.

Uma semana antes da data do cheque, sem qualquer aviso, ele deixou-me no consultório um envelope com cinquenta contos em notas.
Falou com a empregada cheio de pressa e pediu desculpa da rapidez da passagem, nem procurando contactar-me...

(Se colocasse o cheque
no banco,
o vigarista seria eu…)



e sabendo-me, obviamente, incapaz de o prejudicar.


Rasguei o cheque, esperei por melhores dias, continuei a admirar-lhe a inteligência e a perspicácia, candidamente entendendo e desculpando.
Nunca mais nisso falamos, nas breves ocasiões em que posteriormente nos vimos.
Também nunca tive coragem de por qualquer outro meio lho referir e nunca o contei a ninguém, por eterno respeito ao meu amigo de sempre...

(No Céu não existem números
nem papeladas de contas,
existem amigos antigos
em cordiais distensões...)

que morreu pelos cinquenta, poucos anos depois.

 

 

Já conhece o BUPi? Balcão Único do Prédio | Onde registar a sua propriedade é gratuito!

IDENTIFIQUE AQUI AS SUAS PROPRIEDADES

https://bupi.gov.pt/

 SOBRE O BUPi - Balcão Único do Prédio

 

Identifique online e de forma simples as suas propriedades
 
Caso necessite de atendimento personalizado para localizar e desenhar o polígono da sua propriedade, dirija-se ao balcão do município onde se localiza a sua propriedade. 
 
 

Para iniciar o processo online, precisa de ter consigo o Cartão de Cidadão ou a Chave Móvel Digital (CMD) e de reunir toda a documentação sobre a sua propriedade:

Documentos obrigatórios:

  • Cartão de Cidadão (ou Bilhete de Identidade e NIF);
  • Caderneta predial com o número das matrizes ou informação para consulta no Portal das Finanças;
  • Se o interessado se fizer representar – Procuração simplificada modelo BUPi ou formal, que comprove a legitimidade do promotor para dar início ao procedimento de RGG.

Documentos facultativos:

  • Levantamento topográfico, caso o promotor tenha feito previamente o levantamento das coordenadas;
  • Documento que comprove a titularidade direito de propriedade, se existir, ou formulário modelo_IRN para justificação do pedido de registo.
 
 

A vantagem de o fazer AQUI

 

Evite a deslocação até um balcão presencial e faça o seu processo online gratuitamente.
É muito simples, usando a Plataforma Online só tem de seguir estes 4 passos:

 
null

1. Autentique-se

Poderá autenticar-se com o Cartão de Cidadão ou com a Chave Móvel Digital (CMD).
 
null

2. Localize as suas propriedades

Indique os limites das suas propriedades no mapa na plataforma BUPi ou carregue um ficheiro com as coordenadas.
 
null

3. Assine o Termo de Responsabilidade

A plataforma BUPi irá gerar, de forma eletrónica, um termo de responsabilidade que deverá assinar e submeter de forma eletrónica.
 
null

4. Aguarde a validação

Após submeter o seu esboço, um técnico habilitado do BUPi irá proceder à sua validação.
 
 
 

Como localizar as suas propriedades

O processo é bastante simples. Basta preencher o formulário que lhe é apresentado e na altura de identificar as suas propriedades pode optar por duas formas:
 
 

Desenhe na plataforma

Indicado para titulares com facilidade em reconhecer a localização e o formato das suas propriedades num mapa. Se este é o seu caso, basta começar a desenhar.

Caso necessite de atendimento personalizado para localizar e desenhar o polígono da sua propriedade, dirija-se ao balcão do município onde se localiza a sua propriedade. Consulte os Balcões de atendimento BUPi aqui.

 

Carregue um ficheiro

Indicado para titulares que disponham de um levantamento topográfico com as coordenadas terreno ou numa ferramenta de desenho sobre mapas digitais cujos ficheiros estão nos formatos aceites (GPX, KML, TopoJSON e Shapefile com extensão *.zip).
Se este é o seu caso, basta fazer upload dos ficheiros a partir da ‘ferramenta de desenho’.

Encontre um técnico habilitado do município onde se localiza a sua propriedade.

Quem pode aderir ao BUPi?

bupi_web2021_como-funciona-icone-1

Proprietários

 

Podem aderir gratuitamente os titulares de propriedades localizadas em municípios aderentes ao BUPi – consulte aqui os municípios. A localização de propriedades pode ser efetuada pelo interessado, via online, ou num balcão BUPi, presencialmente, com um técnico habilitado. Caso efetue a localização e identifique os limites da sua propriedade online, o processo é encaminhado para um técnico, que verificará a conformidade da informação.

 

Porque deve registar?

  • Para garantir os seus direitos de propriedade. A inscrição dos terrenos nas finanças não é suficiente para garantir a proteção dos seus direitos de propriedade. Para isso precisa de fazer o registo na Conservatória do Registo Predial, que será gratuito ao apresentar a localização da sua propriedade, obtida através do BUPi.
  • Porque o registo na Conservatória é obrigatório quando se pretende comprar ou vender um terreno.
  • Para ajudar na gestão do território rural português, contribuindo para a prevenção de incêndios no nosso país.
  • Porque pode fazê-lo de forma gratuita, se apresentar a representação gráfica georreferenciada obtida através do BUPi, pelo período de 4 anos a contar da data de adesão do município ao BUPi.
 
 

Municípios

O conhecimento dos limites e da titularidade das propriedades é fundamental para que o município possa planear e gerir o seu território, assim garantindo a valorização e desenvolvimento sustentável destes e a qualidade de vida dos seus munícipes. Com o conhecimento adquirido, poderá ser criado mais valor para as comunidades.
 
 

Administração Pública

A colaboração entre entidades da Administração Pública vem permitir uma mais eficiente utilização e partilha da informação sobre o território, nos diferentes domínios, e o princípio “Only Once”, dispensado o Cidadão de apresentação de informação que a Administração Pública já dispõe. A disponibilização desta plataforma de interoperabilidade, assente num paradigma digital, vem ainda acelerar a criação de novas camadas de conhecimento na Administração Pública, capazes de criar melhor planeamento e gestão dos recursos do território.
 
 

Instituições Científicas, Ensino Superior e Empresas

A criação de sinergias entre instituições científicas e de ensino superior vem possibilitar um processo mais ágil de identificação do território, enriquecendo as bases de dados já existentes com novas camadas de diferentes tipologias de dados e criando novas fontes de informação. Paralelamente, o cruzamento de informação e o processamento de dados através de sistemas de inteligência artificial, permitirá extrair mais conhecimento sobre o território, gerando novas oportunidades económicas e mais emprego, nomeadamente nestes territórios, reduzindo assimetrias.
 

DUAS DE LETRA | Lourdes dos Anjos

Lourdes dos Anjos

 

SER PROFESSORA

Escrito numa madrugada de lágrimas,depois duma noite sem sono com uma
carta presa nas mãos e uma dor imensa na alma  ...
Antigamente, talvez há mais de duzentos anos, quando a minha carreira
ainda ia a meio, os alunos não tinham apoios psicológicos nem
pré-primária nem pais que os soubessem ensinar a fazer os trabalhos de
casa. Quando tinham dificuldades de aprendizagem, havia a palmatória,
as proibições de ir ao recreio, as palavras difíceis vinte vezes cada
uma e ainda os sermões paternais que ajudavam a missa docente.
Era assim tudo muito indecente naquele tempo de há quase dois séculos atrás…
Os filhos não eram principes nem princesas e os pais eram gente que
AMAVA mas sem saber conjugar  todas as formas desse verbo.
Quando a canalha não ia, nem assim nem de outra maneira, andava na
escola até aos 16 anos e depois ia para a costura, ia servir, para
qualquer profissão de segunda classe como aprendiz e, pronto, o futuro
era apenas só presente e triste. Neste rosário de “padres nossos”
fiquei com muitos amigos que hoje quase são da minha idade e me
ensinaram muitos segredos da pesca do sável, da matança da lampreia,
do jogo do pião, da forma de ajudar o parto das porcas e das ovelhas e
também como se faziam os temperos dos chouriços e a receitas de muitos
bolos tradicionais que os mais pobres inventavam de forma maravilhosa.
Uma dessas meninas, que deve ter hoje cerca de 50 anos, saiu da escola
com 15 anos bem avantajados, mal escrevia o seu nome mas fazia contas
de cabeça quase tão rapidamente como eu.
Para ganhar “alguma coisita” foi vender fruta pelas portas com a mãe,
e zangava-se muito sempre que a velha raposa enganava as freguesas com
o peso ou a qualidade das laranjas ou das maçãs. Também não percebia
porque raio a mãe teimava em vender muito artigo a quem pagava aos
soluços, ainda que lhe explicassem que se iam metendo pelo meio das
parcelas umas “croas” que davam para os juros da divida.
Não concordava, zangava-se, dizia uns quantos palavrões, vinha até
junto da sua professora pedir conselho e lá continuava a carregar a
sua cruz até ao calvário acompanhando a sua  velha mãe.
Dizia-me que gostava de ser “senhora sua“, ter um andar pequenino numa
rua onde ninguém a conhecesse, longe de todos os pobres como ela e
pronto…ser gente.
Muitas vezes a contrariei e muitas outras a ajudei a sonhar.
Um dia largou a giga da fruta e foi para a feira. Depois arranjou um
companheiro e fez um filho; depois ficou só com esse filho para criar.
Depois , se calhar proibiram-na de sonhar e depois…
Um dia encontrei-a numa esquina duvidosa de uma rua ruinosa da cidade.
 Fui ter com ela dei-lhe um abraço grande e ouvi, sem nada perguntar,
a minha menina dizer que estava ali porque esperava uma cunhada que
trabalhava num armazém das redondezas.
Fiz de conta que era verdade.
Fiz de conta que não percebi.
Fiz de conta que acreditei.
Dei-lhe outro abraço agora mais forte e não fui capaz de segurar umas
lágrimas atrevidas e azedas que se escaparam da cela dos meus olhos.
Muitos dias depois, na minha caixa do correio, tinha uma carta cheia
de erros, muitos erros, com letra de imprensa (a única que aprendera a
fazer e mal feita) dizendo que não perdoava o pecado de me ter feito
chorar e lhe tinha custado muito ver aquelas lágrimas enchendo o rosto
da professora que tanto admirava. A vida sempre lhe tinha dificultado
a tarefa de aprender a ler e a escrever na escola mas, muito
rapidamente, na rua, tinha - lhe ensinado como se acrescentava ao seu
nome, a azeda palavra “Puta!”.
E a sua professora nem teve vergonha de a abraçar ali naquela rua...
Hoje, não sei por onde anda, nada mais consegui saber dos seus
pesadelos e das suas raivas, mas tenho a certeza que vou levar comigo
o rosto da menina que queria ser mulher séria e caminhar por caminhos
largos e sem sombras, de mão dada com a alegria, sem cheiros de ervas
ruins nem sombras de vampiros.
Se calhar abril continua a ser um tempo de tempestade e eu também tenho culpa.
Hoje ainda me interrogo :"QUEM FALHOU, A MULHER OU A PROFESSORA?"
Talvez as duas e... quase vinte anos depois...  ainda não sou capaz de
passar naquela esquina da rua Barão de S. Cosme sem recordar a minha
aluna que queria apenas SER SENHORA SUA E TER UMA CASINHA NUMA RUA
ONDE NINGUÉM A CONHECESSE...

Lourdes Dos Anjos

#Baião | Desporto distrital | A.F Porto

317758740_496650499111087_6910915774604872144_n.jp

A AD, de Baião, deslocou-se a Paços de Sousa, e goleou  a equipa da casa por 0-7 , com golos de Jorge Costa (2), Henrique (3), Cavani (2), subindo assim ao 1º lugar isolado, mais 3 pontos que o GRD Rans.

Por sua vez o Ancede recebeu o Lodares e saíu derrotado por 1-2.

 

 

 

Classificação: 

class.png

 

Sociedade | Nacional | Compre na internet de forma segura!

A GNR aconselha: compre na internet de forma segura!

316823229_520506876785722_8793317874373808644_n.jp

Comprove que a loja online é segura, procure informações sobre a mesma na Internet, nomeadamente se dispõe de endereço físico, número de telefone, email e fax;
Assegure-se que na página web aparece identificado o responsável da loja online e a sua localização;
Desconfie sempre das ofertas demasiado atrativas, promoções imperdíveis e valores muito abaixo do mercado;
Certifique-se que o site adota medidas de segurança para garantir a privacidade dos seus dados;
Após a compra fique atento ao seu extrato bancário;
Tenha o seu computador com antivírus atualizado;
Faça compras em páginas seguras. Para efetuar esta verificação, confirme que o endereço começa por https://.