SAÚDE | Convenção Nacional de Saúde: Grupos prioritários na vacinação e listas de espera para cirurgia exigem “plano especial"
A Convenção Nacional de Saúde (CNS) alerta para o excesso de grupos prioritários na vacinação e defende a inclusão de grupos mais específicos, como os das doenças raras, que correm risco de vida.
Eurico Castro Alves, presidente da Convenção Nacional de Saúde e diretor do departamento de cirurgia do Centro Hospitalar Universitário do Porto, apela ao Governo para transmitir a confiança na vacinação, que admite estar a ser alvo de uma guerra comercial.
Refere ainda o presidente da CNS que o problema das listas de espera para cirurgia é bem mais grave do que se pensa, sugerindo que seja criada uma "task force", à semelhança do que aconteceu com o plano de vacinação e de testagem, para dar resposta à situação de “verdadeira emergência” que se vive.
A Convenção Nacional de Saúde manifesta também a sua preocupação com o agravamento da Saúde Mental dos cidadãos no contexto da Pandemia de COVID-19 que vivemos. Esta preocupação projetar-se-á no futuro, tendo em consideração as dificuldades que muitos cidadãos já enfrentam ou irão enfrentar: isolamento, preocupações com a saúde e o bem-estar próprio e dos familiares, medo de contágio, conflitos familiares e laborais, medo de perder ou mesmo perda de emprego e dificuldades financeiras, entre outras.
A tudo isto acresce o difícil acesso a cuidados de saúde. A pressão causada pelos doentes COVID-19 deixou sem cuidados adequados grande parte de doentes com outras patologias.
José Fragata, doutorado em Medicina e agregado em cirurgia, Vice-Reitor da Universidade NOVA de Lisboa defende que “o País merece soluções que centrem os cuidados nos doentes”.