A Campanha de Segurança Rodoviária “Ao volante, o telemóvel pode esperar”, da responsabilidade
da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), da Guarda Nacional Republicana (GNR) e
da Polícia de Segurança Pública (PSP), decorreu entre os dias 7 e 13 de maio e teve como objetivo
alertar os condutores para as consequências negativas e mesmo fatais do uso indevido do telemóvel
durante a condução.
Esta campanha contou, uma vez mais, com a participação dos serviços das administrações regionais
dos Açores e da Madeira na realização de ações de sensibilização, complementando o trabalho de
fiscalização que tem sido realizado pelos comandos Regionais da PSP.
Inserida no Plano Nacional de Fiscalização (PNF) de 2024, a campanha foi divulgada nos meios
digitais e através de cinco ações de sensibilização da ANSR, realizadas em simultâneo com as
operações de fiscalização levadas a cabo pela GNR e pela PSP, em Alenquer, Almodôvar, Évora,
Portalegre e Portimão. Idênticas ações ocorreram nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Na campanha “Ao volante, o telemóvel pode esperar” foram sensibilizados 516 condutores e
passageiros, a quem foram transmitidas as seguintes mensagens:
• Os condutores que utilizam o telemóvel durante a condução são mais lentos a reconhecer e
a reagir a perigos;
• A distração ocorre quando duas tarefas mentais, conduzir e utilizar o telemóvel, são
executadas ao mesmo tempo, o que provoca lapsos de atenção e erros de avaliação;
• O uso de aparelhos eletrónicos durante a condução causa dificuldade na interpretação da
sinalização e desrespeito pelas regras de cedência de passagem, designadamente em
relação aos peões.
Durante as operações das Forças de Segurança no âmbito desta campanha, realizadas entre os dias
7 e 13 de maio, foram fiscalizados em controlo de velocidade por radar 4,6 milhões de veículos, 4,4
milhões dos quais pelo SINCRO – Sistema Nacional de Controlo de Velocidade, da responsabilidade
da ANSR.
Em termos de fiscalização presencial, as Forças de Segurança procederam à fiscalização de 50,3 mil
veículos.
Do total de 4,6 milhões de veículos fiscalizados durante a campanha, registaram-se 22,6 mil
infrações.
Nesta campanha, registou-se um total de 2.732 acidentes, de que resultaram 10 vítimas mortais, 57
feridos graves e 886 feridos leves.
Relativamente ao período homólogo de 2023, verificaram-se menos 22 acidentes, mais 4 vítimas
mortais, mais 11 feridos graves e menos 8 feridos leves.
As 10 vítimas mortais, 9 do género masculino e 1 do género feminino, tinham idades compreendidas
entre os 29 e os 92 anos.
Os acidentes com vítimas mortais ocorreram nos distritos de Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa
(3), Setúbal, Évora e Beja.
Estes acidentes consistiram em 4 colisões (envolvendo 6 veículos ligeiros, 4 motociclos e 1
velocípede), 3 despistes (envolvendo 2 motociclos e 1 veículo ligeiro) e 3 atropelamentos
(envolvendo 2 veículos pesados e 1 veículo ligeiro).
Os acidentes acima descritos ocorreram em 5 arruamentos, 3 estradas nacionais, 1 autoestrada e 1
itinerário complementar.
Esta foi a quinta das 12 campanhas de sensibilização e de fiscalização planeadas no âmbito do PNF
de 2024. Até ao final do ano serão realizadas mais sete campanhas, uma por mês, com ações de
sensibilização e de fiscalização.
As campanhas inseridas nos planos nacionais de fiscalização são realizadas pela ANSR, GNR e PSP,
desde 2020, com temáticas definidas com base nas recomendações europeias estabelecidas para
cada um dos anos.
O PNF de 2023 consagrou como prioritários os temas: Velocidade, Álcool, Acessórios de segurança e
Telemóvel. Relativamente a 2024, para além dos quatro temas acima referidos, foi ainda adicionado
um novo capítulo sobre a fiscalização dos veículos de duas rodas a motor.
Das cinco campanhas que decorreram este ano, foram realizadas 21 ações, durante as quais mais de
2.320 pessoas foram sensibilizadas presencialmente. Quanto a ações de fiscalização, o número de
condutores fiscalizados presencialmente foi de 262,5 mil, enquanto cerca de 17,5 milhões de
veículos foram fiscalizados por radar.
A sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser
evitadas através da adoção de comportamentos seguros na estrada.