A Câmara Municipal realizou, no MACC Baião, no dia 31 de janeiro, uma reunião com responsáveis por empresas de turismo do concelho – empreendimentos turísticos, alojamento local e animação turística –, com as participações da vereadora responsável pelo pelouro do Turismo, Anabela Cardoso, e do vereador dos Assuntos Económicos, José Lima, onde foram debatidas as questões ligadas ao setor, um dos mais dinâmicos do território.

O encontro, que acontece todos os anos, “é particularmente importante por que nos permite, não apenas fazer um balanço do setor, como também agilizar estratégias e debater ideias apontadas ao futuro do turismo no nosso concelho, um dos pilares de desenvolvimento de Baião”, explicou Anabela Cardoso, adiantando ainda que, ao longo do ano, o município promove encontros informais com cada um dos operadores e “monitoriza as carências e os anseios” apresentados.  

Também José Lima sublinhou o papel de âncora no desenvolvimento do município que o turismo representa, como setor que “desperta a envolvência do tecido económico, funcionando como impulsionador de ações e iniciativas que aportam riqueza e qualidade de vida para a nossa comunidade”, explicou.  O vereador elogiou a dinâmica empresarial dos agentes turísticos, e destacou o “excelente relacionamento com a autarquia, o espírito de confiança e colaboração, cujos resultados são visíveis, a bem do concelho e dos baionenses”, frisou.

EVOLUÇÃO POSITIVA DO TURISMO EM BAIÃO

Além do ponto de situação, com apresentação de dados estatísticos que denotam a evolução positiva do setor no concelho e no contexto sub-regional da NUT III Tâmega e Sousa, em que Baião está inserido, foram também apresentadas as linhas gerais do Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Destino Turístico do Município, onde estão vertidos os contributos dos operadores turísticos.

O documento apresenta ideias-chave que servem de base à estratégia, nomeadamente o “equilíbrio entre a tradição e a inovação”; a “preservação ambiental”; a “autenticidade”; a “qualidade da gastronomia e vinhos”; “atividades responsáveis”; “turismo de natureza”; “slow tourism”; “potenciação do capital natural e sociocultural”, “qualidade de vida”; “gentes acolhedoras”, entre outras.

Neste contexto, estão definidos objetivos com base em indicadores de desempenho económicos; sociais; ambientais; em atividades e processos – como a otimização da oferta de experiências em Baião -; em relacionamentos – no envolvimento ativo com os operadores de turismo -; criação de uma ambiência fiscal favorável à criação de negócios; e o investimento contínuo em infraestruturas públicas.

O Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Destino Turístico do Município aponta diversas prioridades estratégicas, como o “desenvolvimento e reforço de produtos e experiências” – com recurso ao património natural, cultural e gastronómico -; o marketing; a competência das pessoas – com formação no âmbito do atendimento aos turistas; aos empresários sobre sustentabilidade -; o incremento de sinalização turística; a promoção da economia circular; a atração de investimento e a definição de um Plano de Ação Plurianual – com a criação de um Conselho Municipal do Turismo, além de outras linhas de intervenção.

Foi também abordado e colocado à discussão dos presentes, o tema relativo à implementação de uma Taxa Turística Municipal. Os vereadores lembraram que o assunto está em discussão pública até ao dia 4 de março, e que os interessados devem pronunciar-se. A maioria dos responsáveis turísticos mostrou o seu desagrado face à medida, apontando o efeito negativo que poderá provocar na afluência de turistas ao concelho.