AVISO À POPULAÇÃO AUTORIDADE NACIONAL DE EMERGÊNCIA E PROTEÇÃO CIVIL
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS ADVERSAS: PRECIPITAÇÃO PERSISTENTE, VENTO FORTE E AGITAÇÃO MARÍTIMA
MEDIDAS PREVENTIVAS
1. SITUAÇÃO
De acordo com a informação disponibilizada pelo IPMA, prevê-se um agravamento das condições meteorológicas (precipitação persistente, vento forte e agitação marítima) associado à tempestade KIRK (ex-furacão), destacando-se os seguintes aspetos:
− Precipitação persistente, por vezes forte, até ao final da manhã do dia 9 no Norte e Centro, com maiores acumulados nas zonas montanhosas do Minho.
− Vento de sudoeste, com rajadas até 95 km/h a norte do Cabo Mondego na madrugada/manhã do dia 9, sendo até 120 km/h nas terras altas do Norte e Centro;
− Ondas do quadrante oeste com 4 a 5 metros na costa ocidental, aumentando para 5 a 7 metros no dia 9.
Informação meteorológica em www.ipma.pt
Informação hidrológica
De acordo com as previsões do IPMA, os acumulados por bacias nas próximas 72H são mais expressivos nas bacias do Minho e Lima, Cávado, Ave e Paiva, Douro, Tâmega, Vouga e Mondego, podendo ocorrer variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis (incluindo zonas urbanas).
De acordo com a informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), podem ocorrer variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis:
− Bacia do Minho: aumento significativo das afluências, sem situações críticas;
− Bacia do Lima: aumento significativo das afluências com possibilidade de impacto nas povoações ribeirinhas, em especial em Ponte da Barca e Ponte de Lima.
− Bacia do Cávado: aumento significativo das afluências e possibilidade de impacto nas zonas ribeirinhas a jusante de Vilarinho das Furnas.
− Bacia do Douro: aumento significativo das afluências, incluindo na sub-bacia do Tâmega e rio Sousa, sem situações críticas.
− Bacia do Vouga: aumento significativo das afluências, em especial em Águeda.
− Bacia do Mondego: aumento significativo das afluências a Coimbra, principalmente
devido a contribuições de afluentes não controlados.
Informação hidrológica em www.apambiente.pt
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Os episódios típicos das estações de transição, com a ocorrência das primeiras chuvas, são propícios:
– À ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
– A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
– A originar instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do
solo;
– À contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais;
– Ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, e nas áreas afetadas pelos incêndios rurais, que ficaram sem coberto vegetal e com cinza acumulada à superfície, que funciona como uma matéria impermeável, mais expostas e vulneráveis à precipitação, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:
– Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
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– Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
– Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
– Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
– Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
– Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.