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BAIÃO CANAL - Jornal

BAIÃO CANAL - Jornal

Grândola inaugura museu dedicado à canção que se tornou senha da Revolução

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Segundo o município, o museu "conta a história do poema escrito por José Afonso que se transformou em canção e, 10 anos depois, na senha do 25 de Abril". O edifício tem “áreas de exposições, filmes, atividades interativas, um estúdio de gravação e um auditório que conta detalhadamente a história do poema”.

Francisco Carmona 

Palestra e concerto de órgão no Mosteiro de Pombeiro

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No próximo sábado, 5 de outubro, o coro alto do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro, em Felgueiras, acolhe dois eventos integrados na terceira edição do Festival de Música Antiga de Amarante.

Às 18 horas, Sónia Duarte, professora na Universidade Nova de Lisboa, realiza a palestra “Séculos de Histórias: O Barroco em diálogo com os cinco sentidos”.

Uma hora depois, Ricardo Toste, organista da Sé de Aveiro, protagoniza um concerto de órgão de tubos.

A entrada é livre, sujeita à lotação do espaço.

O Festival de Música Antiga de Amarante, que se prolonga até 19 de outubro, é organizado pelo Centro Cultural de Amarante Maria Amélia Laranjeira, com a parceria da Câmara Municipal de Amarante, do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, da Casa da Granja e da Santa Casa da Misericórdia de Amarante, e o apoio da DGARTES (Ministério da Cultura), Antena 2, Património Cultural, I.P., Câmara Municipal de Felgueiras e Rota do Românico.

A Rota do Românico é um projeto turístico-cultural, que reúne 58 monumentos e três centros de interpretação, distribuídos por 12 municípios: Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende.

As principais áreas de intervenção da Rota do Românico abrangem a investigação científica, a conservação do património, a dinamização cultural, a educação patrimonial e a promoção turística.

3 lugares 3 filmes 3 conversas Ciclo dedicado ao realizador Tiago Pereira

Casa Comum | 04, 11 e 16 de outubro de 2024 | 21:00

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A 5.ª edição do ciclo 3 lugares 3 filmes 3 conversas regressa à Casa Comum, a partir do dia 4 de outubro. Promovido pelo NEFUP – Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto, em parceria com a Casa Comum, este ciclo de cinema documental pretende refletir sobre dicotomias caras a quem se interessa por etnografia: rural versus urbano, transmissão oral e geracional versus recolha e registo, tradição versus contemporaneidade, utopia versus realidade. Em cada sessão, a conversa pós-documentário tem como convidados personalidades de campos muito diversos, que se servem da realidade retratada para pensar as dicotomias já referidas.
Nesta 5.ª edição, o ciclo centra-se no olhar e na obra de Tiago Pereira.
Realizador, documentarista, radialista e visualista, Tiago Pereira tem promovido e divulgado a música portuguesa em várias direções, como mentor e diretor do projeto "A música portuguesa a gostar dela própria". Enquanto ativista e defensor da memória coletiva e da tradição oral, realizou filmes, séries documentais, programas de rádio, programação musical e de eventos sobre o tema da cultura popular. Tem como principal objetivo a procura de outra música, mais amadora e pouco divulgada, mais concentrada na interpretação e nas pessoas do que no seu repertório ou no seu estudo, para que depois essas gravações possam ser disponibilizadas publicamente.
Neste ciclo, são apresentados 3 documentários com temáticas muito diversas, embora a sua base estrutural assente, sempre, no seu projeto maior, a MPAGDP.
No dia 4 de outubro, o ciclo inicia-se com A volta a Arouca em 80 vozes. Neste documentário, Tiago Pereira foca o seu olhar nas pessoas e vozes que interpretam, ainda hoje, as cantas e os cramóis típicos do concelho de Arouca, enquadrando-as na beleza agreste e natural das montanhas e vales da região e no quotidiano das suas vidas. Para a conversa, são convidadas Ana Cristina Martins, coordenadora do Museu Municipal de Arouca, que acompanhou Tiago Pereira nesta “volta musical” e se dedica à salvaguarda do património cultural do concelho, bem como as Cantadeiras de Cabreiros, digníssimas representantes do canto a vozes, que nos brindarão com algum do seu repertório.
Porque não sou o Giacometti do século XXI, a 11 de outubro, centra-se na autorreflexão sobre o trabalho que Tiago Pereira desenvolve, procurando respostas para algumas questões pessoais: os motivos para dedicar a sua vida ao projeto da MPAGDP, a sua relação com as pessoas que contacta e grava, as distinções entre o seu trabalho e o da pesquisa científica, o significado de tradição e contemporaneidade,… Tiago Pereira estará presente para conversar sobre o filme e a sua obra e sobre as questões que esta convoca.
O 5.º ciclo 3 lugares, 3 filmes, 3 conversas termina, a 16 de outubro, com a exibição do filme Onde está o Zeca?, uma produção deste ano, em que Tiago Pereira procura escutar os autores e autoras musicais que cantam e criam sentidos, geram emoções e, de algum modo, fazem política, ao retratar os seus contextos e as suas convicções, a partir de duas ideias centrais: Onde está o Zeca? Onde estamos nós? Para a conversa, o convidado é o músico Jorge Prendas, que, com base na sua experiência, refletirá sobre o impacto da música e das artes na mudança do mundo e da(s) vida(s) humana(s).
A entrada é livre até à lotação da sala.

Histórias avulso | Jaime Froufe Andrade | O homem do fato de cotim

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O problema para o Marques Pinto, naquela tarde outonal, era a crónica. Deixara esgotar o prazo de entrega. Agora, a edição do dia de O Primeiro de Janeiro estava à espera do texto. Ele, ao contrário de outras vezes em que isso lhe sucedera, estava seco, sem ideias. Tinha de arranjar um tema o mais depressa possível. 

 

Assuntos não faltavam a este jornalista de boa memória, profissional completo, de escrita rápida, profícua, e um dos fundadores do CFJ, cooperativa de formação de jornalistas. Mas faltava-lhe tempo para, na escrita da crónica, poder jogar com as palavras até conseguir driblar a censura. Decidiu-se por uma lírico-vegetal, expressão usada na gíria para nomear crónicas inócuas, quase sempre à volta dos encantos da natureza, de flores, pássaros, fios de água…. Então, o detentor da carteira profissional nº 11, o escritor de um livro policial, o criador da revista Medalha, com a Numismática por tema exclusivo, saiu para a rua à procura de inspiração.

 

De olhos atentos e ouvidos alerta, deambulou pela baixa portuense, na expectativa de ver uma cena, de ouvir uma ponta de conversa a que se pudesse agarrar, lembro-me de assim ele me dizer.

 

Tanto procurou que encontrou. Foi na Praça Carlos Alberto. Viu um operário que, em contraste com a pressa dos transeuntes, especado, olhava fascinado para a copa das árvores daquela praceta ajardinada. Casaco e calças de cotim, boina na cabeça, lancheira na mão, grosso guarda-chuva pendurado na gola do casaco, este o modo como o Marques Pinto me descreveu o homem que não tirava os olhos das alturas. 

 

A cena tocou o jornalista, puxou-o para o lado da ternura. Havia ali, sem dúvida, motivo para uma crónica lirico-vegetal. Entretanto, o operário mantinha-se de nariz apontado ao céu, a observar uma chusma de pardais ruidosos que se preparavam para a pernoita. Aproximei-me, meti conversa, e ele nada, nem sequer me olhou, sempre de olhos postos na passarada. 

 

Marques Pinto, sensibilizado, continuou a falar-lhe. Partilhava com aquele desconhecido a emoção causada por aquele quadro que a natureza ali colocara diante dos dois, ambos, certamente, a ferver de ternura perante o esvoaçar de tanto passarinho inocente…

 

O homem do fato de cotim acabou finalmente por reagir. Voltou-se para o Marques Pinto, disse-lhe: Era mas é uma mexa de enxofre… botá-los todos abaixo… carago...Que rica arrozada no domingo... 

Jaime Froufe Andrade: Jornalista, escritor

Como veio é como vai! Roubado ao Francisco Chico da Emilinha | HABITUALMENTE

 

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Num dia não ando mais do que dois kms, e aos poucos, coisas das ancas aliadas a vários nódulos pelo corpo que se vão combatendo uns aos outros,
Acontece que um AMIGO me convida para ouvir uma palestra, coisa que me deixou atrapalhado.
Outro AMIGO manda mensagem, indagando se lá podia ir por volta das 17:00 h.,,,,
A resposta foi um LAMENTO MAS NÃO POSSO.
Perto da hora da palestra pensei, esta gajo merece que lá vá, ainda por cima era o TI GERMANO ( conhecedor do PORTO e GAIA, e mais sei lá eu o quê.)
Enchi-me de peito, esvaziei os pensamentos que me atormentam – e não parece – e lá fui eu.
Primeiro enganei-me no sítio, andei a descer e subir escadas na ena Pra.t Salvador Caetano - General Torres, lembrei-me que era Praceta 25 de Abril e toca a subir a Avenida.
Desastradamente não levei os amplificadores de som e o GRANDE GERMANO, fala muito baixo, mas anda pra caralho, resisti algum tempo e decidi ir ter com o outro AMIGO.
Entro na UNICEPE a tempo de ouvir vários POEMAS e falatórios sobre o autor. Só não comprei os livros porque o olho direito já não vê e é-me complicado estar a ler, sem chorar dos dois olhos, ora o que ouvia ERA DE ANDAR AOS TOMBOS .
Tenho ideia que conheço a “PEÇA” de algum lado, mas a cabeça não se lembra, de uma coisa tenho a certeza, quem gostar de POESIA e não tiver os livros do homem, (a UNICEPE tem) não sabe o que perde, mas perde mesmo muito…. Uma chapelada ao JOÃO HABITUALMENTE……………….

Museu do Aljube Resistência e Liberdade

Visita orientada com Audiodescrição (AD)

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 Museu do Aljube Resistência e Liberdade» 12 OUT - SÁB, 10H30

No dia 12 de outubro pelas 10h30, acontecerá mais uma visita orientada à exposição de longa duração do museu, desta vez com audiodescrição, dirigida também a pessoas cegas e com baixa visão.
Esta visita será apresentada por duas pessoas, uma mediadora e uma audiodescritora, que irão apresentar diferentes peças e espaços do museu com vista a uma maior acessibilidade.
Participa!
Duração aproximada: 1h
Entrada livre

 

Inscrições: inscricoes@museudoaljube.pt