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BAIÃO CANAL - Jornal

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Trova e Canção com lágrimas| Recordar Adriano Correia de Oliveira (9/04/1942 - 16/10/1982)

Em tempos de servidão

Há sempre alguém que resiste

Há sempre alguém que diz não.
Centro Artístico Cultural e Desportivo Adriano Correia de Oliveira - 照片|  Facebook

Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira foi um dos trovadores da Liberdade e uma das grandes referências da música de intervenção e do Fado de Coimbra. 

Nasceu no Porto no dia 9 de Abril de 1942 e faleceu aos 40 anos, em Avintes, no dia 16 de Outubro de 1982.

Criado numa família profundamente católica, a infância de Adriano Correia de Oliveira é marcada pelo ambiente que descreverá mais tarde como «marcadamente rural, entre videiras, cães domésticos e belas alamedas arborizadas com vista para o rio [Douro]».

Teve uma intença participação no meio cultural e desportivo ligado à Academia de Coimbra. Viveu na Real República Ras-Teparta, foi solista no Orfeon Académico, membro do Grupo Universitário de Danças e Cantares, ator no CITAC, guitarrista no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica e jogador de voleibol na Briosa.Adriano Correia de Oliveira 1942-1982 - Livro - WOOK

Na década de 1960 adere ao PCP e envolve-se nas greves académicas de 1962, contra o salazarismo. Nesse ano foi candidato à Associação Académica de Coimbra, numa lista apoiada pelo MUD.

Data de 1963 o seu primeiro EP, Fados de Coimbra. Acompanhado por António Portugal e Rui Pato. O álbum continha a interpretação de Trova do vento que passa, poema de Manuel Alegre, que se tornaria uma espécie de hino da resistência dos estudantes à ditadura.

Em 1967 gravou o album Adriano Correia de Oliveira, que, entre outras canções, tinha Canção com lágrimas.

Chamado a cumprir o Serviço Militar, em 1967, Adriano Correia de Oliveira ficaria a uma disciplina de se formar em Direito.

Em 1969 vê editado o álbum O Canto e as Armas, revelando, de novo, vários poemas de Manuel Alegre. Pela sua obra recebe, no mesmo ano, o Prémio Pozal Domingues.

Lança Cantaremos, em 1970 e Gente d'aqui e de agora, em 1971, este último com o primeiro arranjo, como maestro, de José Calvário, e composição de José Niza.

Em 1970, já licenciado, decide trocar Coimbra por Lisboa indo exercer funções no Gabinete de Imprensa da FIL - Feira Industrial de Lisboa, onde permaneceu até 1974.

Em 1973 lança Fados de Coimbra em disco e funda a Editora Edicta, com Carlos Vargas, para se tornar produtor na Orfeu, em 1974.

Adriano Correia de Oliveira - Home | Facebook

Com a Revolução dos Cravos, Adriano Correia de Oliveira está entre os fundadores da Cooperativa Cantabril. 

Em 1975 lança a obra com o título Que nunca mais, onde se inclui o tema Tejo que levas as águas.

A revista inglesa Music Week elege-o Artista do Ano.

Em 1980 lança aquele que viria a ser o seu último álbum, Cantigas Portuguesas, ingressando no ano seguinte na Cooperativa Era Nova, em rutura com a Cantabril.

A 24 de setembro de 1983 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade e a 24 de abril de 1994 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, ambas as condecorações a título póstumo. 

A Câmara Municipal de Lisboa atribuiu o seu nome a uma rua em Entrecampos.

 

Adriano Correia de Oliveira - Por Manuel Reis no seu Livro "ADRIANO  Presente!

 

Jornal «Avante!» - Em Foco - Militante do tempo necessário

 

As balas, Adriano Correia de Oliveira | Adriano, Afonso, Correia

 

Adriano Correia de Oliveira - Cantar de Emigração (Legendada) - YouTube

CD Adriano Correia de Oliveira: Que Nunca Mais (2007)- Coisas

Homenagem a Adriano Correia de Oliveira e Zeca Afonso - A Música Portuguesa

Discografia

Álbuns

  • 1967 - Adriano Correia de Oliveira (LP, Orfeu, XYZ 104)
  • 1969 – O Canto e as Armas (LP, Orfeu, STAT 003)
  • 1970 – Cantaremos (LP, Orfeu, STAT 007)
  • 1971 – Gente de aqui e de agora - LP STAT 010)
  • 1975 – Que nunca mais (LP, Orfeu, STAT 033)
  • 1980 – Cantigas Portuguesas (LP, Orfeu, STAT 067)

Compilações

  • 1973 - Fados de Coimbra
  • 1982 - Memória de Adriano
  • 1994 - Fados e baladas de Coimbra
  • 1994 - Obra Completa
  • 1995 - O Melhor dos Melhores
  • 2001 - Vinte Anos de Canções (1960-1980)
  • 2007 - Obra Completa

Singles e EP

  • Noite de Coimbra (EP, Orfeu, 1960) [Fado da Mentira/Balada dos Sinos/Canta Coração/Chula] Atep 6025
  • Balada do Estudante (EP, 1961) [Fado da Promessa/Fado dos Olhos Claros/Contemplação/Balada do Estudante] Atep 6033
  • Fados de Coimbra (EP, 1961) [Canção dos Fornos/Balada da Esperança/Trova do Amor Lusíada/Fado do Fim do Ano] Atep 6035
  • Fados de Coimbra (EP, 1962) [Minha Mãe/Prece/Senhora, Partem Tão Tristes/Desengano] Atep 6077
  • Trova do vento que Passa (EP, 1963) [Trova do Vento que Passa/Pensamento/Capa Negra, Rosa Negra/Trova do Amor Lusíada] Atep 6097
  • Adriano Correia de Oliveira (EP, 1964) [Lira/Canção da Beira Baixa/Charama/Para que Quero Eu Olhos] Atep 6274
  • Menina dos Olhos Tristes (EP, 1964) [Menina dos Olhos Tristes/Erguem-se Muros/Canção com Lágrimas/Canção do Soldado] Atep 6275
  • Elegia (EP, 1967) [Elegia/Barcas Novas/Pátria/Pescador do Rio Triste] Atep 6175
  • Adriano Correia de Oliveira (EP, 1968) [Para que Quero Eu Olhos/Canção da Terceira/Sou Barco/Exílio] Atep 6197
  • Rosa de Sangue (EP, Orfeu, 1968) Atep 6237
  • Cantar de Emigração (EP, Orfeu, 1971) Atep 6400
  • Trova do Vento Que Passa n.º2 (EP, Orfeu, 1971) Atep 6374
  • Lágrima de Preta (EP, Orfeu, 1972) Atep 6434
  • Batalha de Alcácer-Quibir (EP, Orfeu, 1972) Atep 6457
  • O Senhor Morgado (EP, Orfeu, 1973) Atep 6542
  • A Vila de Alvito (EP, Orfeu, 1974) Atep 6588
  • Para Rosalía (EP, Orfeu, 1976) Atep 6604
  • Notícias de Abril (Single, Orfeu, 1978) [Se Vossa Excelência.../Em Trás-os-Montes à Tarde] KSAT 633

Covid-19: Vacinação de professores e auxiliares atrasada uma semana

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Lisboa, 08 abr 2021 (Lusa) – O processo de inoculação dos professores vai sofrer um atraso de uma semana, devido às restrições introduzidas na utilização da vacina da AstraZeneca, afirmou hoje o coordenador da ‘task force’ responsável pelo plano de vacinação contra a covid-19.

“Vamos adiar uma semana a vacinação dos docentes e não docentes, que serão vacinados não neste fim de semana, mas no outro, com as vacinas que forem apropriadas, seguindo a recomendação que acabou de ser emitida”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, acrescentando: "Não vai haver nenhum impacto além disto. As vacinas são suficientes para continuarmos o nosso plano".

Em conferência de imprensa realizada na sede do Infarmed, em Lisboa, que contou também com a presença da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e do presidente da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), Rui Ivo, o coordenador da ‘task force’ salientou que o impacto da recomendação do uso da vacina em pessoas acima de 60 anos será “pequeno” no contexto do processo em curso no país.

“Temos uma população acima dos 60 anos superior a dois milhões de habitantes, portanto, a vacina da AstraZeneca, sendo útil na vacinação dessa população, o plano não vai sofrer grandes alterações e será útil para conseguir dar proteção a uma população mais idosa. Vai ser usada precisamente para isso”, explicou, sem deixar de manifestar a expectativa de que "no fim de maio a maior parte da população com mais de 60 anos esteja praticamente toda vacinada com a primeira dose".

Já na terça-feira, o primeiro-ministro admitiu que, se fosse confirmado pela EMA a existência de um "berbicacho" com a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, haveria inevitáveis consequências na morosidade dos planos de vacinação da União Europeia.

"No quadro da União Europeia, consideramos que é fundamental que haja uma posição uniforme relativamente às recomendações e indicações fixadas pela EMA no que respeita a cada uma das vacinas. Se houver um berbicacho, então isso terá inevitáveis consequências no processo de vacinação", apontou o primeiro-ministro na altura.

Na quarta-feira, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) indicou uma “possível ligação” entre a vacina da farmacêutica AstraZeneca e “casos muito raros” de formação de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco face aos riscos de efeitos secundários, dada a gravidade da pandemia.

No mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que essa ligação é “plausível, mas não confirmada”, considerando que são necessários estudos especializados.

Vários países já decidiram, entretanto, traçar limites e não administrar a vacina da AstraZeneca abaixo de certas idades por uma questão de segurança: 30 anos no Reino Unido, 55 anos em França, Bélgica e Canadá, 60 anos na Alemanha, Itália e nos Países Baixos ou 65 anos na Suécia e na Finlândia.

Em Portugal, morreram 16.899 pessoas dos 825.633 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

 

JYGO/PC (SCA/ANE/PMF) // HB

Lusa/Fim

Operação Marquês: presidente do Supremo diz que decisão terá repercussões na justiça e na política

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O ex-primeiro ministro José Sócrates vai saber esta sexta-feira se vai ou não a julgamento.

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça considera que a decisão instrutória da Operação Marquês terá repercussões na justiça e na política e reconhece ser incompreensível o tempo excessivo da investigação e da instrução dos megaprocessos criminais.

No caso da Operação Marquês, cujo principal arguido é o ex-primeiro ministro José Sócrates, que na sexta-feira saberá se vai ou não a julgamento, “a decisão [instrutória] seja ela qual for, é um teste à resiliência da justiça e também da política e terá influência necessariamente”, afirmou António Joaquim Piçarra, em entrevista à agência Lusa, sublinhando que o arrastamento do processo durante longos anos é insustentável.

O juiz conselheiro discorda da forma como se processa a fase de instrução e quer propor restrições, ficando esta etapa facultativa apenas para que um juiz avalie o arquivamento de um inquérito, após queixa e, nos casos em que há acusação, esta ficaria limitada à avaliação das provas produzidas na investigação para ponderar se havia matéria criminal para levar o caso a julgamento. “A instrução deveria ser apenas a comprovação judicial do arquivamento ou da ida ao julgamento. O juiz de instrução não é um julgador nem um investigador”, disse.

Para o presidente do Supremo Tribunal, cujo mandato termina a 18 de Maio, o excessivo tempo que alguns processos demoram até à conclusão “é inexplicável e insustentável”.

Quanto à gestão dos megaprocessos, o conselheiro concorda com a proposta do Governo sobre a possibilidade de separação dos processos, com a alteração do artigo 30 do Código Processo Penal, mas reconhece que estes grandes casos, quase todos sobre criminalidade económica e financeira, necessitam de mais tempo de investigação dada a sua complexidade. Contudo, acrescenta, “um julgamento que demore um ano é inexplicável por mais complexo que seja”.

António Joaquim Piçarra vai abandonar o cargo de presidente do STJ a 18 de Maio, quando fizer 70 anos e passar à condição de jubilado.

Em jeito de balanço sobre os quase três anos à frente do STJ e por inerência do CSM, admitiu que sente alguma frustração por não ter conseguido que os cidadãos já tivessem acesso as decisões judiciais numa linguagem mais perceptível e pela morosidade de alguns processos.

“Gostaria de deixar uma imagem de total transparência e abertura à sociedade quer na comunicação do Conselho quer na comunicação do Supremo com a sociedade civil e com a comunicação social, mas o que eu gostaria, e nesse aspecto sinto mais frustração, é que ainda não há uma democratização da linguagem nas decisões judiciais”, referiu.

O sentimento de frustração também está associado à morosidade dos processos: “Nunca me passou pela cabeça que no fim do mandato, decorridos três anos, ainda estivesse agora a conhecer as decisões instrutórias de alguns processos. Fico de facto muito frustrado com isso porque para mim já deveriam estar julgados”.

Sobre a hipótese de o lugar cimeiro do STJ vir a ser ocupado por uma mulher, depois de, pela primeira vez, uma juíza ascender à vice-presidência do Supremo, o conselheiro disse “não ter qualquer rebuço” sobre isso, mas não quis falar sobre a sucessão por estar a decorrer uma campanha eleitoral.

“Acho que já é altura de pelo menos uma mulher ocupar a vice-presidência do Conselho e ai estou perfeitamente à vontade para falar porque ainda não há candidaturas. Quando ao Supremo quero manter-me equidistante de todos os candidatos”, frisou.

Sobre a postura que vai assumir quando abandonar a judicatura, António Piçarra afirmou que será um “espectador atento e preocupado”, mas que não tenciona ter uma intervenção pública. “Entendo que os juízes não devem estar submetidos ao silêncio, muito menos quem exerce ou exerceu cargos de responsabilidade, mas devem ter algum recato na sua intervenção pública. O espaço mediático não é para os juízes, estes têm um espaço próprio que é o tribunal. A intervenção no espaço publico deve ser utilizada com parcimónia”, considerou.

A propósito de não estar agendada a cerimónia de abertura do ano judicial — inicialmente marcada para 27 de Janeiro, mas cancelada devido à pandemia de covid-19 —, o juiz acha que não se vai realizar, mas anunciou que haverá uma cerimónia pública, com personalidades do judiciário e da política, para inaugurar as renovadas instalações do Supremo Tribunal, no Terreiro do Paço, em Lisboa.

Fonte: Lusa 

CANTINHO DO LEITOR | As Bengalas de Gestaçô | Arlindo Pinto

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Gestaçô – Baião terra das bengalas

É verdade que eu com 11 anos já trabalhava no Porto, assim que acabei a instrução primária comecei a trabalhar numa “oficina” das bengalas

Como miúdo era normal que fizesse os serviços mais simples como: raspar e lixar os futuros cabos de guarda-chuva e bengalas e ajudar alguns serviços, quando requeriam duas ou mais pessoas

Naquela altura, década sessenta este trabalho corria de “vento em popa”na freguesia, de certeza que haveria umas duas centenas de pequenas oficinas e, creio que todaselas possuíam pouco pessoal, até parecia que só queriam aprender para em seguida abrir mais uma oficina em sua casa, o que dava para entender que o negócio dava para todos.

Vou tentar explicar como era feito um cabo para guarda-chuva. A madeira principalmente cerejeira depois de desfiada em tábuas, com espessura de 3 cm,estas ficavam ao sol e chuva durante muito tempo, a madeira só era utilizada quando estivesse bem seca. Primeiro trabalho seria riscar as tábuas com atenção redobrada (os nós não serviam, porque os cabos ou a bengala iria partir aquele sítio), seguidamente vamos serrar as tábuas com a serra biscaia (serra enorme com as medidas de uns 2 metros de comprimento por 1,2 metro de largura, serrava bem com 2 pessoas), vamos fazer uma rima de bocadinhos, com o comprimento de uns 40 cm e 3x3cm. Seguidamente vamos ter a parte mais bonita “a verga” principalmente se estiver frio.Faz-se uma boa fogueira e num pote bastante grande de 3 pés quase cheio de água, onde são metidos os bocadinhos de madeira, há uns ferros de molde especifico  tipo¾ de lua que são metidos na mesma fogueira, depois de bem quentes são metidos num torno. Seguidamente vai-se pegando num dos bocadinhos de madeira com a ajuda de uma chapa de ferro com uns 60 cm de comprimento,4 cm de largura e uns 3 mm de espessura (a madeira bem amolecida, os ferros no torno bem quente) a madeira dobra com bastante facilidade, com a ajuda de um grampo de arame, a chapa e a madeira repousam até arrefecer completamente, a chapa só é tirada quando estiver completamente frio (normalmente no dia seguinte) e está o cabo dobrado. Seguidamente com uma enchó arredonda-se o cabo, depois vai à lima grosa (neste momento faz-se com facilidade o modelo desejado), depois vai à lima média, depois o raspador, depois lixa de vários grãos e, para terminar há os vernizes, com os tons desejados. Um cabo ou bengala, o tratamento é o mesmo, como é fácil de entender para fazer uma bengala o trabalha é imenso e moroso

Estava a acabar a década sessenta quando surgiu a primeira fábrica de cabos de plástico em Avintes – V.N.de Gaia (não sei se ainda existe?), como vendiam o cabo quase a metade do preço. a nossa indústria das bengalas começou em decadência, existindo presentemente um número muito diminuto de oficinas, fazendo cabos para guarda-chuva de luxo e, com certeza que ainda se fazem muitas bengalas (principalmente para a queima das fitas)

Também fazem bengalas personalizadas (incluem 2 ou 3 letras de preferência douradas)

Há bengalas a servir de adorno e decoração por diversos cafés e restaurantes de Baião e em muitos outros locais.

Ancede faz todos os anos a CORRIDA DA BENGALA, e todos os participantes inscritos recebem uma bengala, oferecida pela Câmara Municipal (tenho um colega de trabalho com 60 anos que participa todos os anos, tem cerca de 20 bengalas, já me disse quesão todas diferentes), no ano 2019, foi efetuada a 22ª corrida.

Está contado como se fazia antigamente (lembro-me que não existia uma única ferramenta elétrica), para comprovar existe o Museu na Casa das Bengalas, situado na Rua Soeiro Pereira Gomes, em frente à Escola EB1/JI dos Carvalhais, a escassos metros do edifício da Junta de Freguesia.

Arlindo Pinto (arlindopinto51@gmail.com)

(NIC) de Amarante e de Penafiel, recuperou diverso material furtado, no valor estimado de 120 mil euros, no distrito do Porto.

GNR

Porto – Recuperação de material furtado avaliado em 120 000 euros

O Comando Territorial do Porto, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Amarante e de Penafiel, ontem, dia 6 de abril, recuperou diverso material furtado, no valor estimado de 120 mil euros, no distrito do Porto.
No âmbito de uma investigação que durava há cerca de quatro meses por diversos furtos em estabelecimentos comerciais e em armazéns de distribuição alimentar e do setor têxtil ocorridos nos distritos do Porto e de Braga, os militares da Guarda efetuaram 24 buscas, dez domiciliárias e 14 em armazéns e viaturas, nas localidades do Porto, Arcozelo, Alfena e Paços de Ferreira, tendo sido possível apreender e recuperar o seguinte material:
• Cerca de 300 caixas contendo garrafas de bebidas alcoólicas;
• Cerca de 800 artigos têxteis (cortinados e atoalhados);
• Cerca de 20 eletrodomésticos (fornos e fogões);
• Cerca de 2 500 peças de vestuário;
• 112 pares de sapatos;
• Três televisões LCD;
• Uma minimota;
• Duas viaturas utilizadas para realizar os furtos;
• Uma arma Taser.
O valor de todo o material recuperado ascende a 120 000 euros e será restituído aos seus legítimos proprietários.
No âmbito desta operação, foram ainda constituídos arguidos oito homens, com idades compreendidas entre os 22 e os 45 anos. Os factos foram remetidos para o Tribunal Judicial de Penafiel.
A operação contou com o reforço da estrutura de investigação criminal do Comando Territorial do Porto, do Destacamento de Intervenção (DI) do Porto e com o apoio da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Fonte GNR

COVID | Municípios do Norte registaram um aumento de casos superior a 50%

Covid-19. Costa reúne-se com autarcas de municípios de maior incidênciaA ARS-Norte reporta atualmente 25 concelhos com crescimento superior a 50% de novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2, designadamente ocorridos entre a penúltima e última semana de março, revelou um relatório a que a Lusa teve acesso.

Em Marco de Canaveses, Matosinhos, Paredes e Trofa o aumento de novos casos variou entre os 50% e 82%, com os mesmos concelhos a passarem de dois para três novos casos, de 38 para 58, de 24 para 41 e de 11 para 20 novos casos, respetivamente.

O documento mostra que 25 dos 85 concelhos tutelados pela ARS-N contabilizaram um crescimento superior a 50%. Dos 18 concelhos do distrito do Porto, oito aumentaram o número de novos casos.

O primeiro ministro (PM) António Costa revelou estar preocupado com velocidade de contágios nas escolas e promete reforço da vigilância.

O PM manifestou-se preocupado com a velocidade de transmissão das infeções de covid-19 nas escolas, que associou à variante britânica, e afirmou estar em curso um reforço da testagem e um alargamento da vigilância.

António Costa admite ainda que “berbicacho” com AstraZeneca pode tornar vacinação mais morosa.

Até ao final de março já foram vacinados mais de 1 milhão de portugueses com a 1.ª dose da vacina.

 

PSP deteve 370 pessoas na operação Páscoa em Casa

GNR

Lisboa, 06 abr 2021 (Lusa) – Trezentas e setenta pessoas foram detidas entre 26 de março e 05 de abril, 132 das quais por não terem carta de condução, no âmbito da operação #Páscoa em Casa, informou hoje a PSP.

Em comunicado, a PSP adianta que foram também detidas 93 pessoas por condução sob o efeito do álcool, 31 por tráfico de estupefacientes, 12 por posse de arma ilegal e 31 por mandado (judicial de detenção).

Durante a operação, foram apreendidas 32 armas, das quais 12 de fogo e mais de 4.000 doses individuais de estupefaciente.

A PSP fiscalizou no âmbito da segurança rodoviária mais de 50.000 viaturas, tendo sido detetadas 2.900 infrações, das quais se destacam 710 por falta de inspeção periódica obrigatória, 156 por condução com uso simultâneo do telemóvel e 146 por falta de seguro obrigatório.

“Dos quase 6.000 condutores que realizaram o teste do álcool, 635 não se encontravam em condições de garantir uma condução segura (com valores de teste que qualificam o comportamento como contraordenação e não crime)”, indica a PSP.

Na nota, a PSP realça que à semelhança do ano passado uma das principais preocupações da operação foi garantir o cumprimento das normas em vigor decorrentes do estado de emergência devido à pandemia de covid-19.

“No que concerne especificamente às normas em vigor no sentido de promover a contenção pandémica, destacamos o decréscimo que se tem vindo a registar de ilícitos neste contexto, claros indicadores da maior adesão dos cidadãos às normas em vigor”, refere a PSP.

A PSP reforçou entre 26 de março e 05 de abril as operações de fiscalização rodoviária, como forma de prevenção de incumprimentos da restrição de circulação entre concelhos, e aumentou a visibilidade policial nos locais onde habitualmente ocorre maior afluxo de pessoas, como zonas ribeirinhas, prevenindo aglomerados de pessoas na via pública.

 

DD // SB

Lusa/Fim

Reabertura das feiras em Baião

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Após reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil de Baião foi decidida a retoma das feiras em Baião.

As feiras irão retomar com reforço de medidas:

– apenas poderão ser atendidas duas pessoas em simultâneo em cada banca de venda;

– haverá mais fiscalização do cumprimento das regras por parte da GNR;

– haverá uma redução de 25% do número de pessoas que podem estar no recinto das feiras;

– serão integralmente respeitados os planos de contingência das feiras, que preveem colocação de pontos de higienização de mãos, uso de máscara e circuitos para a circulação das pessoas que se encontram no recinto

ficou também decidido, que se houver um aumento significativo do número de infeções no concelho nas próximas semanas, a decisão de retomar as feiras poderá ser anulada...

No concelho realizam-se feiras em Campelo (8 e 23 de cada mês), Gestaçô (5 e 19 de cada mês) e Santa Marinha do Zêzere (11 e 25 de cada mês).

POLITICA | PS Baião renova confiança em Paulo Pereira

Paulo Pereira é o candidato socialista à presid

“QUEREMOS CONTINUAR A TRABALHAR PARA OS BAIONENSES

E COM OS BAIONENSES”

Em recente reunião da Comissão Política Concelhia, e em sistema de voto secreto, Paulo Pereira foi aprovado por unanimidade e aclamação, pela Comissão Política Concelhia Socialista, como o candidato do Partido Socialista à Presidência da Câmara Municipal de Baião nas próximas autárquicas.

PALAVRAS DE PAULO PEREIRA

“Sinto-me grato, satisfeito e reconhecido, por receber de forma tão inequívocao apoio do meu partido. Ser presidente da Câmara Municipal de Baião é a maior honra e o maior desafio da minha vida. Vou continuar a dar o meu melhor, para continuar a merecer a confiança dos baionenses.

A taxa de execução do nosso programa eleitoral neste mandato ronda os 97%. Não falhámos com os nossos compromissos e realizámos obra em todo o território. Sempre com as pessoas no centro da nossa ação.

E estando ainda muito focado no que iremos ainda fazer neste mandato, já estamos a preparar o futuro e a definir respostas objetivas para mitigar problemas como o emprego, a fixação de pessoas ou o aumento das redes de abastecimento de água e de saneamento.

As questões ambientais, o dinamismo económico, o turismo e o estímulo às pessoas para participarem mais na vida social e cívica do nosso concelho também vão ser prioridades para o próximo mandato.

Com a ajuda de todos, com a vossa ajuda, com as Equipas que apresentaremos às Juntas de Freguesia, à Assembleia Municipal e à Câmara Municipal, o PS continuará a ser a luz que vai à frente.

Contamos com as ideias e com a dedicação de muitas mulheres ede muitos homens do Partido Socialista e da Juventude Socialista, mas também da sociedade em geral e até de pessoas que normalmente votam noutras áreas políticas.Importa-nos, acima de tudo, que queiram contribuir com boas ideias e disponibilidade para o desenvolvimento da nossa terra.

Todos cabem neste projeto que visa tornar Baião um concelho com mais igualdade, mais qualidade de vida para todos, e mais oportunidades.

Quero também cumprimentar as candidaturas adversárias, que já se assumiram ou venham a assumir por outras forças políticas. Não são adversários e merecem uma saudação democrática, porque certamente estão movidos pela ideia de contribuir positivamente para o futuro de Baião.

Vamos apresentar-nos perante os baionenses com humildade, com sentido de dever cumprido, com força e vontade de fazer ainda mais e melhor, e com um discurso de verdade”.

Salgueiro Maia

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“O Maia” continua a ser o rosto da Revolução. Ontem  3 de abril de 2022 assinalou-se 30 anos da sua morte. A Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril promove, por iniciativa própria ou através de parcerias, uma série de momentos de homenagem a Salgueiro Maia.
Iniciativas que daremos a conhecer

ÚLTIMAS | O que reabre nos próximos dias?

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O que reabre na segunda-feira?

 2.º e 3.º ciclo do ensino básico nos estabelecimentos de ensino públicos, particulares e cooperativos e do sector social e solidário; 

centros de actividades de tempos livres e centros de estudo e similares, para os alunos que retomam agora as actividades educativas e lectivas;

equipamentos sociais na área da deficiência;

centros de dia de apoio às pessoas idosas;

estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços em estabelecimentos abertos ao público, com menos de 200 m2 e porta para a rua;

museus, monumentos, palácios e sítios arqueológicos ou similares, nacionais, regionais e municipais, públicos ou privados, bem como de galerias de arte e salas de exposições. Estes equipamentos encerram às 22h30 durante os dias de semana e às 13h aos sábados, domingos e feriados;

de lojas até 200 metros quadrados com porta para a rua;

de feiras e mercados não alimentares, dependendo de decisão municipal;

estabelecimentos de restauração para serviço em esplanadas, com um limite de quatro pessoas por grupo. Estes estabelecimentos devem encerrar às 22h30 durante os dias de semana e às 13h00  aos sábados, domingos e feriados;

de ginásios sem aulas de grupo;

prática de modalidades desportivas de baixo risco e actividade física ao ar livre até quatro pessoas;

no âmbito das instalações desportivas permite-se a abertura de determinados equipamentos: campos de tiro; courts de ténis, padel e similares; circuitos permanentes de motas, automóveis e similares; velódromos; hipódromos e pistas similares; ginásios e academias; pistas de atletismo e campos de golfe.

Além destas medidas, António Costa confirmou que cessa a proibição de circulação entre concelhos tanto à semana como aos fins-de-semana. 

A partir de 19 de Abril:

ensino secundário;

ensino superior;

cinemas, teatros, auditórios, salas de espectáculos;

lojas de cidadão com atendimento presencial por marcação;

todas as lojas e centros comerciais;

restaurantes, cafés e pastelarias (max 4 pessoas ou 6, por mesa, em esplanadas) até às 22h ou 13h ao fim-de-semana e feriados;

modalidades desportivas de médio risco;

actividade física ao ar livre até 6 pessoas e ginásios sem aulas de grupo;

eventos exteriores com diminuição de lotação;

casamentos e baptizados com 25% de lotação.

A partir de 3 de Maio:

restaurantes, cafés e pastelarias (máximo de 6 pessoas ou 10, por mesa, em esplanadas) sem limite de horários;

todas as modalidades desportivas;

actividade física ao ar livre e ginásios;

grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação;

casamentos e baptizados com 50% de lotação.

OS TEMP(L)OS DA GENTE ARREPENDIDA | Paulo Esperança

PAUL ESPERANÇA

Estamos em Abril! O mês de todos os sonhos, o mês de todas as esperanças, o mês em que o futuro era agora!

Abril fez-nos descobrir que era possível construir a liberdade sem muros nem ameias, que poderia haver um país em que só há liberdade a sério quando houver paz, pão, habitação,saúde,educação.

Esta caminhada teve muita gente boa, generosa, intrépida lutadora contra as arbitrariedades de um regime feio, obscuro e ameaçante.

Alguma dessa gente, na bondade da sua juventude andou pela calada da noite a distribuir “panflos” contra o fascismo e a guerra colonial. Arrostaram com as agruras da Pide, da repressão, do cerceamento da liberdade de expressão, enfim da negação da condição humana.

Alguma dessa gente habitava o “Piolho”  dissertando sobre a virtudes dos amanhãs que cantam.

Alguma dessa gente andou empilhada na chaimite de Salgueiro Maia, calcorreou as rua de Lisboa na caça aos “pides”.

Alguma dessa gente ajudou a construir o “prec”. Esteve nas barricadas contra o “28 de Setembro” e o “11 de Março”. Andou pelo Palácio de Cristal em 25 de Janeiro de 1975 quando o CDS realizava o seu Congresso.

Alguma dessa gente ocupou casas vazias para que os mais desfavorecidos tivessem habitação condigna.

Alguma dessa gente esteve no Porto e em Lisboa, no Consulado e na Embaixada de Espanha mostrando o seu desespero e a sua repulsa pelo assassínio de cinco militantes antifranquistas em 27 de Setembro de 1975, em Espanha.

Alguma dessa gente escreveu em jornais da época de forma a transmitir ao povo que esse povo tinha voz.

Alguma dessa gente escreveu e lutou para pôr em marcha o sonho de um 25 de Abril do Povo.

Mas os tempos mudam! É verdade que não é fácil resistir à ressaca das derrotas e ao descambar de todos os projectos que inundavam o imaginário de um mundo novo.

Mas também é verdade que é muito difícil explicar o arrependimento.

Até aceitaria que essa gente viesse dizer: ok, eu era jovem, percebia pouco de política, queria mudar o mundo...mas percebi que estava enganado. Por isso optei por outra linha!

Mas não! A desfaçatez faz com que muita dessa gente afirme exactamente o contrário do que outroura defendeu como se as sua posições actuais sempre tivessem sido o pensamento nuclear de toda a sua vida.

O neo-liberalismo, o racismo e a xenofobia encapotados, a dúvida pretensamente metódica sobre qualquer causa progressista incorporam o seu pensamento(?) erigindo-os como arautos de uma chamada “nova direita” que tem tão de velha como a que  Freitas do Amaral, inventou em 1974.

Mancomunados com obscuros interesses editoriais  propagam teses defensoras do capitalismo mais bacoco como se estivessem a descobrir a pólvora.

Serventuários de quem lhe paga principescamente renegam o seu passado tentando passar pelo intervalo das gotas da chuva sem se molharem.

Não é preciso observar atentamente nem consultar as páginas dos Governos sobre quem quer ministrar educação aos cidadãos deste país para se perceber do que falo.

Expressamente destilam aberrações transforamadas em colunas de opinião que a vida comprova terem estado bem resguardadas para ajustes de contas futuras .

Andei com muita dessa gente nas guerras que eram necessárias. Tenho pena do futuro que escolheram!

Desculpem, do que fiz ...de nada me arrependo. Faria algumas coisas de forma diferente? Claro que sim. Mas ninguém pode adiantar ou atrasar a historia.

Por isso  aqui estou para o que der e vier!

Fiquem com esta:"Não me arrependo de nada do que fiz. Mais: eu sou aquilo que fiz. Embora com reservas acreditava o suficiente no que estava a fazer, e isso é que fica. Quando as pessoas param, há como que um pacto implícito com o inimigo, tanto no campo político, como no campo estético e cultural. E, por vezes, o inimigo somos nós próprios, a nossa própria consciência e os álibis de que nos servimos para justificar a modorra e o abandono dos campos de luta", José Afonso.

E já agora, também com esta:

 

Do que um homem é capaz

As coisas que ele faz

Para chegar aonde quer

É capaz de dar a vida

Para levar de vencida

Uma razão de viver

A vida é como uma estrada

Que vai sendo traçada

Sem nunca arrepiar caminho

E quem pensa estar parado

Vai no sentido errado

A caminhar sozinho

Vejo gente cuja a vida

Vai sendo consumida

Por miragens de poder

Agarrados a alguns ossos

No meio dos destroços

Do que nunca vão fazer

Vão poluindo o percurso

Com as sobras do discurso

Que lhes serviu pr'abrir caminho

À custa das nossas utopias

Usurpam regalias

Para consumir sozinho

Com políticas concretas

Impões essas metas

Que nos entram casa dentro

Como a Trilateral

Com a treta liberal

E as virtudes do centro

No lugar da consciência

A lei da concorrência

Pisando tudo pelo caminho

Para castrar a juventude

Mascaram de virtude

O querer vencer sozinho

Ficam cínicos, brutais

Descendo cada vez mais

Para subir cada vez menos

Quanto mais o mal se expande

Mais acham que ser grande

É lixar os mais pequenos

Quem escolhe ser assim

Quando chegar ao fim

Vai ver que errou o seu caminho

Quando a vida é hipotecada

No fim não sobra nada

E acaba-se sozinho

Mesmo sendo poderosos

Tão fracos e gulosos

Que precisam do poder

Mesmo havendo tanta gente

Para quem é indiferente

Passar a vida a morrer

Há princípios e valores

Há sonhos e há amores

Que sempre irão abrir caminho

E quem viver abraçado

À vida que há ao lado

Não vai morrer sozinho

E quem morrer abraçado

À vida que há ao lado

Não vai viver sozinho

 

José Mário Branco ( Do que um Homem é capaz, Álbum “Resistir é Vencer”, 2004)

 Paulo Esperança, Abril 2021

 

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