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BAIÃO CANAL - Jornal

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Museu do Aljube Resistência e Liberdade

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23 de abril de 1936, foi publicado o Decreto-Lei n.º 26.539 que cria a “colónia penal para presos políticos e sociais no Tarrafal”, na ilha de Santiago em Cabo Verde.
Também conhecido como “Campo da morte lenta”, a sua localização tinha como objetivo afastar os mais “problemáticos” e perigosos resistentes, e com as duras condições do clima e das más condições de encarceramento, demonstrar que a repressão seria levada ao extremo (maus tratos, torturas, trabalhos forçados, alimentação escassa e falta de assistência médica).
Esmeraldo Pais, o médico de serviço do campo, afirmou mesmo que “não estou aqui para curar, mas para assinar certidões de óbito”.
O Campo de Concentração do Tarrafal começou a funcionar em 29 de outubro de 1936, recebendo os primeiros 152 presos políticos.
O campo foi encerrado em 1954, tendo por lá passado 340 presos, e destes, 34 ali morreram. Seria reaberto em 14 de abril de 1961, para receber presos políticos dos movimentos de libertação de Angola, Guiné-Bissau e Cabo-Verde.
Os presos apenas seriam libertados a 1 de maio de 1974.
Fotografia aérea de 1937 do Campo de Concentração do Tarrafal. Foto de Omar Camilo, Lusa.
 

Desporto distrital | A.F Porto | Resultados e classificação

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A AD de Baião vence e aumenta vantagem em relação ao segundo e terceiro classificados, respetivamente Rans e Paços de Gaiolo. Perante uma bela moldura humana o Baião feve sempre o jogo controlado, tendo aberto o marcador num belo pontapé de Rui na marcação de livre direto. Na segunda parte Jorge confirmou a vitória num excelente cabeceamento. Por sua vez a AD de Ancede deslocou-se e perdeu em Soalhães por 0-2.

Resultados:

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 Classificação:

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OPERAÇÃO POLICIAL DE COMBATE AO TRÁFICO DE ESTUPEFACIENTES NO BAIRRO DA PASTELEIRA

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15 DETIDOS EM OPERAÇÃO POLICIAL DE COMBATE AO TRÁFICO DE ESTUPEFACIENTES NO BAIRRO DA PASTELEIRA
Foi desencadeada uma operação policial, que visou um grupo alargado de indivíduos que de forma organizada se dedicavam ao tráfico de estupefacientes nos Bairros da Pasteleira Nova e Pasteleira Velha.
Detenções:
- 9 homens
- 6 mulheres
Apreensão:
- 62.000 doses de Heroína, Cocaína, Haxixe e Anfetaminas
- 13.250 euros
- 5 armas de fogo
- Munições
- Armas brancas
- 4 veículos ligeiros de passageiros
- 2 motociclos
PSP - DIVISÃO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL – COMETPOR
Colaboração UEP – DT – EIRS

Lousada – Detido por tráfico de estupefacientes

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O Comando Territorial do Porto, através do Posto Territorial de Lousada, hoje, dia 21 de abril, deteve um homem de 47 anos, por tráfico de estupefacientes, no concelho de Lousada.
No âmbito de uma ação de fiscalização rodoviária, os militares da Guarda procederam à fiscalização de uma viatura. No decorrer da ação policial e após o ocupante ter manifestado um comportamento suspeito, foi efetuada uma revista pessoal de segurança da qual resultou a apreensão do seguinte material:
• 19 doses de cocaína;
• Oito doses de heroína;
• Um telemóvel;
• 172 euros em numerário.
No seguimento das diligências o detido foi constituído arguido e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Lousada.
 
 
 
 
 

Histórias avulso : Mais nada... | Jaime Froufe Andrade

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(A pandemia pôs-nos à espera do futuro. Parados pelo vírus, talvez seja tempo para percebermos o que deixámos para trás. É essa a proposta de Histórias avulso)
 
 

Mais nada...

O tempo tudo leva. Só as recordações ficam. Hoje, numa caminhada pela zona da Circunvalação, fronteira de terra e mar entre Porto e Matosinhos, recordei-me de um domingo que me deixou marcas. Andava pelos 17 anos e o Verão tinha acabado. Mas o mar chamava-me. Obediente, fui ao seu encontro. Manhã cedo, estava já preparado para o primeiro mergulho. 
 
Não fui o primeiro a chegar à praia. Um grupo de homens preparava-se para um jogo de futebol. O número de jogadores era pernão. Eu vinha mesmo a calhar para acertar a conta. Foi assim que dei início a uma esforçada carreira de jogador de futebol de praia. Acabara de ingressar, a custo zero, no glorioso Sport Enrola na Areia. 
 
Outros clubes também ali jogavam. Era o caso do Inter da Circunvalação ou do Barça da Areosa, mas nenhum tinha, obviamente, a nossa classe. Talvez só o Maré Vaza Futebol Clube, por quem sentíamos justificado ciúme.
 
A disciplina e o trabalho são a base do sucesso de qualquer equipa. No Sport Enrola na Areia os dois quesitos abundavam. Era tudo levado muito a sério. A época ia do início do Outono ao fim da Primavera e os jogos, com a duração de duas horas, começavam pontualmente às nove da manhã. 
 
Em escala rotativa, quatro jogadores compareciam meia hora antes para retirar da areia o lixo trazido pelas marés, fazer as marcações do campo e montar as balizas. Era num anexo do Caninhas Verdes, restaurante popular situado junto a um canavial em frente à praia, onde a bola e as balizas ficavam guardadas.
 
Para mim, jogar no Sport Enrola na Areia tratava-se de assunto da máxima importância. O domingo demorava sempre a chegar, tal a ânsia de entrar em campo. Mesmo assim, não posso dizer que sentisse amor à camisola, jogava em tronco nú, tal como os outros. Isso poderá até passar por vantagem. Mas resultava em pesadelo nos domingos invernosos, quando sobre nós desabavam impiedosas cargas de granizo. (Mais apropriado seria talvez dizer que choviam picaretas) De mãos na cabeça à laia de capacete, corríamos então para o mar. Cobertos de água até ao pescoço, era esse o modo de nos abrigarmos.
 
Esses domingos de intempérie obrigavam-me a ir de guarda-chuva para a praia. Findo o jogo e depois de um ou dois mergulhos, - o frio da água não dava para mais - não era fácil vestir a roupa que ficara guardada em sacos de plástico, com uma pedra a fazer peso, não fosse o vento pregar uma partida. No domingo seguinte, lá estava  eu de novo para deixar tudo em campo, tal como os outros. 
 
Faltar a um jogo era uma vergonha. Havia multas pesadas para quem cometesse falta tão grave. No final da época, o dinheiro dos infractores ajudava a custear um almoço de confraternização. Nem a doença servia de desculpa. Só se o atleta mostrasse atestado médico. 
 
O regulamento interno do clube previa apenas duas situações. Assim, estava escrito no dito regulamento: Só é permitida a não comparência do atleta a um jogo por morte de homem ou casamento de filha. Mais nada.

 

Jaime Froufe Andrade, Jornalista