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BAIÃO CANAL - Jornal

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BAIÃO | Autárquicas 2021 | Paulo Portela dirige-se aos baionenses antes da tomada de posse que ocorre este sábado

PSD Baião Paulo Portela 2021.jpegCaras e caros baioneses
Pela primeira vez, desde que decorreram as eleições autárquicas, me dirijo a vós.
Espero que estejam de boa saúde e de bem com as vossas vidas.
A primeira palavra é para agradecer.
Agradecer a todos aqueles que participaram no ato eleitoral, que saíram de casa, participaram e cumpriram com o seu dever cívico que é votar.
A segunda palavra é para o Partido que ganhou as eleições.
Já o fiz em privado ao seu mais alto responsável concelhio, mas faço-o, novamente, de forma pública,
desejando os maiores sucessos, até porque o seu sucesso será o de Baião e o de todos nós.
Depois, quero agradecer a todos aqueles que votaram em nós, que nos deram a sua confiança.
A confiança para sermos, nos próximos quatro anos, a oposição que Baião precisa.
E é especialmente para todos quantos confiaram neste projeto, que quero desde já informar que irei tomar posse sábado dia 16 outubro, assim como a minha colega e companheira de missão Célia Azevedo, para as funções para as quais os Baioneses nos elegeram.
É assim que sabemos estar na vida pública e só em situações muito excecionais não o faríamos.
Quem nos conhece e quem em nós confiou sabe que honramos os nossos compromissos.
Obviamente que o resultado obtido não foi o resultado desejado, nem sequer aquele que eu e todos estávamos à espera, mas em democracia o povo é quem manda, é quem faz as escolhas, é quem decide os destinos de uma freguesia, um concelho, um País.
Mas não podemos nem devemos ignorar os números destas eleições autárquicas.
Números que revelam não só o crescimento do PSD, mas também, uma progressiva perda de confiança dos Baionenses no partido que está no poder.
Estas eleições autárquicas, para esta coligação “Com Determinação por Baião”, tinham em discussão alguns motivos fundamentais pelos quais nos batemos e que são sobejamente conhecidos pelos baioneses, porque fizemos questão de os partilhar com todos ao longos destes últimos meses.
Quando nos propusemos com a nossa candidatura, para sermos alternativa ao anterior e futuro executivo socialista, tínhamos dois objetivos:


O primeiro, um projeto para Baião: queríamos e queremos que o concelho fosse e seja, uma referência regional e nacional.
Desde que se faça diferente mais e melhor! Para isso basta ter visão, ambição, sonhos concretizáveis e livres de interesses pessoais, promessas e compadrios.


Colocar as pessoas em primeiro lugar.
Porque todos os baioneses são iguais.
Foi por este lema que nos batemos tão intensamente. As pessoas primeiro acima de tudo e de todas coisas.
Queríamos - e queremos - no futuro fixar os nossos jovens em Baião, atraindo inclusive os que já estão fora.
Queremos garantir melhores condições de vida aos nossos idosos.
Queremos melhorar com outras dinâmicas e ofertas sociais as condições de vida de quem reside no nosso concelho, captando inclusive pessoas de fora para virem viver para Baião.
Queremos criar condições para que as nossa empresas sediadas em Baião cresçam, criando assim postos de trabalho.
Queremos um concelho socialmente e economicamente muito mais desenvolvido e atrativo.


Acreditamos e temos a certeza que tudo isto é possível desde que haja vontade e capacidade de inovar fazer diferente mais e melhor.
Tínhamos outro objetivo: Contribuir para credibilizar a política.
Os políticos, classe na qual me incluo, hoje têm muita falta de credibilidade, por isso a taxa de abstenção é enorme, e embora Baião tenha estado a abaixo da média nacional nestas eleições, há um caminho longo a percorrer, de encontro dos políticos com os eleitores.
Tentamos credibilizar a política ao longo da nossa campanha eleitoral com várias atitudes que tomamos e que acreditamos e continuamos a acreditar que credibilizam a política.
Por opção própria, não quisemos funcionários da autarquia nas nossas listas.
Não por questionarmos o seu valor, longe disso, mas porque entendemos que devíamos preservar a sua independência e deixá-los fazer o trabalho para o qual foram contratados, servir os cidadãos de forma exemplar.
Para eles, uma palavra especial, principalmente para aqueles que embora tenham opção política o que é ótimo, não a manifestaram mantendo sempre intacta a sua independência.
Não quisemos ter connosco dirigentes de qualquer direção de associação, IPSS ou instituição pública do concelho, para que as mesmas estivessem livres para desenvolver a sua atividade de forma desprendida.
São estas entidades que fazem mover o concelho e por isso têm que estar de forma livre e espontânea, sem estarem sujeitas ao poder político.
Tendo nós a certeza de que os dirigentes que se envolveram de alguma forma no projeto político vencedor do partido socialista têm agora uma responsabilidade acrescida perante os associados das instituições que fazem parte.
Na nossa campanha, não fizemos promessas vagas e que sabíamos, não iríamos poder cumprir.
Não prometemos empregos, favores ou obras, nem tão pouco exercemos qualquer tipo de pressão ou chantagem para conseguir que os baionenses que fizessem parte das nossas listas.
Quem participou nas nossas listas, é livre, politicamente, são pessoas que não devem nada a ninguém e que estão hoje disponíveis para fazerem o que entenderem, e isso é o meu maior motivo de orgulho.
A principal meta que nos propusemos alcançar, ganhar as eleições, não conseguimos.
A maioria dos baionenses fez a sua escolha e votaram inequivocamente noutro projeto político.
Agora, temos o dever, enquanto oposição, de fiscalizar e de fazer com que seja cumprido por aqueles que obtiveram resultados positivos e foram eleitos para governar o nosso concelho, as suas promessas eleitorais.
No que diz respeito à credibilização da política vamos ter as mesmas opções:
Não pressionar, não prometer, não fazer o que entendemos não ser correto na vida pública.
Vamos fiscalizar o projeto mais votado, as medidas, as promessas, denunciar o que entendemos não ser correto na atividade de governação de qualquer dos órgãos autárquicos bem como todas as atitudes ou factos que achamos serem eticamente reprováveis… é esse o dever da oposição.
Tenham os baionenses presentes que vamos ser uma oposição séria.
Não vamos criar obstáculos à governação e à implementação de medidas que o projeto político que ganhou as eleições se comprometeu implementar, mas iremos estar atentos às movimentações aquilo que entendemos que devemos denunciar… mesmo enquanto oposição, iremos fazer diferente mais e melhor.
Enquanto tivermos esta forma de estar na política, desprendida, sem interesses pessoais, é assim que vamos fazer.
O nosso projeto de credibilizar a política não foi o escolhido, é certo, mas a democracia permite-nos poder continuar a denunciar, elogiar, discordar, concordar…
Mas temos todos ter que ter a noção que se os políticos falham, não cumprem promessas, está ao alcance de cada um poder mudar e exigir a mudança e a credibilização.
Contudo, considero que para além dos políticos, também os cidadãos, terão de mostrar coerência e verticalidade nas suas opiniões.
Muitos foram aqueles que nos últimos anos manifestaram desânimo e desacordo com o poder instituído, fazendo-o até em locais públicos com comentários que muitas vezes roçavam a deselegância e o insulto, a quem liderava a governação do nosso concelho.
E desses, percebemos que foram muitos também os que na hora das eleições, marcaram presença em listas políticas ou de apoio aos que até ali, tanto criticavam, colocando talvez os seus interesses pessoais acima dos interesses do nosso concelho e da Sociedade da qual fazem parte.
Demonstrando que afinal tudo está bem e que a mudança não é bem-vinda.
Como referi, para que o nosso concelho e a nossa Sociedade evolua não podemos exigir apenas aos Políticos credibilidade e honestidade.
Também a nós Cidadãos se exige coerência, personalidade e verticalidade quer nas nossas opiniões quer nas nossas exigências e atitudes.


Caras e Caros Baionenses,
Pessoalmente, continuarei a fazer a minha vida profissional da forma como me sempre me conheceram.
Com muita intensidade e inovação.
Continuarei ativo na vida pública e onde achar que devo intervir, vou intervir.
Continuarei a dizer o que penso, de forma livre.
Contem comigo, contem connosco.
Estaremos disponíveis para ouvir e acolher quem quiser estar connosco.
Continuaremos sempre com as mesmas convicções:
“AS PESSOAS SÃO O MAIOR PATRIMÓNIO DA VIDA”
E QUE
“NÃO HÁ DEMOCRACIA SEM LIBERDADE E RESPONSABILIDADE EM TUDO O QUE FAZEMOS NA VIDA”
OBRIGADO E FELICIDADES PARA TODOS