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BAIÃO CANAL - Jornal

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OS PEQUENOS TAMBÉM SÃO GRANDES | Aníbal Styliano

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Futebol é outro mundo

O futebol é um tempo específico, no qual temos a sensaçãode dominar o mundo, o tempo, os adversários, exceto a bola que, por vezes, atrapalha um pouco…

A equipa pode ser considerada como um relógio.Mas só funciona bem se for um todo coerente: É a entidade máxima. O futebol evolui, com recuos, retrocessos e avanços.

O treinador, seja em que clube ou escalão for, respira futebol e o jogador também… até quando se diverte.

Por isso, o treinador, em função dos jogadores e do clube, define prioridades, um projeto de jogo: princípios básicos, movimentações, dinâmicas ofensivas e defensivas, estruturaçãoda equipa de forma coerente, para jogar como treina.

Uma equipa é sempre uma identidade, onde todos compreendem o que têm de fazer e por que razões, embora com margem para a criatividade que pode surgir a cada instante. Não pode haver distração: concentração absoluta, controlando emoções, confiança e sem receio de falhar, tudo tem de ser reforçado, treinado, com coerência e responsabilidade.

Não devemos perder a bola, nem podemos errar passes, mas acontece…

Agora o que nunca pode deixar de acontecer é procurar corrigir de imediato o erro (o meu ou do meu colega) defendendo de forma articulada, dificultando o adversário, com colaboração total e organizada.

Cumprir e colaborar, é sempre o caminho certo.Quando não se consegue, avisa-se. As substituições são para tentar novas soluções para superar um problema. Por isso, quem sai e quem entra compreende essas mexidas, com naturalidade.

Numa equipa, dentro do campo, no treino ou no jogo, não pode haver equívocos, relações de indiferença ou desatenções.

A mentalidade de jogador é trabalhar sempre com “garra”, com vontade e determinação. Mais tarde, em qualquer profissão após a fase de jogador, esses atributos definem competência.

Nunca protestar (com árbitro, colega, adversário, público…), falar sempre frontalmente, pensar na equipa, esclarecer dúvidas com o treinador. Superar as limitações, com treinos e exercícios específicos, acreditando que é possível fazer melhor…porque é mesmo.

Aumentar concentração, controlar ansiedade, sem correr riscos desnecessárias, aperfeiçoar movimentos, melhorar a relação com a bola e o entendimentos comos colegas. Uma peça do relógio, por mais pequena que for, pode ser a chave para o sucesso ou o insucesso. Por isso criar rotinas de sono, de tarefas, de alimentação e de estudo/trabalho.

Não há pressa, nem culpas, mas antes responsabilidade, atenção eesforço.

Todos são importantes, nas suas diferenças, desde que transformem a equipa no mais importante.O treino é a maior possibilidade para a inspiração. As rotinas o melhor caminho para o sucesso, porque criam aptidões de decisão, com confiança para vencer mais vezes…

Jogar bem dá menos trabalho do que jogar mal, mais alegrias e maior auto-estima.Para isso, há que treinar com atenção e perceber os objetivos de cada exercício. Disciplina é essencial. Nunca desperdiçar recursos, nunca discutircom equipas de arbitragem (ou outros), porque não são atitudes inteligentes: nunca ganham, só perdem e gastam paciência, concentração e nunca trazem benefício.

Os ouvidos, os olhos, os sentidos, devem estar programados para a equipa e para os treinadores, os colegas, a bola, a defesa da nossa baliza e para se conseguir construir situações de finalização na baliza adversária.

O golo como objetivomáximo compensa tudo e ilumina sorrisos.

 

Aníbal Styliano (Professor e Comentador)