Natércia Teixeira | “Não me esqueci de nada, mãe. Guardo a tua voz dentro de mim. E deixo-te as rosas.”
“Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.”
Do livro,
Os Amantes sem
Dinheiro (1950)
Eugénio de Andrade.
Comemora-se no nosso país, como é sabido, no próximo domingo o dia de homenagem à figura materna.
A comemoração remonta à Grécia antiga e às festividades do início da Primavera, comadoração formal à deusa Rhea, mãe dos deuses.
Popularizou-se nos Estados Unidos por iniciativa de uma mulher cujo objetivo seria homenagear a própria mãe, uma ativista que lutou no seu tempo pela criação de uma data de memoração pelas preocupações das mulheres/mães relativamente à mortalidade infantil e às condições dos feridos de guerra…” seus” filhos.
A idealizadora reconhecida da iniciativa, acabou ela própria por se desvincular do movimento quando se deu conta da desvirtuação dos objetivos e do crescente mercantilismo associado à data, passando mesmo a promover a abolição do feriado instituído à data.
Entre nós, sendo Portugal maioritariamente católico, foi definido o primeiro domingo de Maio, mês de Maria, mãe de Jesus, para comemoração do dia da Mãe.
Progenitora é por definição um elemento do sexo feminino que gera uma vida.
Mãe, excede definições.
Mãe ama...incondicionalmente.
Mãe cuida…protege…educa.
Mãe…vive com o coração fora do peito.
A minha consideração por todas que escolhem conscientemente a maternidade.
O meu respeito para aquelas que por opção ou força das circunstâncias, abraçam e levam adiante sozinhas, essa responsabilidade.
A minha admiração por todos que são “Mães de coração”.
Gratidão à minha:
Não esqueci de nada, Mãe!
Trago a tua voz dentro de mim…
Fui com as aves e deixei as rosas.
Mas nunca me perderei de ti… Mãe.
Natércia Teixeira