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BAIÃO CANAL - Jornal

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EX-CHEFE DA GUARDA PRISIONAL DE PAÇOS DE FERREIRA CONDENADO A 13 ANOS DE PRISÃO

 

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O ex-chefe da Guarda Prisional de Paços de Ferreira foi condenado, nesta segunda-feira, a 13 anos de prisão, por tráfico de droga, branqueamento de capitais e corrupção (passiva).

O antigo responsável foi considerado o "correio de droga" para três reclusos do Estabelecimento Prisional entre 2012 e 2018, período durante o qual foi movimentada heroína, cocaína e haxice, além de dezenas de milhares de euros.

Os outros três cabecilhas da rede de tráfico foram condenados a penas entre sete e 12 anos pelos mesmos crimes, sendo a corrupção, no caso, ativa.

No total, foram a julgamento 21 arguidos, tendo seis sido absolvidos e os restantes sentenciados com penas menores.

Para o coletivo de juízes, presidido por Maria Judite Fonseca, ficou provado que o então chefe da guarda prisional José Coelho “serviu de correio de droga dos arguidos Joel Rodrigues, Mário Barros e José Oliveira, que, de forma autónoma”, se dedicavam à venda de cocaína, de haxixe, de heroína, de telemóveis e de outros bens ilícitos, no interior da cadeia de Paços de Ferreira, no distrito do Porto.

Pela introdução de “quilos” de estupefaciente e de bens ilegais no estabelecimento prisional, o ex-chefe da guarda prisional, de 62 anos e em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora, recebeu destes arguidos quantias monetárias, as quais não foi possível apurar.

No interior da prisão, os principais arguidos contavam depois com a “colaboração e a ajuda” de outros reclusos, igualmente arguidos no processo, na venda do estupefaciente e dos bens ilícitos a outros reclusos.

Na deliberação “unânime”, de quase 600 páginas, o coletivo de juízes foi particularmente crítico em relação à atuação do então guarda prisional.

Na leitura do acórdão, que decorreu num Pavilhão anexo ao Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, sob fortes medidas de segurança, o coletivo de juízes deu como provado a maioria dos factos constantes da acusação do Ministério Público e do despacho de pronúncia.

Fonte:

António Vieira/ com Lusa