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BAIÃO CANAL - Jornal

BAIÃO CANAL - Jornal

Mais uma vez roubado ao Francisco Chico da Emilinha

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E NUM TIRO ! ! !

Certa vez um miúdo resmungava com o Pai, que meu Amigo era, e é, queria um chocolate, como o Pai lhe dizia que não o catraio atira-lhe com um VOU CHORAR, respondendo o PAI, OK então CHORA !
O Chavalo que era fresco, ainda é felizmente, afinou, bateu com um pé no chão e atira . – E NUM CHORO ! ! !
Lembrei-me do episódio e já lá vão uns anos, pelo que me aconteceu no “parque de estacionamento” das maleitas, no velhinho ( mais sou eu ) Hospital de Gaia.
Tinha uma entrevista marcada e à hora lá vou falar com o SE DÓTOR, que me diz:
- Sais, viras à direita ( nunca esperei o semelhante, fiquei logo agoniado ) e esperas que te chamem junto da segunda porta.
Não demorou muito lá me chamam, dizendo-me o enfermeiro:
- Pode-se sentar na MARQUESA ( Não… Não era a que batia com elas em cima da mesa )
Perguntei-lhe logo se me podia deitar, visto ter como lema---- Nunca estar de pé, se puder estar sentado, nem sentado se puder estar deitado - - - ao que ele disse que sim, esteja à vontade.
Nisto entra o SE DOTOR e todo lampeiro e a matar manda:
- ORA VAMOS LÁ A ISSO ! ! !
Aqui o enfermeiro, que estava a preparar o que não sei eu, diz para mim:
- TIRE AS CALÇAS, SE FAZ O FAVOR ! Teve como resposta:
- E NUM TIRO ! ! !
O rapaz continuava de costas a tratar do que me era destinado e insiste:
- TIRE LÁ AS CALÇAS ! !
Respondi na mesma:
- E NUM TIRO ! !
Ficou logo por ali a cena, pois o SE DOTOR logo percebeu, dizendo com um sorriso:
- O homem está de CALÇÕES ! ! !
OK PRONTOS eu tiro os CALÇÕES, dizendo o SE DÓTOR:
- Não precisa de tirar as cuecas ! !
Aqui ri-me eu, pois como os Calções eram umas calças de ganga que cortei, I(ficou uma perna maior do que a outra, mas não há crise, pois tenho umas pernas LINDAS e ninguém nota) já há uns tempos, foram mais uns tempos atrás em com as de ganga não andava de ECAS, mas andava com o cu e continuo a andar.
VIRE-SE PARA LÁ E FIQUE DE LADO - diz o MAIOR
Aqui a coisa não me agradou lá muito, pois estavam já dois gajos atrás de mim e eu nem os via, de hoje em dia todo o cuidado é pouco , num me pus a adivinhar como a senhora do Napoleão, até porque por ali não havia sabonetes, nem eu me estava a abaixar, mas que carago, para não dizer caralho, pois há quem borre a pintura toda ao querer dizer uma coisa e disfarce muito mal dizendo outra que quer dizer o mesmo, que não queria dizer mas disse, he he .
Senti uma picadela de ladeiro, um estremecer, por o gajo não me ter avisado, num se ponham já com merdas e a coisa lá se correu sem problemas.
Vais tomar este anti-inflamatÓro que também é Analgésico ( deve ter a BER com as NALGAS), aí dois a três dias e de 12 em 12 horas, logo à noite, põem gelo. Perante o tom tão afirmativo acatei as ordens e vim embora, faço tal qual o HOMEM que deve saber me disse.
Não me dói nadinha na ANCA direita, mas ficou a ideia que dói mais a esquerda, antes era equilibrado, doía dos dois ladeiros, mas em Outubro vou ter o mesmo tratamento na esquerda, até é melhor pois pelo que recebi hoje pelo correio, dei por ela que é já depois das eleições e oxalá a esquerda não precise de nenhuma INFILTRAÇÃO – da droga que me enfiaram, para se aguentar de PÉ !
É que dantes os gajos do pontapé na bogalha, levavam desta merda e ficavam finos, embora hoje e passados anos, andem todos fodidos das articulações, mas se comigo se aguentar mais uns anos sem dores, já é fixe, num jogo, mas ao menos poderei andar na BOA.
OXALÁ E OXACÁ
Chico da Emilinha

Eduardo Roseira | A MALDIÇÃO DOS TELEMÓVEIS

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Toca o telemóvel, são quase duas horas da manhã, coisa rara, eu dificilmente tenho o “télélé” ligado a tal hora.
Olho para o visor – número desconhecido – não atendo porque desde sempre tenho por costume não o fazer, pois não dou ouvidos a pessoas que se escondem no anonimato.
O “anónimo”, (aquela hora não devia ser um vendedor?), volta a insistir por mais duas vezes – Irra que é chato! – penso para comigo – Não estranho de quem seja a chamada, pois todos os meus amigos e familiares sabem bem que não atendo quando surge – número desconhecido – no visor, portanto posso ir dormir descansado.

Já é Sábado, amanhã não trabalho e só volto a fazê-lo daqui por oito dias – féééérias – ah!, coisa boa, descanso e mais descanso, e para que ninguém me aborreça desligo o telemóvel, férias são férias.

Durmo até tarde, a única coisa que tenho em que pensar, além de preparar o saco de viagem, é para onde hei-de ir nestes próximos dias. A escolha é fácil, ou seja, vou para perto porque os euros são poucos para a viagem, quanto ao resto é ir até à praia e entreter-me com a leitura de poesia e uma ou outra revista de viagens com paisagens paradisíacas… e sonhar…sonhar…sonhar.
Por falar em viagem e sonho, já me contentava com uma ida a Paris, só que o que se gasta na passagem de ida e volta, dá-me para uns bons dias de férias por cá, no campismo….
Revejo mais uma vez o saldo bancário e decido que amanhã bem cedo parto de viagem e vou acampar em Vila Nova de Mil Fontes, está decidido!
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Já Domingo,acordo às seis horas da manhã, hora de partir para o meu destino, como estou de férias e nunca fui “escravo” do telemóvel só o volto a ligar nesse momento.
- Ena!? – tenho o aviso de seis chamadas não atendidas, do – número desconhecido – e um SMS que dizia o seguinte:
- “Migo, tenho um n.º de tlm novo- 960 123 321. LigueiéneXs – parto pra paris às 5 da manhã, volto dentro 5 dias. Keres vir, dou-te boleia. Ficamos em casa do meu irmão. Liga-me, bjs, lena”........

eduardo roseira