Tarifas da água | Custos desiguais em todo o País | Em Baião paga-se a mais 173€ | Estudo DECO
Segundo um estudo da DECO, publicado no passado dia 02/02/2021, Portugal continua com métodos de cobrança de água, saneamento e resíduos muito diferentes e com disparidade de preço pronunciadas entre municípios, com os municípios da Trofa, Santo Tirso, Vila do Conde, Celorico de Basto, Gondomar e Baião (onde se paga a mais 173€) a liderar a lista dos concelhos com os preços mais elevados.
Constata-se por este estudo que, quando o consumo mensal aumenta, os preços disparam em muitas autarquias.
Numa viagem pelas autarquias e pelos 924 tarifários aplicados por todo o país, refere a DECO que o diagnóstico tende a repetir-se, tal como identificado em anos anteriores, de norte a sul, com as tarifas de abastecimento de água a manter-se mais elevadas nos municípios que realizaram contratos de concessão com entidades gestoras.
Este estudo foi desenhado tomando por base dois cenários: o consumo médio mensal de 10m3 e de 15 m3, que correspondem, respetivamente, a 120 m3 e a 180 m3 anuais, referindo a DECO que a utilização desta metodologia se deve ao facto de a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelecer como necessários 50 a 100 litros diários (entre 1500 e 3000 litros por mês) de água, por pessoa, para a satisfação das necessidades mais básicas. Desta forma, considera-se que uma família de três pessoas precisa de gastar, em média, 10 000 litros (10 m3) por mês para cobrir essas mesmas necessidades, o que, por ano, perfaz 120 metros cúbicos.
No caso do município de Baião os preços são os que se seguem, indicando o estudo que os baionenses estão a pagar a mais 173 euros.