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BAIÃO CANAL - Jornal

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JSD | Era uma vez... a propaganda e o desenvolvimento

JSD

Não é preciso um grande esforço de memória para que, cada um de nós, facilmente recorde as correrias e os sprints dos autarcas socialistas de Baião em véspera de eleições. Sem saber muito bem qual a razão de fundo para tal, parece evidente, que já há muitas décadas esta pequena ideia de propaganda política, faz com que estes agentes acreditem que, na tentativa de mostrar obra aos eleitores a poucos meses das eleições, julguem que, nessa, também pequena bolha de pensamento, vão assegurar mais quatro anos de mandato.

Ora, permitam-me que o diga de forma muito direta e objetiva: hoje a obra que precisamos não é só de betão! Não são mais estradas, parqueamentos, ruelas alcatroadas ou obras cujo planeamento nem sequer atinge a mera nulidade.

O desenvolvimento anda de mãos dadas com o planeamento que, suportado em políticas públicas sustentáveis e estruturadas garantirá a qualquer região perseguir um sentido de futuro e de crescimento continuado. Será este um raciocínio tão penoso de atingir?

Utilizemos uma pequena fábula infantil para explica-lo, talvez, quem sabe, até permita aos nossos pequenos autarcas de Baião atingir esta que parece ser uma árdua fórmula de resolução. Olhemos para a história da lebre e da tartaruga: a primeira, arrancando com toda a vontade e determinação, acabou por adormecer, diga-se, na sombra, enquanto que a segunda, num ritmo firme, moderado e sério, acabou por ganhar a corrida. A política autárquica poderá ser analisada deste mesmo modo, uma vez que, aqueles municípios que arrancaram os seus mandatos com toda a exuberância e vigor, são aqueles que no presente dia, em total descontrolo, procuram cumprir aquelas que foram as suas promessas e os seus programas políticos.

Naturalmente, Baião não é exceção, sendo que a publicidade e a propaganda política estão presentes no dia a dia da autarquia. Aliás, entre vídeos, anúncios e pretensos instrumentos de medição, nem entre os cravos conseguimos ser poupados destas desafortunadas investidas.

No entanto, olhemos afinal para aquela que é a realidade efetiva e não apregoada ou publicitada por instrumentos camarários, cuja base estatística se encontra bem guardada nos cofres escondidos no largo do rato.

Repare-se que, nos últimos meses adensou-se a poeira no ar, as máquinas nas ruas, o alcatrão nas estradas e os paralelos nas calçadas, nesta efervescente agitação que tem levado Baião para as capas dos jornais, uma vez mais, pelas piores razões!

Não podemos ignorar que, numa das maiores freguesias do nosso concelho(Ancede), em plena luz do dia, se atropelam as regras, ignorando tramites legais e até, refira-se, se assiste a um claro desvio na estratégia de marketing político do Partido Socialista que, em manifesta incoerência de ação, se esquece que Baião é uma terra de vida natural. Ora, se assim o é, não nos esqueçamos de cumprir aquelas que são as regras e as normas de proteção ambiental. Afinal de contas, as nossas serras, os nossos rios e as nossas paisagens não podem servir apenas para vídeos publicitários,utilizados pelos nossos dirigentes nas ruelasda capital! Vejam o que está a acontecer com uma lixeira a céu aberto, patrocinada pela autarquia, onde plásticos, restos de obras e de limpezas de vias públicas são colocados alegremente no mesmo espaço.

Não basta dar uma voltinha boa para que tudo se resolva! É preciso estratégia, visão e, sobretudo,é necessário rejeitar comportamentos assentes no ego e nos interesses pessoais, substituindo-os por algo bem maior: o bem-estar dos baionenses!

Não queiramos ser a lebre desta história! Optemos pelo crescimento e pelo desenvolvimento, não pela propaganda e pela falácia!

 

Rui Pedro Pinto

Presidente da JSD Baião

 

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